quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Pressão para bater metas pode levar a comportamento antiético

Pesquisa, publicada na revista acadêmica Journal of Applied Psychology, realizou experimentos sobre o tema


Em ambientes de trabalho em que há pressão excessiva para bater metas e alcançar resultados, funcionários acabam recorrendo a fraudes com mais frequência, aponta um estudo de professores americanos.

A pesquisa, publicada na revista acadêmica Journal of Applied Psychology, realizou três experimentos para analisar de que forma a existência da pressão por alto desempenho impacta o comportamento ético de profissionais. 

Mais do que o potencial de receber recompensas após o cumprimento de metas, o que realmente leva ao uso de práticas antiéticas é a autopreservação, afirma Marie Mitchell, professora da escola de negócios da Universidade da Georgia e uma das autoras do estudo. "A pressão por performance leva a fraudes quando os funcionários se sentem ameaçados e acham que, se não melhorarem o desempenho, seus empregos estarão em perigo", diz. 

Quando os funcionários sentem que não têm opção além de alcançar as expectativas da empresa, o resultado pode ser a pessoa trabalhar em benefício próprio — mesmo que esse comportamento seja arriscado e prejudique terceiros. "Há um ciclo em que nada nunca está bom o suficiente, e mesmo que você bata recordes em um mês, a exigência pode ser que você os bata novamente no seguinte. Isso gera raiva e desencadeia um reflexo de autopreservação quase subconsciente", diz. 

Para a professora, é preciso que gestores considerem os riscos do excesso de pressão por mais desempenho, para que as empresas garantam que os funcionários não a enxerguem como uma ameaça e foquem em melhorar a performance usando meios éticos. 

Fonte: Valor Econômico

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