terça-feira, 20 de março de 2018

Atacarejo ganha novos consumidores e cresce 11% em 2017

O canal movimentou R$ 48,4 bi em vendas para o consumidor final no período

A empresa global de pesquisa de mercado Euromonitor International divulgou novos dados sobre o segmento de varejo. A edição 2018 da pesquisa apontou que o cenário negativo da economia brasileira favoreceu as vendas por meio do canal atacarejo.

Dados da consultoria indicam que o crescimento do canal atacarejo (‘warehouse clubs’ na denominação da Euromonitor International) foi de 11% no Brasil em 2017, movimentando R$ 48,4 bilhões em vendas para o consumidor final, enquanto o varejo alimentar (‘grocery retailers’ na denominação da Euromonitor International) como um todo, que inclui supermercados, hipermercados, lojas especializadas em alimentos/bebidas e lojas de conveniência, apresentou um crescimento de 3,7%. Com esse crescimento, o atacarejo ganhou mais relevância no varejo no Brasil e já representa 5% do total de vendas.

“O cenário econômico negativo exerceu uma forte pressão sobre o varejo brasileiro em 2015 e 2016.  Contudo, alguns canais, como o atacarejo, foram favorecidos pelo orçamento limitado dos consumidores. Uma vez que os custos de operação tendem a ser mais baixos para os ‘atacarejistas’, eles conseguem oferecer menores preços pelos produtos. Assim, aquelas pessoas que buscavam novas soluções migraram dos super/hipermercados para o atacarejo”, comenta Marília Borges, analista de pesquisa da Euromonitor International.


A analista comenta que a migração de novos consumidores exigiu um investimento por parte dos atacarejos em melhorias de infraestrutura a fim de fidelizar o consumidor e garantir que ele não retorne aos canais mais tradicionais com a retomada da economia.

“Apesar da principal base de clientes dos atacarejos ser ainda composta por pequenos estabelecimentos comerciais, esse canal vem investindo na adaptação de suas lojas – incluindo instalação de ar condicionado, luzes LED e oferta de pagamento por meio de cartões próprios - para tornar mais ‘confortável’ a experiência de compra para os consumidores finais que estavam acostumados com os super e hipermercados”, comenta Borges.

Dados da Euromonitor International indicam que o canal de atacarejos continuará a ganhar relevância nos próximos cinco anos. A consultoria projeta um crescimento médio anual das vendas ao consumidor final de 6% até 2022 (valor deflacionado, com preços constantes de 2017).

“Mesmo com a recuperação econômica e um retorno gradual da renda do brasileiro aos níveis pré-crise, os consumidores que se adaptaram aos preços mais baixos do atacarejo provavelmente manterão o novo hábito e dificilmente retornarão para os super/hipermercados no curto prazo”, finaliza Borges.

Nota: Dados da Euromonitor International só consideram vendas para consumidores finais (pessoas físicas), excluindo as vendas B2B.

https://www.sm.com.br

Faturamento dos supermercados deve avançar 3% em 2018, já descontada a inflação

Em janeiro deste ano, o avanço real do faturamento do setor foi de 2,7%

O setor de supermercados deve ver seu faturamento crescer 3% em 2018. A estimativa é da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). O presidente da associação, João Sanzovo Neto, afirmou que a área está otimista com os resultados obtidos até o momento no ano. “O setor depende de renda e dinheiro no bolso do consumidor”, disse. “Tivemos uma deflação muito forte no setor, isso impacta nos números financeiros das vendas mas, em volume, está crescendo”, afirmou.

Sem citar números de faturamento específicos, Sanzono Neto informou que, em janeiro, o avanço real do faturamento do setor foi de 2,7%. E em fevereiro, disse o executivo, o resultado ficou em linha com o mês anterior - mas os dados dos dois primeiros meses do ano ainda não estão fechados.

Sanzovo Neto participou de entrevista coletiva obre o desempenho do setor supermercadista no ano passado, realizada nesta segunda-feira pela associação, que promove esta semana feira do setor no Rio de Janeiro.


Também presente na coletiva estava o presidente da Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiroz, lembrou que o cenário nacional da economia em 2018 está “muito melhor” do que o do ano passado, inclusive no Rio de Janeiro. “Já achamos o fundo do poço e agora o Rio tende a crescer, há claros sinais disso”, afirmou, reconhecendo, no entanto, que a atividade no Estado, este ano, não deve crescer no mesmo ritmo que o projetado para o PIB nacional.
Hoje, o boletim Focus, do Banco Central estimou um aumento de de 2,87% para o PIB brasileiro em 2018. No ano passado, a economiado país cresceu 1%, segundo dados do IBGE.

Fonte: Valor Online

ABVTEX fortalece adesão ao Movimento contra a Pirataria

A ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) aderiu ao Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro

ABVTEX - Associação Brasileira do Varejo Têxtil

A ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) aderiu ao Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro - coordenado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP).

De acordo com dados do Movimento, em 2017, as perdas com contrabando, falsificação, pirataria e evasão fiscal no Brasil alcançaram R$ 146 bilhões. Este volume de recursos gerado pelo mercado ilegal financia as organizações criminosas (contrabando de armas, tráfico de drogas etc), que se fortalecem cada vez mais, atuando nas fronteiras, estradas e nas cidades, ocupando espaços, afrontando o poder do estado e aumentando a violência nos municípios.

Para Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX, a participação no Movimento como uma das 70 entidades signatárias do Manifesto, lançado neste mês de março, reforça este pilar de atuação da entidade. “Temos que alertar autoridades, consumidores e a sociedade como um todo sobre os prejuízos que a concorrência desleal gera ao País. Além de ser crime, as fraudes são um perigoso incentivo ao uso de mão de obra análoga à escrava na cadeia de fornecimento do setor de vestuário e calçados, uma vez que empresas informais podem estar usando este artifício para reduzir custos”, afirma.

O Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade afirma que os prejuízos atingem diretamente 15 setores produtivos com o mercado ilegal (contrabando/descaminho, falsificação, pirataria e fraudes), entre eles os de vestuário, calçados e acessórios.

A ABVTEX, desde sua fundação, em 1999, sempre se posicionou no combate à informalidade. “Temos um mercado formalizado que respeita as legislações fiscais, tributárias e trabalhistas competindo em pé de absoluta desigualdade com quem sonega ou falsifica produtos. Além disso, o consumidor não tem garantia de origem de produto e nem de que forma ele foi produzido”, acrescenta Lima.

O manifesto lançado pelo Movimento e assinado pela ABVTEX destaca: “O País que os brasileiros merecem é aquele onde há respeito à dignidade das pessoas, com defesa da vida, do bem-estar das famílias e de um ambiente propício para empreender e gerar emprego e renda. Contrapõe-se a tudo isto o crime e a insegurança, que afetam o direito de ir e vir das pessoas e o direito à competição justa entre as empresas. ”

A união dos setores mais afetados pela pirataria e fraudes busca envolver o governo federal, o congresso, entidades empresariais e públicas e a sociedade como um todo para, todos juntos, lutar de forma contundente e permanente contra todas as formas de transgressão que afetam a segurança do País e restringem o seu desenvolvimento econômico e social, em especial aquelas que alimentam o mercado ilegal e servem de fomento para a expansão do crime organizado.

A ABVTEX destaca os principais pontos defendidos pelo Movimento:

Defesa da legalidade, com um programa efetivo de segurança pública integrando a administração pública por meio de ações coordenadas e envolvendo a União, os Estados e Municípios, com participação da sociedade civil no combate ao contrabando e ao descaminho, à pirataria, à falsificação, às fraudes, à sonegação fiscal, o roubo de carga e a lavagem de dinheiro.
Estímulo ao desenvolvimento econômico por meio de incentivos para a maior formalização das atividades econômicas, a simplificação do sistema tributário em todos os níveis; diminuição da carga tributária que onera o cidadão e o aperfeiçoamento da gestão pública, obedecendo as melhores práticas de governança existentes.

Leia a íntegra do Manifesto no site da ABVTEX.

Walmart lança sistema Fresh Online Experience

Sistema propõe solução visual para o problema de compras online de alimentos frescos


Para concorrer com a gigante do e-commerce Amazon no setor de entregas de alimentos frescos, o Walmart criou nos Estados Unidos sistema que permite consumidores escolherem e encomendarem alimentos frescos com base em um stock de imagens. Solução da companhia visa satisfazer o desafio das compras de mercado online: escolha de alimentos frescos.

A empresa apresentou o esquema abaixo para explicar solução considerada inovadora que usa scan 3D para apresentar os itens na loja para os consumidores online e que funciona de forma simples: o cliente encomendaria um item – digamos, uma maçã – com base em uma imagem de estoque e / ou descrição. Um associado da loja usaria um scanner 3D para escanear uma maçã real do inventário do Walmart, criando uma imagem do item.


Feito isso o cliente pode escolher o seu item fresco sem sair de casa, mas o sistema do Walmart tem um número fixo de tentativas para aprovar a verificação de itens frescos adicionais (para que o associado não precise selecionar e selecionar novamente os itens em perpetuidade). O sistema foi nomeado Fresh Online Experience (FOE). A companhia ressalta que que certos aspectos do FOE podem ser automatizados, removendo o elemento manual de ter um trabalhador humano.


Fonte: Startse

Chanel processa um dos maiores brechós de Nova Iorque

O processo por propaganda enganosa pode custar milhões para o famoso brechó de Manhattan

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Mais do que um brechó de luxo no centro de Manhattan, o What Goes Around Comes Around se tornou um point de turistas em Nova York. Conhecido por sua extensa variedade de produtos, em grande parte Chanel, o local divulgava até mesmo a propagação do título de "maior coleção de peças vintage da Chanel no mundo".

A fama fazia muitos turistas optarem por visitar o endereço em vez de ir numa tradicional loja da maison francesa na cidade.

A Chanel está intolerante quanto tamanha associação que o WGACA esta fazendo com a grife, o que levou a abrir um processo na última quarta-feira (15.03) por direitos autorais, prática de propaganda enganosa, competição desleal, entre outros.

Há um tempo, o brechó tinha de fato tentado uma aproximação oficial que foi negado pela Chanel.

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"A Chanel não tolerará nenhuma das partes que implicam falsamente uma relação ou parceria com a Chanel, já que essas práticas são extremamente enganosas para os clientes e prejudicam a reputação de marca da Chanel," disse uma porta-voz da empresa.

A grife francesa também alega a comercialização de caixas e embrulhos da marca que nunca permitiu a venda desses ítens. Entre outras acusações o uso de imagens e campanhas publicitárias da Chanel em seu site e mídias sociais. Atualmente, no site da WGACA, existem cerca de 400 produtos Chanel, desde acessórios até vestuário.



Frank Bober, vice-presidente do What Goes Around, negou as alegações da Chanel.

"Nós asseguramos que nada pode estar mais longe da verdade", disse Bober. "Acreditamos que as alegações são completamente infundadas e pretendemos defender-nos vigorosamente".



https://www.revistalofficiel.com.br

PITICAS INVESTE R$ 5 MILHÕES EM TECNOLOGIA PARA AUXILIAR ESTOQUE


Presente em todos os estados do Brasil e com uma fábrica capaz de fazer mais de 25 mil camisetas por dia, a Piticas adotou um sistema de etiquetas RFID, para fazer com que todas as unidades e a fábrica matriz tenham controle em tempo real dos produtos em estoque em toda a rede. Para a iniciativa foram investidos R$ 5 milhões.

Agora, ao invés de levar seis horas para inventariar 2,5 mil peças, por exemplo, a tarefa dura sete minutos. “ Essa inovação ajudará o franqueado a controlar melhor seus estoques, fazer pedidos automáticos e gerir seu negócio com maior precisão e facilidade”, diz Felipe Rossetti, um dos fundadores da marca.

Ele lembra ainda que, por meio da ferramenta, é possível descobrir informações como código, cor, tamanho, local do item na gôndola, e check-out com sensores.

“Acreditamos que essa nova tecnologia é o futuro do varejo, por isso ficamos muito felizes em sermos pioneiros nesse segmento”, disse o executivo, ressaltando que os R$ 5 milhões aportados envolveram instalação das ferramentas tanto nos pontos de venda, quanto na fábrica.

Fonte: DCI

Custos ocultos no varejo alimentar

Saiba como identificar despesas que passam despercebidas em seu negócio e entenda como combatê-las

Eles se escondem em atitudes impensadas ou tomadas sem planejamento. Desencadeiam uma sucessão de perdas, impactando negativamente a rentabilidade dos supermercados. E o pior: a maioria dos varejistas não consegue identificá-los. Combater os custos ocultos é essencial para melhorar o desempenho do varejo. Para identificá-los, é preciso desenvolver indicadores de performance, entre outras medidas. Quem explica é Flávio Ítavo, especialista em desempenho de empresas. Conheça a seguir as principais despesas que podem estar passando despercebidas em seu supermercado.


Flávio Ítalo
Especialista em desempenho de empresas

Onde se concentram custos ocultos no varejo?

Os principais estão na cadeia de supply chain. Se o varejista não possui um excelente processo de planejamento de compra, estocagem e reposição no ponto de venda, a tendência é gerar uma série de custos difíceis de serem identificados.

Quais seriam os principais?

Estoque de produtos com baixo giro é um dos campeões. Compra-se algo que deveria ser vendido rapidamente e, quando isso não acontece, há uma série de custos que não são facilmente verificáveis. O espaço na loja rende menos, há diminuição do espaço no estoque intermediário que, além de ficar ocupado com algo que não gira, ainda impede outros produtos mais rentáveis de estar lá. Há também o vencimento das mercadorias, que acaba implicando perdas, seja para o varejista, seja para o fornecedor. Existe ainda todo o custo fixo que foi alocado com uma expectativa de faturamento que acabou não ocorrendo. Outro ponto importante são as perdas com produto estragado. Ele vai para a prateleira, passa pelo caixa, é retornado, tem que ser estornado, devolvido e substituído. Isso sem contar os danos à reputação do supermercado. É muito fácil um consumidor associar um produto estragado ao ponto em que foi vendido. Isso é ainda mais evidente quando falamos de refrigerados ou congelados. Nesse caso, a loja absorve praticamente todo o impacto negativo.

Por que é difícil identificar esse tipo de despesa?

Nossos sistemas de custeio contábil ou gerencial são preparados para enxergar transações: pagamentos versus notas fiscais, vendas versus cupons fiscais. Há sistemas de controle de gestão que são preparados para captar ganhos e perdas que não estão relacionados a transações, mas são mais complexos e custam mais para serem mantidos. Mas também não basta ter os sistemas de gestão mais complexos, é necessário possuir uma estrutura de pessoas que possam fazer a leitura desses custos e direcionar soluções para os mesmos. Além disso, é necessário o desenvolvimento de sistemas que capturem as diferentes etapas do processo e a criação de indicadores-chaves de produtividade, como faturamento/funcionário ou por m2, giro dos estoques, etc

Como lidar com os custos ocultos?

O importante é criar uma cultura de revisar os custos de maneira periódica e formal. Trabalhei com uma companhia que, a cada seis meses, promovia uma reunião para análise de “outros custos”. Todos podiam apresentar sua avaliação e, ao final da reunião, os mais destacados recebiam prêmios pelo trabalho. O tempo todo se trabalhava nesses encontros com método de brainstorm. Muitas vezes, alguém trazia uma ideia que era complementada por outros. Alguns custos ocultos levantados eram surpreendentes, tanto pela sua natureza quanto pelos prejuízos que causavam.

Fonte: https://www.sm.com.br

terça-feira, 6 de março de 2018

Índice de ruptura nos supermercados chega a 10,29%

Leite, cerveja e sorvete lideram ranking referente a janeiro de 2018


O índice de ruptura nos supermercados, que mede a falta de produtos nas gôndolas, chegou a 10,29%, em janeiro de 2018, segundo dados da Neogrid/Nielsen obtidos com base na movimentação de 10 mil lojas do setor em todo o país. Em dezembro último, o indicador foi de 10,11%, mantendo a média estável já sinalizada no segundo semestre do ano passado, quando variou entre 10,22%, em junho, a 10,51%, em novembro.

A pesquisa Neogrid/Nielsen revela que em 2017 o leite longa vida foi o item com o maior índice de ruptura nos supermercados, com 15,3%. A lista ainda é completada com cervejas (14,2%), sorvetes (12,8%), frango in natura (12,1%) e refrigerantes (11,5%).

Para Robson Munhoz, o vice-presidente de Operações da Neogrid, a indústria e varejo ainda tentam entender e lidar com as escolhas do consumidor, o que influencia a ruptura. “Em 2017, com a crise, houve a substituição de produtos habitualmente consumidos por outras marcas de menor preço, mas que não têm um histórico de vendas relevante para serem repostos com frequência. Isso provavelmente manteve o indicador considerado ainda alto”, argumenta o executivo.

Munhoz também destaca que as promoções sem previsões assertivas, embates comerciais nas negociações com fornecedores – que ficaram mais acirrados e demorados, gerando a falta de certos produtos nas lojas por longos períodos, e o aumento o volume de compras pelo varejo para melhorar a ruptura, foram tomadas a partir da incerteza econômica do País.

Para 2018, Robson Munhoz acredita em um mercado mais otimista com o índice de ruptura estável, especialmente com varejo e indústria em sintonia para atender a demanda das famílias que deve aumentar nos próximos meses. A estabilidade da ruptura já havia sido sinalizada no segundo semestre do ano passado, quando os índices variaram entre 10,22%, em junho, a 10,51% de novembro.

A produção industrial brasileira encerrou 2017 com crescimento de 2,5%, após três anos de perdas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já as vendas dos supermercados brasileiros cresceram 1,25% em termos reais no acumulado do ano de 2017 na comparação com 2016. Somente no mês de dezembro de 2017, as vendas subiram 2,55% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Isso quer dizer que a indústria e o varejo já estavam mais otimistas para as festas de fim de ano. “Com a retomada da confiança, o varejo supermercadista abasteceu suas lojas com grande quantidade e variedade de produtos e alimentos, que diminuiu a falta de determinados itens”, revela Munhoz.

O executivo da Neogrid explica que, apesar da estabilidade a partir do segundo semestre 2017, o índice de ruptura ainda é alto na comparação com dados históricos de 8%, considerados adequados para o varejo supermercadista. E quais seriam as causas do índice ainda considerado alto da ruptura? Munhoz explica que os reflexos da crise econômica ainda influenciam a variação do indicador durante todo o ano de 2017. 

Em períodos de crise, segundo o executivo, é comum a mudança de hábito do consumidor. “Com a diminuição dos gastos dos brasileiros com refeições fora de casa, houve um aumento da procura por itens mais utilizados para o preparo delas em casa. As pessoas tendem a comer mais em sua própria residência e buscam mais itens nos supermercados, o que pode ocasionar uma ruptura maior”, relata.

Fonte:  https://www.sm.com.br/

Centrais de negócios e fornecedor: relação evolui e gera bons frutos

O relacionamento avançou bastante e já não se limita a garantir volume para negociar melhor preço. Hoje, a relação é mais colaborativa e prevê desenvolvimento de categorias, redução de ruptura, etc


As centrais de negócios já não são mais as mesmas. Buscam um bom custo da mercadoria, porém desde que os SKUs garantam boas vendas e lucro. Comprar apenas “Preço” é algo que está sendo revisto. Com essa nova orientação, um relacionamento mais estreito com a indústria tem se confirmado. Hoje, as centrais priorizam desenvolvimento de categorias, massa de margem elevada, promoções mais assertivas e operação comercial mais eficiente. É claro que a evolução não é homogênea, mas representa um amadurecimento do mercado, além de uma resposta a campanhas sistemáticas para melhorar o nível de trocas entre os dois elos da cadeia. SM, por exemplo, tem defendido o compartilhamento de conhecimento e dados, a discussão e a realização de propostas benéficas às vendas. Iniciamos a campanha de Colaboração em 2012 e de lá para cá, apesar dos recuos em função da crise e dos desafios que ainda precisam ser enfrentados, os avanços têm sido concretos”, afirma Sergio Alvim, diretor-presidente de SM. “Isso se estende às centrais, muitas das quais participam ativamente do Fórum de Colaboração Varejo e Indústria, já na 15ª edição. O fortalecimento das empresas locais e regionais é essencial para o mercado”, acrescenta.


A busca por melhor desempenho é confirmada por Paulo Angelo Cardillo, vice-presidente da UniBrasil, mega-central que reúne mais de 400 lojas em 14 Estados e fatura 6,7 bilhões de reais por ano. Segundo Cardillo, as organizações que se fortaleceram e amadureceram ao longo do tempo passaram a receber um tratamento diferenciado do fornecedor. “Hoje, não levamos mais a indústria até nosso escritório, nós é que vamos até ela, e somos muito bem recebidos”, comenta. Afinal, ao conhecimento do varejista associa-se a expertise da indústria sobre as categorias, o que permite ajustar mix, antecipar tendências ou merchandising. “Neste momento, estamos olhando para a Copa do Mundo, a fim de avaliar oportunidades de lançamentos e de ações no ponto de venda”, afirma Cardillo. A Rede Top de Santa Catarina é outra em evolução. Criada no início dos anos 2000 para promocionar itens negociados em conjunto, a central estabeleceu um mix-padrão para todas as lojas, o que garante competitividade regular em vários produtos – e não apenas em SKUs ocasionais. “O diálogo com a indústria hoje contempla planos comerciais, redução de ruptura e de níveis de estoque”, festeja Paulo Lopes, do Conselho de Administração. Tudo indica que as centrais continuarão fertilizando seus plantios.


GOVERNANÇA E EMPENHO

O belga Hugues Godefroy, diretor comercial da Cepêra Alimentos, concorda que a relação entre varejo e indústria vem prosperando. “Pesquisas confirmam que hoje se pratica mais colaboração do que há 20 anos, quando comecei a trabalhar no Brasil”, diz. Segundo o executivo, as centrais se destacam quando seus associados acreditam no relacionamento colaborativo, dispõem de alto grau de governança e de equipes empenhadas em um trabalho conjunto com o fornecedor. “Quando os varejistas definem um sortimento comum e promoções simultâneas em todas as lojas, geram um impacto positivo no consumidor”, afirma. Godefroy lembra que a centralização de pedidos permite que o fornecedor planeje melhor a produção e o transporte dos produtos, o que assegura abastecimento, reduz ruptura e custos. Em outras palavras: mesmo com desafios pela frente, a colaboração entre centrais e indústria continua avançando para o bem de todos.

Fonte: https://www.sm.com.br