sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Barômetros globais sobem pela 1ª vez desde novembro, mostra FGV/Ibre

Reabertura na China e menor pressão energética na Europa ajudam nas expectativas; inflação ainda é ponto de atenção



A reabertura da economia chinesa com o fim da política de covid-zero e uma crise energética mais suave do que a esperada na Europa fizeram os Barômetros Globais medidos pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) subir pela primeira vez desde novembro de 2022. Mas a pressão inflacionária pode novamente reverter esse quadro, alerta Paulo Picchetti, pesquisador do Ibre da FGV.


Em fevereiro de 2023, o Barômetro Econômico Global Coincidente, que procura acompanhar o ritmo da atividade econômica subiu 6,2 pontos, para 83,3 pontos. O Barômetro Econômico Global Antecedente, que mede as perspectivas de crescimento econômico nos próximos de três a seis meses subiu ainda mais expressivamente, em 11,2 pontos, para 90,5 pontos, maior nível desde março de 2022.


Com o resultado, o Barômetro Coincidente recupera quase 50% das perdas registradas nos três meses anteriores, enquanto o Antecedente recupera mais de 100% das perdas no mesmo período de comparação, informa o Ibre da FGV.


“O desempenho dos Barômetros Globais reflete os impactos imediatos e de perspectivas futuras do fim da política de covid-zero na China sobre o nível de atividades na região e no restante do mundo. A intensidade da crise energética decorrente dos conflitos regionais na Europa aparenta ter sido menor que a inicialmente estimada, colaborando também para essas expectativas”, avalia Picchetti.


No entanto, observa o economista, os desafios da política monetária ante à trajetória de aumentos de preços ao redor do mundo persistem, o que ainda não permite afastar a hipótese de alguma desaceleração do nível de atividades ao longo do ano.


Em fevereiro, a região da Ásia, Pacífico & África contribui com 5,0 pontos para a alta de 6,2 pontos do indicador Coincidente; o Hemisfério Ocidental com 0,8; e a Europa com 0,5 ponto. Todos os indicadores setoriais coincidentes sobem em fevereiro de 2023, algo que não acontecia desde março de 2021. O setor de Serviços registra o maior nível entre os setores pelo terceiro mês seguido. 


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Fonte:https://www.infomoney.com.br/economia

Marisa (AMAR3): ações caem 6,2% após renúncia de CEO e reestruturação; analistas veem barreiras para “turnaround”

 Além de saída do presidente, varejista também divulgou contratação de banco e consultoria para renegociar dívidas



As ações ordinárias da Marisa (AMAR3) caem forte nesta quarta-feira (8), após a companhia ter anunciado a renúncia do seu diretor-executivo (CEO), Adalberto Pereira dos Santos, no cargo há apenas oito meses. Os papéis fecharam com forte recuo de 6,19%, a R$ 1,06 (cabe destacar também o baixo valor de face dos ativos; assim qualquer queda ou alta de centavos leva a uma forte variação percentual).


Além da renúncia do CEO, a varejista divulgou também que contratou o banco BR Partners e a consultoria Galeazzi para ajudar na negociação de suas dívidas.


A Marisa vem queimando caixa trimestralmente, amargando prejuízos e tinha, no final de setembro de 2022, um endividamento bruto de R$ 788 milhões (considerando seu braço financeiro). O número corresponde a 44,7% do patrimônio da companhia, sendo R$ 200 milhões do total irão vencer no curto prazo.


Já segundo informações do Valor Econômico, citando fontes,  há espaço, junto aos credores, para um alongamento dos valores atuais totais da dívida líquida, na faixa de R$ 600 milhões.


“O mercado às vezes coloca muita expectativa na chegada de um executivo. É difícil não comparar, por exemplo, o que acontece com a Marisa com o que aconteceu com a Americanas (AMER3), no que tange os diretores. Nos dois casos, chegaram novos CEO com currículos invejáveis, mas também havia a evidência forte de problemas”, contextualiza Enrico Cozzolino, sócio e head de análise da Levante Investimentos. “Alguns enxergam os nomes como bala de prata, mudando a organização da casa, mas muitas vezes o problema está muito mais ligado ao macro”.


O cenário de Selic mais alta impacta a Marisa em alguns pontos do seu balanço: pagar os juros das dívidas fica mais caro, a companhia enfrenta com dificuldades em oferecer crédito para seus clientes (ponto importante do negócio) e, por fim, o consumo em todo o país acaba abalado.


É por todo esse combo que a varejista de moda acabou contratando o banco de investimentos e a consultoria – para buscar, junto a credores, mais espaço para saldar suas dívidas em meio ao momento difícil.


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Fonte:https://www.infomoney.com.br/mercados

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Novas tecnologias começam a transformar o setor de varejo

 Pesquisa da Opinion Box mostra que 86% dos entrevistados afirmam que a tecnologia é fator crucial para o processo de compra



O setor de varejo vem passando por algumas transformações ao implantar cada vez mais experiências digitais que já ganham a aprovação dos consumidores. Uma pesquisa da consultoria Opinion Box e da empresa Dito mostra que 86% dos entrevistados acreditam que a tecnologia contribui para o processo de compra e 56% já utilizam QR Code para efetuar o pagamento de suas aquisições. As ferramentas favoritas para pagamento costumam ser as carteiras digitais, com 53% de aprovação, e os chatbots, com 30%. 


A tendência da integração entre as lojas física e digital segue firme entre os consumidores, que agora transitam entre as duas para identificar o melhor formato em cada compra. Segundo o levantamento, em 87% das situações, as pesquisas de preço realizadas em lojas físicas resultam em compra no formato online. Em outro caso, 80% dos entrevistados preferem, primeiro, pesquisar virtualmente um produto para depois comprar na loja física. Mais uma estratégia citada por 78% dos consumidores foi o ato de comprar online e fazer a retirar, posteriormente, no ponto físico.


E já que o foco é sempre o consumidor, a forma como é tratado e valorizado ainda impacta os consumidores. Esta pesquisa também revelou que pelo menos 72% dos entrevistados esperam que as lojas onde adquiram seus produtos os reconheçam como indivíduos únicos e passem a identificar seus interesses de consumo. Dentre essas pessoas, 73% afirmaram já optar por consumir marcas que proporcionam essa experiência personalizada.



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Fonte:https://exame.com

Caso Americanas (AMER3) vira desafio extra para as varejistas em 2023

Profissionais do mercado apontam que há um longo caminho para a retomada do consumo e queda da inflação nos próximos meses


As empresas ligadas diretamente ao consumo da população deverão ter mais um ano difícil para seus negócios e em um contexto ainda mais desafiador do que o visto há um ano. Se até meses atrás a expectativa era de um alívio nos juros e desaceleração da inadimplência, agora a tendência é de continuidade no esmagamento das margens das varejistas ao menos nos dois primeiros trimestres.


A incerteza fiscal, que fez subir novamente a curva de juros futuros, indicando um aperto monetário mais longo do que o estimado, bem como o abalo de confiança causado pelo escândalo contábil da Americanas (AMER3), que deve aumentar o prêmio no custo de capital das empresas, são os principais desafios, na avaliação de profissionais de mercado ouvidos pelo InfoMoney.


Desde o início do aumento da taxa Selic, no primeiro trimestre de 2021 e que levou o índice de 2% para 13,75% ao ano, o setor de consumo viu a inadimplência disparar a níveis recordes e o custo de capital cada vez maior, tendência que segue neste início de 2023.


“O cenário desafiador [para o consumo] continua. Há uma proporção muito grande de famílias endividadas que não há como diminuir do dia para a noite, não existe bala de prata”, avalia a economista Izis Ferreira, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).


“A inadimplência vem crescendo desde o fim de 2021 e é difícil estimar uma restauração da capacidade de consumo no curto prazo”, explica Ferreira.


Em 2022, a cada 100 famílias, 78 se endividaram, segundo pesquisa da CNC. É o recorde de uma série anual iniciada em 2010. O crescimento do endividamento entre 2021 e 2022 foi de 7 pontos percentuais (de 70,9% para 77,9%) , sendo o quarto consecutivo e o maior já observado na pesquisa.


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