segunda-feira, 15 de agosto de 2022

China reduz taxa de juros para estimular economia

 Dados sobre a produção industrial e as vendas no varejo de julho ficaram abaixo das expectativas dos analistas

Presidente da China: país reduz taxa de juros para estimular economia (Justin Chin/Bloomberg/Getty Images)

O Banco Central da China reduziu nesta segunda-feira, 15, as taxas de juros em uma tentativa de estimular a hesitante recuperação econômica do país, já que os dados sobre a produção industrial e as vendas no varejo de julho ficaram abaixo das expectativas dos analistas.


A taxa de juros dos empréstimos de um ano caiu 10 pontos, a 2,75%.


A segunda maior economia mundial teve uma recuperação na atividade empresarial graças ao fim de algumas restrições sanitárias em junho, mas perdeu força devido à insistência de Pequim em manter a política de covid zero, que inclui confinamentos e quarentenas prolongadas.


Em julho, a produção industrial chinesa subiu 3,8% em ritmo anual, abaixo do resultado de 3,9% de junho, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).


O comércio varejista cresceu 2,7% em ritmo anual, contra 3,1% em junho, enquanto o desemprego urbano caiu para 5,4%, segundo o ONE.


"O risco de estagflação na economia mundial está crescendo e a base para uma recuperação econômica interna ainda não é sólida", alertou o ONE em um comunicado.


Fonte: https://exame.com/

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Com compras mais planejadas, consumo nos lares brasileiros cresce 2,20% no 1° semestre

 Intensificação de ofertas e de marcas nos supermercados, somada aos recursos injetados na economia, impulsionaram o consumo


Para driblar a alta da inflação dos alimentos, o consumidor tem feito compras mais planejadas, trocou marcas e buscou mais promoções. Já o varejo intensificou as negociações comerciais com os fornecedores, ampliou o número de marcas e fez mais promoções nas lojas.


A intensificação de ofertas e de marcas nos supermercados, somada aos recursos injetados na economia e a queda na taxa de desemprego, impulsionaram o consumo nos lares brasileiros, que cresceu 2,20% no primeiro semestre, segundo o indicador medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).


Na comparação entre junho e maio, o indicador apresentou alta de 0,10%. Em relação ao mesmo período de 2021, a alta é de 6,03%.


Destaques no supermercados

Um dos destaques no semestre foi o produto marca própria do supermercado. Com preços, em média de 20% a 30% mais baixos do que das marcas líderes da categoria, eles estão presentes em 34% dos lares.


As embalagens de melhor custo-benefício também estiveram no radar do consumidor, que passou a escolher aquelas que apresentavam maior economia ou melhor valor agregado.


“Com renda mais restrita, o consumidor não pode errar e, por isso, ele tem mais resistência a trocar de marca. Porém, o produto marca própria tem alta qualidade, preço competitivo e ajuda a compor a cesta de abastecimento”, analisa o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.


Consumo maior

Para os próximos meses, a previsão é de que o consumo nos supermercados continue a aumentar com a aprovação do pacote de benefícios aprovados pelo Congresso. A Abras estima que entre 50 e 60% dos valores devem ser destinados à cesta de consumo. Além disso, o pagamento de outros benefícios, como a restituição do 4º e 5º lotes do Imposto de Renda e o resgate de R$ 25 bilhões do PIS/Pasep por 10 milhões de pessoas, devem incentivar o consumo no segundo semestre.


Diante desse cenário, a Abras revisou as projeções do consumo nos lares brasileiros, de 2,80% para uma alta entre 3,00% e 3,30%.


“Esse dinheiro vai movimentar o consumo nos lares, então, o crescimento em ritmo moderado do primeiro semestre deve ficar para trás. Daqui para frente, o consumo tende a ser mais intenso e estável porque cresceu o número de famílias, aumentou o valor do benefício e novos auxílios foram criados para outras categorias profissionais: caminhoneiros e taxistas”, analisa o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.


Fonte:https://mercadoeconsumo.com.br

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Varejo Evolui Pagamentos

 Payface vê reconhecimento facial ultrapassar carteiras digitais nos PDVs


Cada vez mais incorporada à rotina dos consumidores, a tecnologia tem ganhado espaço em diversas etapas da jornada de compra. No checkout, por exemplo, as opções têm sido cada vez mais variadas: Pix, pagamento por aproximação, biometria digital e, mais recentemente, a biometria facial, que começa a ter os primeiros resultados dessa operação. "A nossa curva de crescimento já supera os momentos iniciais de tecnologias como NFC, que demoraram para crescer. Conseguimos ver um volume maior do que carteiras digitais estabelecidas. Em todos os lugares onde a gente opera, temos mais transações do que todas as carteiras digitais. E em algumas operações, a gente tem o dobro do que todas somadas", revela Eládio Isoppo, CEO e cofundador da Payface, que opera a biometria facial em quatro redes: Zona Sul (RJ), D'Ville Supermercados (MG), St Marche e Supermercados do Frade (SP).


Entrada em Novos Canais

  A Payface está expandindo sua solução no St Marche e no Zona Sul. Ontem (09), a startup também anunciou que implementará o pagamento por reconhecimento facial em todas as quatro lojas do D'Ville até o final deste trimestre. Na prática, o cliente realiza um cadastro no aplicativo da empresa, com dados pessoais, foto e cartão de crédito, e valida suas informações. No momento final da compra, ele informa ao atendente do caixa que deseja pagar com Payface e, na sequência, o dispositivo da startup captura o rosto do cliente e realiza a cobrança da compra. "Vamos continuar ampliando em redes de supermercados e fazer nossas primeiras experimentações em outros segmentos, como farma. Ano que vem, devemos ter novos produtos, também entrando no mundo digital", antecipa Eládio. 

A expansão deve ser acelerada pelo investimento recebido em uma rodada liderada pelo BTG Pactual, realizada em junho. O aporte também será direcionado à evolução da operação. Neste sentido, uma das preocupações da startup tem sido englobar as características étnicas de todas as pessoas na solução.


Mercado em Transformação

  Para o CEO, o mercado de pagamentos, apesar de ser amplo e competitivo, tem players que dominam a cadeia, tornando-a dependente de poucos produtos. Contudo, as novas soluções e as startups trazem ao setor uma perspectiva de popularização das tecnologias. "Quando começamos, em 2018, o reconhecimento facial era mais distante do cotidiano das pessoas do que hoje. Apesar de ainda ter uma adesão baixa em supermercados, o Pix também é uma oportunidade que pode fazer parte da experiência de compra", analisa. A complexidade de ponta a ponta e o crescimento em escala são vistos como desafios do mercado de pagamentos.


  Segundo Eládio, o principal passo para disseminar esses meios de pagamento entre os consumidores e as empresas é entregar boas experiências, para depois expandi-las conquistando novos usuários - que, por sua vez, estão cada vez mais "propícios" ao reconhecimento facial. Recompensa pelo pagamento e promoções personalizadas são algumas das estratégias que podem contribuir para o avanço das soluções, gerando, consequentemente, fidelização dos clientes. "No futuro, o dinheiro, que ainda é bastante representativo para varejistas, vai praticamente sumir. Novos meios de pagamento vão surgir e métodos convencionais vão ser menos utilizados", projeta o empresário.

Texto: Bruna Soares

Fonte:https://www.gironews.com