quinta-feira, 22 de junho de 2017

Sustentabilidade – Materiais alternativos ao couro e movimento pelo fim do uso de peles crescem no mundo da moda

Sustentabilidade – Materiais alternativos ao couro e movimento pelo fim do uso de peles crescem no mundo da moda

Na última semana, um dos maiores grupos varejistas do mundo da moda anunciou que não venderá mais peles de animais em seus e-commerce. Com a decisão, o Net-A-Porter tomou um grande passo na caminhada da sustentabilidade, que está cada dia mais em alta no mundo da moda. Enquanto grifes como Prada, Gucci e Fendi ainda insistem em utilizar o polêmico material, cresce a preocupação com o desenvolvimento de materiais tecnológicos que possam suprir a demanda daqueles de origem animal.

Couros criados a partir das fibras do abacaxi, de troncos de árvores e até mesmo de resíduos da produção vinícola já são realidade e novas opções não param de surgir. As novidades agradam os vegetarianos, os ambientalistas e também os defensores da causa animal, além de fornecer um leque de infinitas possibilidades para os designers.

A estilista brasileira Flavia Aranha desenvolveu o Tecido da Floresta, uma técnica inovadora que utiliza algodão e látex natural e é produzida pelas mãos talentosas de artesãos da Amazônia. O material é maleável, biodegradável, não leva químicos em sua produção e tem um aspecto rústico bastante semelhante ao couro. A produção ainda é pequena e bastante experimental, já que é preciso aguardar a maturação do latex, mas algumas peças criadas com o tecido já podem ser encontradas na internet. Em 2016, Flavia produziu uma coleção em parceria com a Insecta, outra marca brasileira focada na sustentabilidade e que não utiliza produtos de origem animal na confecção de seus calçados.

Sustentabilidade – Materiais alternativos ao couro e movimento pelo fim do uso de peles crescem no mundo da moda     Sustentabilidade – Materiais alternativos ao couro e movimento pelo fim do uso de peles crescem no mundo da moda
Sustentabilidade – Materiais alternativos ao couro e movimento pelo fim do uso de peles crescem no mundo da moda

Tecido da Floresta: algodão e látex se transformam em material artesanal e semelhante ao couro

Na Itália, a revolução vem do vinho. O designer milanês Gianpiero Tessitore criou o Wineleather®, um tecido tão maleável e durável quanto o couro, porém produzido de forma completamente ética e sustentável a partir de resíduos descartados pelas vinícolas. O material surgiu após 2 anos de estudos intensos e começou a ser vendido no ano passado, podendo ser usado para roupas, acessórios e até mesmo a decoração.


Fonte: http://www.fashionbubbles.com

Do Plástico À Sustentabilidade Há Um Longo Caminho Para A Melissa Percorrer


A Melissa é conhecida pela moda, design e arte. Agora começa a tocar a ponta dos dedos na sustentabilidade // Divulgação

Plástico é fantástico. Isso é tão verdadeiro para a Barbie quanto para a Melissa, marca brasileira de calçados do grupo Grendene que, por meio de parcerias com designers renomados como Alexandre Herchcovitch, Vivienne Westwood, Jason Wu e Karl Lagerfeld, e um trabalho constante de marketing, foi conquistando seu espaço na moda, arte e design nos últimos 20 anos.

Um marco nessa trajetória foi a abertura da Galeria Melissa no Brasil (em 2006), em Nova York (em 2012)  e em Londres (em 2014), e devemos esperar novidades na Ásia como parte do plano de internacionalização da Melissa. Ainda assim, o mercado nacional é o grande impulsionador de crescimento da empresa, com a franquia Clube Melissa somando 241 lojas pelo país.

Um dos pontos chaves do crescimento da Melissa é o contato constante da marca com o público, se colocando num papel de articuladora cultural através de ações como o projeto Meio-Fio, responsável por mapear e impulsionar novos criadores, artistas, fotógrafos, estilistas, escritores e afins. A investida tem dado resultado e a Melissa conquistou seu espaço dentro de um dos mais conceituados eventos de arte de São Paulo, a SP-Arte.

Com ações como essa, a marca consegue também ficar ligada às demandas que impactam no mercado de moda. No final de 2015, a Melissa começou a produzir sapatos em numeração maior, para atender tanto o público feminino, quanto o masculino, quanto o não-binário. Começou com a Melissa Flox e depois outros modelos foram incluídos, gradativamente, nas coleções. É nessa direção que a marca tem cada vez mais guiado suas campanhas, e temos que admitir que, de fato, tem feito trabalhos muito bons nesse sentido.

100% Plástico.
A procura cada vez maior por produtos de moda e beleza veganos foi outra demanda a qual marca se atentou. A fórmula do plástico usada nos calçados sofreu alterações e foram excluídos os 4 ingredientes de origem animal anteriormente usados na composição do PVC. Agora você encontra nas solas da Melissa uma vaquinha, o símbolo criado pela marca para atestar que as Melissas são veganfriendly e 100% plástico.

Carlos André Carvalho, Gerente de Desenvolvimento Sustentável do grupo Grendene, nos explicou que a substituição ocorreu em um desenvolvimento colaborativo com os fornecedores. “Eram 4 componentes relacionados à lubrificação e plastificação dos materiais. Em um determinado momento, nos questionamos se éramos 100% plástico e quais as mudanças nas fontes de matérias-primas que poderíamos fazer para ser”, explicou ele. “Em 6 meses conseguimos substituir alguns componentes e, depois de 1 ano, tínhamos todos os componentes substituídos.”

A vaquinha é o novo símbolo da Melissa para garantir 100% plástico e nenhuma matéria-prima de origem animal // Divulgação



Sustentabilidade.
Ainda assim a matéria-prima da Melissa é inegavelmente problemática. Oriundo do petróleo, o PVC provém de fontes não-renováveis e acarreta muitos impactos negativos para o meio ambiente, para os animais e para as pessoas (tanto no processo de produção, quanto no descarte). Carvalho afirma que o PVC usado para produção dos sapatos é 100% reciclável e já há tecnologia em fábrica para reutilização do material. “Podemos utilizar no ciclo fechado de produção um percentual de 30% de reciclado, pois garantimos aspectos de design e técnicos do produto. Este sistema da operação tem o menor consumo de energia, água e geração de resíduos”, atesta ele.  Essa equação implica ainda num uso de 70% de matéria-prima virgem na mistura de componentes.

Igualmente complicado é o método de produção. O plástico é injetado em uma forma moldada e há muita sobra de material ao redor desse molde. Essa sobra passa a ser considerada resíduo e é descartada. Segundo o Relatório da Administração de 2016, em comparação com 2015, a Grendene conseguiu diminuir em 16% a geração de resíduos por par produzido, mas não atesta resíduo zero. Para ter uma ideia de volume e demanda, no primeiro trimestre de 2017, a Grendene vendeu 37,9 milhões de pares globalmente (números que incorporam todas as marcas do grupo).

Para avançar nas práticas sustentáveis, a Melissa precisa também incorporar a logística reversa, atualmente inexistente. Ou seja, por um lado a empresa está a frente por usar uma matéria-prima sem misturas e de fácil reciclabilidade. Por outro lado, com a ausência de logística reversa, os sapatos usados não são devolvidos para a empresa, a matéria-prima não volta para o ciclo de produção e os sapatos não são reciclados. “Estamos realizando um estudo de ciclo de vida de produto, para entender qual o melhor caminho de como realizar este processo com o menor impacto ambiental e custo”, explica Carvalho.

Mas além de diversidade nas campanhas de marketing e questões técnicas acerca de processos de produção em fase de estudo, como a Melissa está tratando a sustentabilidade social e ambiental dentro da cultura da empresa?  “Acreditamos que o principal indicador de sustentabilidade de uma empresa é a geração de lucro e a solidez financeira”, afirma o Relatório da Administração de 2016 do grupo Grendene. “Este fator denota que os consumidores pagam pelos produtos da empresa mais do que custam os insumos extraídos da natureza para fabricar e distribuir estes produtos. Além disso, garante a continuidade da empresa e a geração de empregos bem como a satisfação das necessidades de milhares de clientes que compram e usam seus produtos”.


Fonte: http://www.modefica.com.br/

VAREJO DE MODA CRESCE ACIMA DA MÉDIA NACIONAL

Lojas de vestuário, tecidos e calçados correspondem à segunda atividade do comércio que mais vendeu e faturou em abril.

Das oito atividades medidas por pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o varejo de moda está entre as três que ajudaram o comércio varejista nacional a avançar em abril, depois de quatro meses seguidos de contração de vendas. As lojas de roupas, tecidos e calçados venderam 3,5% a mais que março, único mês do ano, por enquanto a registra queda de volume e receita. A receita nominal da atividade aumentou 4,2% na passagem de um mês para o outro.

Só perdeu em desempenho para o setor de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que avançou 10,2%, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo representam a terceira categoria com variação positiva em abril, mediante incremento no volume de vendas de 0,9%, sendo a que mais influencia as oscilações do varejo brasileiro.

De modo geral, o comércio varejista nacional avançou 1%, em volume de vendas, e 1,3%, conforme o IBGE. A avaliação é que dois fatores ajudaram a melhorar os indicadores do varejo em abril, com a combinação de inflação mais contida e a aplicação em consumo de parte dos recursos do FGTS liberado.

SOBRE ABRIL DE 2016
Também frente a abril de 2016, as lojas de vestuário, tecidos e calçados representaram a segunda maior contribuição positiva na formação da taxa global do varejo com crescimento de 10,8% no volume de vendas e de 13,1% em receita nominal. De acordo com a análise do IBGE, o setor vem registrando desempenho positivo nessa comparação desde fevereiro de 2017, “impactado pelo incentivo de frequentes campanhas promocionais, combinado à comparação com a base deprimida de 2016”.

Dois oito estados que são destaque no relatório de resultados da pesquisa, apenas três deles e o Distrito Federal registram queda no volume de vendas no confronto com abril de 2016 (Ceará, Goiás e Paraná). E somente dois Ceará e Goiás), além do DF, apresentam da mesma forma recuo em receita. Para os demais, a variação é positiva. Novamente o maior avanço passa pelo varejo do Espírito Santo que cresceu, de acordo com a pesquisa, 45% em volume e 48,5% em receita.

Como acontece desde fevereiro, na comparação com igual mês do ano anterior, Minas Gerais também aumentou as vendas com 28,8% a mais em volume e 31,3%, em receita. Em abril, o Rio Grande do Sul despontou como um dos mercados cujo varejo mais cresceu no país, com melhora de 28% em volume e 30,1% em receita.

O maior mercado do país, São Paulo prosperou com aumento de 15,5% em volume e 17,3% em receita, atesta a pesquisa.



Fonte: http://gbljeans.com.br/

3 redes do Sul crescem acima da inflação

As estratégias implementadas passam por melhoria de processos, profissionalização da gestão e ajustes do sortimento ao perfil do consumidor

Cidade Canção (PR), Althoff (SC) e Unidasul (RS) tiveram um crescimento real no ano passado que deixou para trás o desânimo, o imediatismo e as urgências improdutivas. As três, como muitas outras redes no Brasil, não perderam vendas nem resultados. Elas continuaram investindo, encontrando novas soluções, tomando novas decisões. Não perderam o foco no negócio. Entenda melhor o que fizeram.

Meta ambiciosa
Cidade Canção (CSD -PR )
Capacitação de pessoal e melhoria de processos explicam crescimento da rede paranaense

Alguns ganhos em 2016 
  • 6,4% alta real nas vendas
  • 12% alta na participação do açougue na rede
  • 10% alta na participação do FLV na rede
  • 15% queda índice de perdas


 Treinamento da equipe ajudou a seção de hortifrútis a aumentar em 10% sua participação no total de vendas da empresa

A meta de fechar 2016 com faturamento de R$ 2 bilhões não inibiu a rede Cidade Canção (CSD) em seus projetos e investimentos. Por pouco, a empresa não alcançou seu objetivo. As vendas atingiram R$ 1,99 bilhão, o que representou alta real de 6,4%. Várias iniciativas explicam o sucesso, como a formação de pessoas. A equipe de frente de caixa, por exemplo, participou de palestras sobre atendimento.

Já 100 encarregados do açougue e FLV passaram por 2.900 horas de treinamento para desenvolver a visão de microgestores de negócio. Eles entenderam os indicadores e como alcançá-los, além da  mportância de acompanhar os resultados. Conheceram no detalhe todo o processo logístico, os planogramas e a importância de manusear adequadamente os produtos. “Desde então, tivemos uma alta de 12% na participação do açougue nas vendas totais da rede e de 10% na participação do FLV”, conta Vivian Correa, diretora da rede. A Cidade Canção iniciou ainda campanha de prevenção e redução
de perdas, que envolveu a área de demanda (que realiza análise e previsão de abastecimento de estoque para as lojas), o comercial e o CD. E criou uma auditoria interna para acompanhar indicadores, metas e os planos de ação. Com as iniciativas, as perdas caíram 15% em 2016 ante 2015.

O CD ganhou um sistema completo de gestão, que possibilitou o acompanhamento e o controle de entregas e de qualidade das mercadorias. Antes, as trocas de dados com as lojas eram feitas por telefone ou e-mail. Isso gerava informações truncadas e demora no atendimento. Com o novo sistema, a operação ganhou velocidade e assertividade. O “pacote de crescimento” também incluiu quatro reformas, que permitiram ajustar o mix ao perfil do público e garantir maior conforto nas compras. Seguir em frente, apesar da adversidade, se revelou uma boa estratégia.


Althoff Supermercados (SC)
Com novo formato de gestão, rede adquiriu três lojas, que já respondem por 5% da receita.

Alguns ganhos em 2016
  • 14,7% alta real nas vendas
  • 41% alta de cupons em loja gourmet
  • 20% alta tíquete médio na mesma loja


Com 65 anos, a Althoff é uma das redes mais antigas de Santa Catarina. Na terceira geração de sucessores, a varejista decidiu que já era hora de entregar a gestão do negócio a profissionais do mercado. O processo teve início em dezembro de 2015 e já impactou positivamente nas vendas de 2016: crescimento real de 14,7%, alcançando R$ 182,4 milhões. “Hoje, toda a diretoria operacional é formada por executivos. Coube à família analisar estatísticas, indicadores, estratégias”, afirma Ricardo Althoff, vice-presidente da companhia. “Ganhamos agilidade e assertividade na tomada de decisão”, diz. Em setembro do ano passado, a rede fez sua primeira aquisição. Comprou três lojas de um concorrente. Em poucos meses, as unidades passaram por reformas e redefinição do mix, o que as fez contribuir com 5% do faturamento em 2016. Reformas também foram realizadas em outras lojas da Althoff. Em uma delas, de 700 m², o layout mudou e o sortimento ganhou perfil gourmet. Com isso, fechou o ano com aumento de 41% no número de cupons emitidos e de 20% no tíquete médio. Ao longo de 2016, a rede substituiu fornecedores de açougue e padaria em busca de melhores preços e qualidade.
No açougue passou a trabalhar com cortes mais nobres. Na padaria, ampliou o mix de tortas com novos sabores e formatos. E no hortifrútis incluiu produtos processados, como saladas de folhas e de frutas para consumo imediato. “As vitrines ficaram mais atrativas e as vendas subiram”, afirma Althoff. Outro ponto foi a criação de metas de vendas, perdas, quebras e despesas para as lideranças de loja. A rede investiu em um sistema de gestão e na aquisição de um software de BI (business intelligence), que elevou a produtividade. “Usamos o BI para medir a efetividade das ações do comercial, em especial a análise da margem de contribuição, que tornou as decisões mais racionais,” comemora.

Unidasul (RS )
Sortimento, preço e margem foram adaptados ao perfil do público de cada grupo de filiais

Alguns ganhos em 2016
  • 6% alta real nas vendas
  • 20% economia com energia elétrica
  • 100% das lojas com sistema de radiofrequência


As lojas da Unidasul estão presentes em mais de 20 cidades do Rio Grande do Sul. A empresa conta com bandeiras de supermercado (Rissul, 39 lojas) e de cash & carry (Macromix, 8 filiais). Em 2016, o avanço nas vendas foi de 6% real, com receita de R$ 1,3 bilhão. Para José Leandro Assis, superintendente de varejo, a alta veio da clusterização dos supermercados, finalizada em 2015. Hoje, a Rissul conta com três clusters – preço (para baixa renda), standard (para classe média) e VIP (para classe alta). Cada um tem um tipo de sortimento, posicionamento de preço e margem. As lojas VIP, por exemplo, operam com produtos voltados para conveniência e de alto valor agregado, o que viabiliza margens elevadas. A clusterização assegurou ainda eficiência na operação, portanto, melhor atendimento (mais vendas). Em cada grupo de lojas, os planogramas e os processos de reposição passaram a seguir um padrão. Os supermercados ficaram organizados e os produtos mais bem expostos. O espaço acordado com fornecedores tornou-se mais respeitado. Tudo isso contribuiu para reduzir perdas e ruptura.

O calendário promocional recebeu mais atenção. Hoje, o pessoal da loja sabe exatamente quando iniciar os trabalhos, que produtos destacar, de que maneira, em que áreas e com quais preços. Para reduzir despesas e melhorar a qualidade dos perecíveis, a Unidasul também investiu em balcões e freezers com portas, especialmente na área de carnes. Houve uma economia de 20% com energia elétrica.

Novos treinamentos operacionais foram feitos no modelo e-learning, em cursos rápidos e didáticos. As lojas ganharam sistema de radiofrequência, o que garantiu agilidade no processo de reabastecimento das gôndolas. “Ganhamos um turno de trabalho com isso”, diz Assis. “Investimento bem feito não são despesas, mas boas vendas”, defende.

 Fonte: http://www.sm.com.br

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Conselhos administrativos ainda não são levados a sério


O diagnóstico é de Sandra Guerra, especialista no papel do conselho dentro da governança das empresas


O conselho de administração é um importante elemento da governança corporativa que ainda tropeça para cumprir o seu papel no Brasil. Pensamento homogêneo demais, efeito manada, falta de preparação dos conselheiros e pouca discussão com opiniões divergentes são alguns dos fenômenos notados pelos próprios membros de colegiados no País.

O diagnóstico é de Sandra Guerra, especialista de longa data no papel do conselho dentro da governança das empresas. Consultora e conselheira há duas décadas, Sandra foi parte do grupo que fundou o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) em 1995, e foi presidente de seu conselho por quatro anos.

Ela lançou recentemente o livro "A Caixa-Preta da Governança" (editora Best Business), que tem como base uma pesquisa realizada junto com Rafael Liza Santos, com a participação de 102 conselheiros brasileiros. Da amostra, a maioria possui mais de dez anos de experiência no papel e atua em dois ou mais colegiados, e cerca de metade têm como principal atuação a de membro independente.

Para a especialista, o papel de um conselho se divide em três categorias: direcionar a estratégia, controlar e monitorar a empresa, atuando como supervisor da gestão de risco e como "motor" da governança corporativa, e aconselhar a gestão da companhia. Esse papel está, no entanto, em constante evolução. 

Alguns dos acontecimentos que mais marcaram a maneira de se pensar governança no Brasil e no mundo foram grandes escândalos do meio corporativo, como o da empresa americana de energia Enron, a crise financeira de 2008 e os atuais desdobramentos da Operação Lava-Jato. "Hoje as empresas estão sob escrutínio 24 horas por dia, ao redor do mundo, e isso requer um repensar de tudo isso", diz.

O equilíbrio que garante a eficácia do conselho, para Sandra, é delicado. "Há uma dinâmica muito desafiadora na relação de um conselho com os executivos. Quando os executivos têm receio do monitoramento, não abrem informações e acabam sem uma relação que permita o aconselhamento", diz.

A maioria dos conselheiros diz, na pesquisa, já ter testemunhado fenômenos que se colocam entre a tomada de decisão e os melhores interesses da empresa. Mais de 70% dizem ver efeito manada acontecer com frequência - ou seja, os conselheiros, sem informações suficientes, se deixam levar pela opinião de determinados membros, sem uma discussão profunda da decisão. Mais de 60% também percebem, com frequência, a formação de pensamentos em grupo, que evitam o conflito e ignoram informações externas em busca de consenso.

Outras tendências observadas por mais da metade dos conselheiros são a propensão a conselheiros superestimarem sua própria opinião (59%) e de refutarem sugestões de fora do colegiado (56%), bem como um viés em causa própria que faz com que o colegiado sempre atribua a culpa por fracassos a influências externas e credite o sucesso ao próprio grupo (52%).

Para Sandra, são fenômenos que colocam em risco a eficácia dos conselhos, e que ainda não são levados a sério pelas empresas ou pelos próprios conselheiros. "São elementos subestimados por causa dessa visão de uma pretensa racionalidade do 'business man'. Eles precisam ser considerados e tratados com a mesma seriedade que se dá a planilhas", diz.

Entre os erros que os conselheiros mais admitem ter cometido, o mais citado é ter confiado demais na proposição trazida por um executivo (17%), e ter-se deixado pressionar pela urgência imposta por ele (13%). Mais da metade também diz ver com frequência conselheiros que se desviam dos melhores interesses da companhia por se preocuparem mais com a própria reputação do que com a da empresa, e por não quererem prejudicar os laços sociais com controladores.
Isso se agrava por problemas na própria dinâmica do conselho. Entre razões que se colocam no caminho para o bom funcionamento do colegiado, na avaliação dos próprios membros que participaram da pesquisa, estão a falta de preparação antes de reuniões, presidentes que não abrem espaço para visões diferentes, conselheiros que não escutam e que falam demais, e outros que não são assertivos o suficiente em suas colocações.

Além do desenvolvimento de uma consciência desses riscos, para Sandra as soluções para minimizar essas questões passam pela já recorrente discussão da importância de mais diversidade nos colegiados. "A diversidade é importante para fazer frente ao pensamento de grupo, para ter perspectivas diferentes e mitigar possíveis tendências que podem estar cegando ou direcionando o conselho", diz.

Ela destaca, também, o papel do conselheiro independente - sem relação com os grupos controladores -, que Sandra ainda considera pouco difundido no País. "Nossa mentalidade está muito focada em assegurar o poder político dos controladores sobre as decisões, seja em assembleia ou no conselho. O que não se percebe é que agir assim pode diminuir a possibilidade de gerar valor, porque as outras partes interessadas e fontes de capital podem duvidar que as decisões são feitas para o benefício de todos, e acabam precificando isso. A empresa paga um preço por essa desconfiança", diz.

Fonte: Valor Econômico

Índia destrona China


A China deixou de ser a n.º1 no ranking dos mercados mais promissores para a expansão do retalho. A Índia ocupou o topo da tabela, numa manobra alavancada pela economia e taxas de consumo em expansão, um incremento da população urbanizada e uma classe média em crescimento.


O mercado retalhista chinês está maduro e o crescimento do PIB estagnou, mas o tamanho do país e a oportunidade de comércio eletrónico continuam fortes, segundo a A.T. Kearney.

O relatório anual da consultora sobre os mercados de retalho emergentes coloca o país no topo da lista, à frente da China, que tem sido líder de longa data nestes índices. O relatório avalia as melhores oportunidades para investimentos no retalho a nível mundial e classifica 30 países em desenvolvimento com base em categorias como a população, o PIB per capita, as vendas nacionais de retalho e o risco político.

«O índice concentra-se na cena geopolítica e como isso afeta negócios», explicou Hana Ben-Shabat, coautora do estudo da A.T. Kearney, à CNBC. «Os retalhistas estão a pensar duas vezes sobre a expansão em regiões onde há incerteza sobre as futuras ações governamentais ou um alto risco político».

Além disso, «as compras móveis têm vindo a desafiar a forma como os retalhistas pensam a expansão global, bem como sobre o seu papel na cadeia de valor», acrescentou o coautor Mike Moriarty. «Antecipamos que cada vez mais retalhistas usem smartphones como parte dos seus planos de expansão».

China amadurecida

A economia em escalada, a subida das taxas de consumo bem como a população urbana e classe média crescentes garantiram à Índia o primeiro lugar, reforçou a A.T. Kearney. Retalhistas como a Armani Exchange, Kate Spade, Cole Haan e Muji entraram no mercado indiano em 2016.

Enquanto isso, a China caiu na lista de 2017 devido ao amadurecimento do seu mercado e à estagnação do crescimento do PIB, mas o tamanho do país e as oportunidades de comércio eletrónico continuam em alta.

O Vietname ocupou o 6.º lugar na lista, avançando cinco pontos em relação ao ano passado, graças às leis de investimento mais liberais. Também na Ásia, a Malásia e a Indonésia surgiram no 3.ª e 8.ª posição, respetivamente.

O mercado da Malásia deverá crescer 23% anualmente até 2021, impulsionado pelos investimentos em eletrónica e media, prevê a A.T. Kearney.

A Ásia é a «força motriz» da expansão global do retalho este ano, escreveram os autores do relatório.

«Pode-se questionar o motivo que terá afastado alguns países do índice [deste ano]», afirmou Ben-Shabat. «A estabilidade política do país é a chave», apontou.

Regiões em destaque

O norte de África está a reclamar atenção e alguns mercados da América do Sul estão a impressionar os investidores, mas a Rússia enfrenta agora um crescimento mais lento.

«A Rússia ainda está a recuperar de uma recessão, mas há alguns sinais positivos, incluindo o mercado de luxo impulsionado por turistas chineses», reconheceu Ben-Shabat. O país ficou no n.º 22 na lista, inalterado em relação a 2016.

Além de classificar os países que representam as melhores oportunidades de investimento no retalho, A.T. Kearney identificou aquele que considera ser o próximo grande motor das vendas na próxima década: as compras móveis, especialmente nestes mercados emergentes.

As despesas anuais e os investimentos em dispositivos móveis, numa pesquisa conduzida em 10 mercados emergentes, rondam os 275 mil milhões de dólares (aproximadamente 244 mil milhões de euros), constatou a consultora.
Fonte: https://www.portugaltextil.com

Carrefour ou GPA: quem ameaça mais o seu negócio?

O anúncio da oferta inicial de ações do Carrefour no País tornou públicos novos indicadores da rede, o que permite uma melhor comparação com o GPA. Saiba em que cada empresa se destaca


Estudo do banco Brasil Plural indica que a bandeira Assaí, do GPA,
conta com maior Ebitda e vendas por metro quadrado


Até pouco tempo atrás, sabia-se muito pouco sobre o desempenho do Carrefour no País. Desde que foi anunciado o IPO – oferta inicial de ações – da operação brasileira, alguns dados adicionais tornaram-se conhecidos, como margem e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Com isso, tornou-se possível estabelecer uma melhor comparação entre as duas maiores companhias do varejo alimentar. Agora, diante desses novos dados, a pergunta que fica no ar é: quem tem maior eficiência e ameaça mais o seu negócio? 

Cada uma dessas gigantes tem suas fortalezas e pontos fracos, o que torna equilibrada a competitividade delas no mercado. Análise realizada pelo banco de investimentos Brasil Plural aponta como diferencial do Carrefour a operação madura de cash & carry. Sua bandeira Atacadão respondeu no ano passado por 60,6% das vendas da companhia no País, contra 55% de 2014. Já o Assaí representou 35% da receita do GPA, uma alta de 11 pontos percentuais no mesmo período. 

Mesmo assim, a projeção é de que a bandeira de atacarejo do GPA apresente uma lucratividade maior. O banco estima uma margem Ebitda ajustada de 4,7% no ano passado (foram considerados custos maiores com aluguel de imóveis). Em 2014, esse percentual era de 4,4%. No Atacadão, o indicador ajustado atingiu 4,5% em 2016, contra 4,2% de dois anos antes. A produtividade por metro quadrado também é maior no Assaí. No primeiro trimestre deste ano, alcançou R$ 9,6 mil/metro quadrado. Já o Atacadão alcançou R$ 8,2 mil no período. 

Para o Brasil Plural, as análises indicam que a operação de hipermercado do Carrefour tende a ser melhor do que a do GPA. Entretanto, as políticas comerciais implementadas no Extra ajudaram a melhorar alguns indicadores. É o caso das vendas por metro quadrado. Nos primeiros três meses do ano, elas alcançaram R$ 4,7 mil nos hipermercados do GPA e R$ 4,9 mil nos do Carrefour. O relatório do banco de investimentos aponta boas expectativas com relação ao aprimoramento das novas dinâmicas comerciais no GPA neste ano. 



Os hipermercados do Carrefour apresentam melhor desempenho, o que se
deve às remodelações que têm sido realizadas

Se, de um lado ter um parque maduro de lojas de atacarejo é uma vantagem para o Carrefour, de outro, a maior diversidade de formatos pesa a favor do GPA. O relatório do Brasil Plural também aponta como ponto forte a bandeira de supermercados Pão de Açúcar, pois contribui para elevar a margem operacional. Já as operações financeiras do Carrefour estão mais consolidadas, o que beneficia a companhia em relação à sua maior concorrente. 

As duas empresas também adotam diferentes modelos em relação aos imóveis onde suas lojas estão construídas. No Carrefour, as instalações próprias respondem por 81% do total, enquanto no GPA respondem por 28%. O banco de investimentos estima que as despesas com aluguel de imóveis representem 1,5% das vendas do Grupo Pão de Açúcar. Isso leva a margem Ebitda de 2016 da companhia para 5,6%. Já o Carrefour alcançou 6,4% influenciado por custos menores nessa área e pela melhor operação financeira.

Fonte: http://www.sm.com.br/

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Têxtil ao fresco


Investigadores da Universidade de Stanford desenvolveram um têxtil à base de plástico que permite arrefecer e manter frescas as pessoas que vivem em climas quentes.

Os cientistas combinaram nanotecnologia, fotónica e química para desenvolver o material. «Se for possível arrefecer a pessoa em vez do edifício em que trabalha ou vive, isso irá poupar energia», explica Yi Cui, professor associado de ciência e engenharia dos materiais e de ciência da luz em Stanford.

Tal como o algodão, o novo têxtil permite que a transpiração se evapore através do material, mas o novo desenvolvimento possibilita ainda a libertação de calor que o corpo emite como radiação de infravermelhos. Esta última é uma propriedade do polietileno – o plástico usado como filme de cozinha.

«40% a 60% do calor do corpo é dissipado como radiação infravermelha quando estamos sentados no escritório», afirma Shanhui Fan, professor de engenharia elétrica. «Mas, até agora, tem havido pouca ou nenhuma pesquisa em manipular as propriedades de radiação térmica dos têxteis», acrescenta.

À saída da fábrica, o nanopolietileno assemelha-se ao filme usado na cozinha e, como tal, não é confortável ao uso. Para ultrapassar isso, a equipa fez três melhorias. Primeiro, efetuaram punções a intervalos regulares com uma agulha pequena, para deixar o ar entrar e sair. Segundo, acrescentaram uma substância chamada polidopamina, que torna o plástico mais hidrófilo. Isto significa que em vez de repelir a transpiração e fazer com que se acumule na pele, o nanopolietileno modificado absorve a transpiração e afasta-a para a superfície exterior do tecido, permitindo a sua evaporação. Em terceiro lugar, para melhorar as propriedades mecânicas do material, o produto final é composto por duas folhas de nanopolietileno com uma rede larga de algodão no meio.

Para testar a capacidade de arrefecimento do material experimental, os investigadores colocaram amostras do material plástico e de tecido de algodão sobre a pele e compararam as temperaturas. A variante com perfurações e rede de algodão reduziu a temperatura em 2 °C comparativamente ao tecido de algodão, sugerindo que usar o novo material pode fazer com que as pessoas recorram menos a ventoinhas e ar condicionado.

Os cientistas adiantam que vão continuar a trabalhar para aumentar a gama de cores, texturas e propriedades típicas dos tecidos. «Para desenvolver um têxtil, é necessário produzir grandes volumes de forma pouco dispendiosa», destaca Cui. «Em retrospetiva, algumas das coisas que fizemos parecem muito simples, mas é porque poucos têm realmente trabalhado na engenharia das propriedades de radiação dos têxteis», resume.

Fonte: https://www.portugaltextil.com/textil-ao-fresco/

IMPOSTOS REPRESENTAM ATÉ 80% DO VALOR DOS PRESENTES DO DIA DOS NAMORADOS


Associação Comercial fez lista com os presentes para Dia dos Namorados que mais têm impostos embutidos em SP; Confira ranking dos 20 mais tributados

Às vésperas do Dia dos Namorados, os casais começam a fazer as contas para ver o quanto vai conseguir gastar com a comemoração.

A Associação Comercial de São Paulo anunciou uma lista repleta dos itens que mais têm cargas tributárias embutidas nos preços finais. Uma notícia nada animadora para quem está contando as moedas para comprar um bom presente.

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Para quem quer comprar uma bebida mais sofisticada para ocasião, como champanhe ou vinho, saiba que pelo menos 50% do valor que você pagará na garrafa vai para os cofres do governo. E o mesmo acontece com presentes como maquiagem e joias.

O combo formado por flores e perfume importado também é cheio de impostos. Isso porque, para garantir o cheiro dos famosos você pagará pelo menos 79% do valor para o governo e 17,71% nos tributos das flores.

A lista ainda contém celulares, óculos de sol, livros e o bom e velho porta-retratos.

A seguir, confira o rankig feito pela Associação Comercial de São Paulo com os itens e seus respectivos tributos:


  • Perfume importado (79,99%);
  • Champanhe (59,49%);
  • Vinho (54,73%);
  • Maquiagem nacional (51,41%);
  • Joias (50,44%);
  •  Óculos de sol (44,18%);
  • Porta-retratos (43,47%);
  •  Tablet (39,12%);
  • Telefone celular (38,90%)
  • Calça jeans (38,53%);
  • Fondue de chocolate (38,51%);
  •  Fondue de queijo (36,54%);
  • Bota (36,17%);
  •  Camisa (34,67%);
  •  Malha (34,13%);
  •  Jantar em restaurante (32,31%)
  •  Hospedagem em hotel (29,56%)
  •  Pacote de viagem (29,56%)
  •  Flores (17,71%)
  •  Livros (15,52%)



Fonte: http://www.portalnovarejo.com.br

RIACHUELO, MARISA, RENNER, C&A: QUAL REDE ATENDE MELHOR O PÚBLICO PLUS SIZE?


Renata Poskus, do blog Mulherão, analisa as redes que têm coleções plus size em suas araras no segundo texto do Especial Plus Size. Quem levou a melhor?

mercado plus size tem um potencial de crescimento que poucas marcas conseguiram enxergar. Entre as grandes redes, porém, há iniciativas de pontuais a mais consistentes. Riachuelo, Marisa, Renner, Pernambucanas e C&A estão entre as gigantes que, de alguma forma, começaram a olhar para este público. Mas nem todas estão no mesmo nível.

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Para analisar cada uma delas, NOVAREJO convidou Renata Poskus, digital influencer com o blog Mulherão. Há alguns anos, Renata investiu na criação de um evento especializado em roupas para gordinhas e gordinhos. O Fashion Week Plus Size acontece duas vezes ao ano e apresenta coleções de marcas que já se especializaram no segmento. Hoje, é uma das principais vitrines para o segmento, o que torna Renata uma verdadeira especialista no assunto.

Veja o que Renata disse sobre cada uma das gigantes do setor de fast fashion:

Riachuelo

“As roupas ficam misturadas nas araras com as roupas de mulheres magras. A ideia, teoricamente, é muito boa: não discriminar a mulher gorda e mostrar que ela pode ter a mesma roupa da mulher magra. Mas não é isso o que acontece na prática, pois não são todos os modelos que apresentam tamanhos maiores e o ato de ficar procurando arara por arara algo pode ser embaraçoso e cansativo para a mulher gorda. Esta ideia de misturar os tamanhos nas araras funcionaria se a quantidade de produtos plus size oferecida fosse grande.”

Marisa

“Sinalizar as araras ainda é uma boa opção. É isso o que acontece, por exemplo, nas lojas Marisa que modernizou, um pouco, a linha plus size. Porém, a arara plus size fica sempre no fim da loja, quase que escondida. Manequim gorda na vitrine? Nem pensar! Mas ela ainda tem um grande destaque em sua linha de lingeries, acessível e bem elaborada”, afirma Renata.

Renner

A Renner criou no ano passado, de forma tímida e sem grandes anúncios, uma marca plus size com venda online, a Ashua. “Nas lojas, tamanhos maiores são vendidos, mas também no fim da loja, de forma discreta”, conta a especialista.

Pernambucanas

A marca, conhecida por suas lojas de rua, tem ampliado os investimentos no mercado plus size. Participa há mais de cinco edições do Fashion Weekend Plus Size. “Suas araras plus size ocupam o centro das lojas, em lugar de destaque e a coleção se assemelha àquela vendida para mulheres magras”, diz Renata.

C&A

“A C&A é a que menos evoluiu neste segmento. Fez uma coleção plus size com a Preta Gil anos atrás, um grande fiasco, ao photoshopar a estrela e emagrecê-la em sua campanha. Há poucos meses, em uma campanha que buscava mostrar a diversidade, a marca colocou uma modelo curvilínea, porém longe de ser gorda, com o slogan ” sou gorda, sou sexy?”, o que gerou uma nova onda de rejeição à marca, acusada de querer se aproveitar de uma causa sem de fato atender a esse público, e usando uma modelo que não é gorda para isso. Nitidamente, falta estudar, pesquisar e conhecer o mercado”, avalia a especialista.

Fonte: http://www.portalnovarejo.com.br

Pirataria Fashion – Entenda a nova subcultura do mundo da moda

Pirataria Fashion   Entenda a nova subcultura do mundo da moda

Pirataria Fashion: o artista Travor “Gucci Ghost” Andrew  transformou o logo da Gucci em Street Art e logo se transformou em um colaborador da grife.

De acordo com a WGSN, a paródia e a apropriação de logos famosos se transformaram na mais nova subcultura do mundo da moda. Essa onda da pirataria fashion é fortemente influenciada pelo ativismo digital, que inspira críticas cada vez mais ferozes ao modelo econômico capitalista e seus desdobramentos.

Há décadas, a cultura de massa vem sendo utilizada pelos artistas, como um ponto de partida para indagar e subverter o senso comum. Agora, os estilistas também entraram no jogo, aliando-se aos seus “falsificadores” para ressignificar antigos objetos de desejo.

Pirataria Fashion: logos e marcas ganham reinterpretações de cunho político. Imagem via WGSN

Conhecida como “Efeito Vetements”, a apropriação artística dos grafismos e logotipos sai do campo da paródia e ganha conotação fortemente política, espalhando-se pela internet e viralizando com a velocidade de um clique. O movimento aparece liderado por uma onda de estilistas e talentos criativos, tais como Demna Gvasalia, da Vetements, Alessandro Michele, da Gucci, e os artistas Heron Preston e Travor “Trouble” Andrew.

Pirataria Fashion: Gucci faz parceria com o seu “falsificador”
O influenciador digital Travor “Trouble” Andrew divide seu tempo entre a música, o skate e a arte de rua. Obcecado pela Gucci desde a adolescência, quando comprou seu primeiro relógio de grife da marca italiana, ele ficou conhecido na internet sob a alcunha de GucciGhost . A ideia veio em uma festa de Halloween, quando Travor fez dois buracos em um lençol Gucci para criar uma gantasia improvisada, que ele chamou de “fantasma da Gucci” e acabou se transformando no seu alter ego virtual. Com essa ideia em mente, ele transformou a fantasia na imagem de um fantasma com o logo da Gucci no lugar dos olhos e passou a grafitá-la em todos os lugares possíveis.

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Fonte: http://www.fashionbubbles.com/trends/

Marcas sustentáveis impulsionam alta de vendas da Unilever

Elas cresceram 50% mais rapidamente que o restante do negócio e entregaram mais de 60% do crescimento da companhia em 2016

As marcas sustentáveis entregaram mais de 60% do crescimento total da companhia (em 2015 foi 46%) e cresceram 50% mais rapidamente que o restante do negócio em 2016. Elas registraram incremento de vendas acima da média, com taxas de cerca de 10% ou mais durante os últimos seis anos. Hoje, 18 das 40 principais marcas da Unilever são sustentáveis (em 2015, eram 12). Dove, Seda, Brilhante, Lifebuoy e Hellmann’s são exemplos dessas marcas que combinam propósito social ou ambiental. 

“Nossos resultados demonstram que a atuação responsável dos pontos de vista social e ambiental faz bem para o negócio. Não há dúvida de que o Plano de Sustentabilidade da Unilever está fazendo com que sejamos mais competitivos e inovadores, além de ajudar a reduzir riscos e custos e, consequentemente, a aumentar a confiança na companhia e a criar valor para nossos acionistas”, afirma Paul Polman, CEO da Unilever.

As medidas de ecoeficiência nas fábricas da companhia ao redor do mundo ajudaram a evitar custos de mais de €700 milhões (ano base 2008) e são fundamentais para os avanços nos compromissos traçados no Plano de Sustentabilidade. O programa de gestão de resíduos, por exemplo, evitou gastos de cerca de €250milhões (ano base 2008). 
“O crescimento das marcas com propósito comprova que inserir a sustentabilidade no coração do negócio não só é a melhor decisão, como se mostra o único caminho viável para as empresas que visam o longo prazo. Acreditamos não haver mais espaço para a gestão predatória, mas sim para um jeito de fazer negócio que prime pelo crescimento responsável dos pontos de vista ambiental e social”, reforça Fernando Fernandez, presidente da Unilever no Brasil.

O Plano de Sustentabilidade da Unilever, lançado em 2010, foi desenvolvido a partir de um estudo do impacto social, econômico e ambiental do ciclo de vida dos produtos da companhia. De acordo com a empresa, com base nesse estudo nasceu a visão geral do plano: gerar crescimento para o negócio enquanto reduz o impacto ambiental e aumenta o impacto positivo na sociedade.

Fonte: http://www.sm.com.br

7 FATORES QUE INDICAM QUE É HORA DE REINVENTAR UM NEGÓCIO


Joe Jackman é o maior reinventor de negócios do mundo e estará no BR Week. NOVAREJO conversou com ele com exclusividade e conta quando recriar um negócio

Joe Jackman é o homem por trás da reinvenção de empresas como Walgreens, Hertz, Dave & Buster’s, FreshCo., Rexall e Canadian Tire. CEO da Jackman Reinvents, ele é especialista em reinventar e transformar negócios.

De forma inédita, o maior reinventor de negócios do mundo tem presença confirmada no BR Week 2017 – Brazilian Retail Week, o maior congresso de varejo do País, que acontece entre os dias 27 e 28 de junho, em São Paulo.

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No painel de abertura do evento, Jackman falará sobre como reinventar um negócio. Aqui, o especialista nos apresenta, de forma exclusiva, os sinais que mostram que está na hora da sua empresa se reinventar. “Nós aconselhamos que líderes comecem o processo de reinvenção antes que o crescimento acabe”, afirma. “Em outras palavras, planeje para fazer uma mudança substancial antes de atingir o pico do seu atual sucesso”.

Confira a entrevista completa na edição de maio da NOVAREJO digital.

Quando a mudança é necessária?

1. Quando as vendas e margens são baixas—ou nulas—durante um longo período de tempo;

2. Crescimento na penetração de vendas promocionais;

3. Quando não há crescimento nas vendas do negócio principal, mas somente em ofertas adjacentes;

4. Quando a expansão de novas lojas já não apresenta retornos historicamente entregues;

5. Quando a marca não é mais falada e admirada;

6. Quando a oferta e a experiência é indiferenciada e intercambiável com competidores;

7. Quando os consumidores mais valiosos são mais velhos e quando a média de idade dos consumidores da empresa é maior que a média da população.


fonte: http://www.portalnovarejo.com.br/

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Empresas usam o trabalho escravo pela lucratividade e impunidade, dizem especialistas

Trabalhador de lavoura: há trabalho análogo à escravidão em diversos pontos do país (Foto: Wikicommons)

Segundo entidades, negócios desrespeitam leis por causa da falta de punição.

Uma grande empresa que é flagrada submetendo seus funcionários a uma condição análoga à de escravo sofre uma bateria de processos penais. Apesar do risco, alguns empresários, em nome do lucro e da clara impunidade, teimam em desrespeitar a lei trabalhista.

Mesmo com a chance de ser descoberta e ter toda a reputação do negócio indo por água abaixo, algumas empresas insistem em praticar tal crime. A razão, segundo especialistas do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é a a falta de punição no Brasil e, principalmente, com a lucratividade que isso traz para o seu negócio.

De acordo com Tiago Cavalcanti, Coordenador Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do MPT, pode-se chamar de escravidão qualquer trabalhador que realiza suas tarefas de forma vulnerável. São diversas características que podem conceituar essa prática: alguém que não receba salário em dinheiro, condições físicas de trabalho precárias, “pagamento” em comida ou moradia, entre outros. Tudo depende do que a fiscalização vai encontrar e vai analisar como escravidão ou somente uma irregularidade trabalhista.

Segundo dados da OIT, em 2012, US$ 150 bilhões foi o lucro dos empresários que cometem esse tipo de crime. Para Antonio Carlos de Mello, coordenador do programa da OIT de combate ao trabalho forçado, a lucratividade ainda é o maior motor para que as empresas insistam em utilizar escravidão em sua produção.

Os setores que mais se utilizam de mão-de-obra escrava são a pecuária, agricultura e, no âmbito urbano, a indústria têxtil e a construção civil. Cavalcanti diz que os negócios desse setor comentem esse crime para não sair no prejuízo. “Como outras empresas concorrentes se utilizam dessa prática, a companhia não pode ficar para trás e perder dinheiro”, afirma.

O setor têxtil, por exemplo, tem uma particularidade: é muito fragmentado. Uma grande marca acaba contratando uma empresa externa para confeccionar as peças e essa empresa fecha um acordo com uma outra fábrica para realizar essa produção. Dessa forma, é na base da pirâmide que são encontrados trabalhadores vulneráveis. “A cadeira produtiva é pulverizada com terceirização, subcontratação e muitas formas de externalização da produção. Quando chegamos na base, encontra-se a escravidão”, diz Cavalcanti.

No entanto, mesmo sendo uma atividade extremamente lucrativa, é um crime. Para Mello, a falta de punições severas no Brasil também é um motivo pelo qual as empresas insistam nessa prática. “Pelo rito judicial brasileiro, na maioria dos casos, as empresas autuadas precisam pagar uma multa altíssima, mas poucos são aqueles empresários que são realmente condenados e presos”, explica.

A falta de punição faz com que esses empresários continuem explorando seus funcionários já que, para eles, pagar uma multa não é um problema tão grande. “Nosso processo de fiscalização funciona e está em ação, mas o Brasil é um país muito grande e com locais de difícil acesso. As ações para erradicação da escravidão carecem de tempo e recursos para dar conta de todo o território”, opina Mello.

Por outro lado, ambos os especialistas afirmam que a maioria das empresas brasileiras estão preocupadas com a regulamentação de seus funcionários e não querem nenhum tipo de envolvimento com trabalho escravo.

Se seu negócio trabalha com serviços terceirizados ou subcontratados, os especialistas fazem três alertas para o empreendedor não colaborar, indiretamente, com esse tipo de crime.

1. Pesquise quem irá recrutar pessoas em seu nome
Como dito por Cavalcanti, muitas companhias acabam se envolvendo em trabalho escravo porque lá na base de sua produção há uma empresa terceirizada que realiza tal crime. Para evitar o problema, pesquise muito bem antes de contratar qualquer empresa externa que irá recrutar pessoas em seu nome. Basta procurar o CNPJ da mesma e ver se ela não está envolvida em nenhuma irregularidade trabalhista e se todos seus funcionários são regulamentados.

2. Mantenha uma relação com todas as áreas da sua empresa
Para fiscalizar, é preciso estar presente. Por mais que o negócio seja grande e conte com filiais em diversos lugares, é importante que o empreendedor tenha a rotina de visitar todos os espaços da empresa para ver se está tudo correndo da maneira que ele deseja. Tendo esse hábito e fiscalizando de perto, o risco de trabalho escravo diminui.

3. Não contrate serviços de empresas que estão na lista suja
O Ministério do Trabalho disponibiliza, em seu site, a “lista suja”. Trata-se de uma relação com todas as companhias que, um dia, submeteram trabalhadores a condição análoga à de escravo. Mesmo que o empreendedor não tenha nenhum relacionamento com essas empresas, é importante que sempre esteja atento para não fazer acordos, parcerias ou até mesmo compras pessoais nessas companhias.  Dessa forma, além de manter seu nome longe do assunto, ajuda na erradicação dessa prática criminal.

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Fonte:http://revistapegn.globo.com

Dia quer ser líder no Brasil



Rede mantém plano agressivo de expansão, que inclui entrada em novas regiões, além de foco nas franquias

Enquanto muitas empresas têm freado investimentos em função da crise, o Dia continua inaugurando lojas e avançando em novas regiões. É o caso do Estado do Rio de Janeiro, onde começou a atuar no final de 2016. A varejista fechou o ano passado com pouco mais de 120 novas filiais e um faturamento de R$ 7,2 bilhões. Isso representa uma alta real de 7,1% em relação a 2015. “Não vamos parar, pois há uma meta clara de alcançar a liderança no País”, diz Laurent Elizabeth, vice-presidente comercial e de marketing do Dia no Brasil em entrevista à SM. 

Segundo o executivo, a visão da companhia vai além da crise. “Investiremos em 2017 da mesma forma que no ano passado”, diz o executivo. Elizabeth explica que o Dia se beneficia da crise. “Trabalhamos com um sistema que oferece melhor preço e boa qualidade. É isso o que o público busca e esse é nosso objetivo principal”. Para conseguir preços baixos, a rede conta com vários mecanismos: 

•    Maior eficiência para operar com custos mais baixos
•    Forte presença de marca própria nas lojas, pois oferecem margens maiores para o negócio
•    Mix limitado, que confere maior poder de compra com os fornecedores
•    Cadeia de suply chain ajustada, que também permite diluir despesas e operar com estoques mais enxutos

Fonte: http://www.sm.com.br

terça-feira, 6 de junho de 2017

O exército de super-consumidores



No início de março, mais de 4.000 pessoas reuniram-se na “Millennial 20/20 Summit” em Nova Iorque, para discutir o poder da geração milénio e o seu papel no futuro do retalho. Os jovens consumidores chineses estiveram em destaque.

Os millennials chineses, mais de 400 milhões, são hoje uma das mais importantes forças a considerar nas estratégias futuras de marcas e retalhistas. Embora muitos analistas os tenham já reconhecido como consumidores conectados, poucos perceberam que esse dado é um resultado do seu lugar na história como a “geração do filho único”. Só este fator, segundo a Forbes, basta para os distinguir de todos os outros membros da geração.

A partir de 1979, a China implementou a política do filho único como parte dos esforços para controlar o crescimento da população. A política durou quase 40 anos e terminou apenas recentemente. Durante esse período, cada família da China urbana podia ter apenas um filho.

Os millennials chineses, com idades compreendidas entre os 19 e os 35 anos, nasceram durante esse período. Estes “pequenos imperadores” e “pequenas imperatrizes”, como muitas vezes são chamados, eram o centro de tudo mal nasciam.

Geração privilegiada

Os millennials chineses cresceram durante as reformas económicas e a abertura da China. Nunca conheceram as dificuldades das gerações mais velhas e, para eles, a vida só tende a melhorar.

São uma geração privilegiada que beneficiou significativamente com as reformas económicas do país. Têm ainda vantagens que as suas contrapartes ocidentais não conhecem. Não têm dívidas de empréstimos universitários porque os pais pagaram os seus estudos e muitos não têm despesas de habitação porque os pais ou avós lhes compraram as casas onde moram.

Não causa, por isso, particular surpresa que esta geração goste de gastar e gaste muito.




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Fonte:https://www.portugaltextil.com/

segunda-feira, 5 de junho de 2017

TROCAS REPRESENTAM 3% DO VOLUME DE VENDAS DO VAREJO


Estudo exclusivo do CIP - Centro de Inteligência Padrão com a SBVC mostra os entraves que o setor enfrenta para realizar as trocas. Confira

O varejo já entendeu que trocar um produto para o consumidor é mais do que um direito previsto no Código de Defesa do Consumidor. Realizar trocas é uma prestação de serviço e fator que pesa na experiência de compra. No ano passado, as trocas representaram 3% do volume total de vendas e 2$ do faturamento líquido das companhias que participaram do estudo conduzido pelo CIP – Centro de Inteligência Padrão com a SBVC (Sociedade Brasileira de varejo e Comércio).

O estudo mostrou que foram trocados 89.700 itens por empresa no ano passado. O alto volume mostra que o setor já entendeu a importância desse processo, segundo Eduardo Terra, presidente da SBVC.

“A troca é um serviço, uma obrigação da empresa. Portanto, se a empresa não tem um processo eficiente de troca, está deixando de prestar um serviço para o consumidor”.

Entraves

Do lado das empresas, há entraves que os varejistas enfrentam. Os custos embutidos no processo não são poucos e esse certamente é o maior problema. “Uma parte desse custo é tributário”, explica Terra. É que no caso das trocas os tributos são cobrados duas vezes. Nos resultados do estudo, os custos com impostos, como ICMS, PIS e Cofins, foram citados por 62% das empresas como o gasto mais pesado no momento da troca.

Em primeiro lugar, porém, ficaram os gastos com logística, fator citado por 83% dos entrevistados. Como se não bastasse, o estudo identificou que, em média, 21% dos produtos trocados não podem ser vendidos novamente e se revertem em prejuízo para a empresa.
No fim, tudo é eficiência

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Crise pegou em cheio indústrias responsáveis por 50% dos empregos

Linha de produção da Vicunha Têxtil

CNI aponta que pequenas empresas do setor foram as mais prejudicadas nos últimos dois anos


As pequenas indústrias patinaram abaixo dos 50 pontos numa escala de zero a cem, elaborada para medir o desempenho do setor ao longo dos últimos dois anos.

A situação é grave. São elas as responsáveis por aproximadamente metade das vagas de emprego geradas pela área industrial brasileira.

Um levantamento da CNI identificou que as unidades de menor porte flutuaram nos 40 ponto em capacidade de produção, número de empregados, situação financeira e índice de confiança, no período entre 2015 e 2017.

No que diz respeito ao acesso a crédito, elas ficaram com 30 pontos. Somente quando observado o item expectativa de demanda, indústrias menores se aproximam de 50 pontos. E sempre abaixo das gigantes do setor.



Fonte:http://veja.abril.com.br/

COMO O VAREJO RESOLVE AS DEMANDAS DOS CONSUMIDORES?


O estudo “Cenário dos SACs no Brasil”, realizado pelo CIP, traz dados sobre o grau de resolução de problemas dos consumidores no varejo e revela os segmentos do setor que conseguiram atingir a excelência
Por Melissa Lulio

Consumidores buscam qualidade, seja qual for o produto ou serviço com o qual estão lidando. Não por acaso, a capacidade de as empresas resolverem os problemas e esclarecerem dúvidas são fatores cobrados pelos clientes de forma intensa – e isso não é só uma suposição.

Para analisar – e, neste caso, confirmar – essa possibilidade, o Centro de Inteligência Padrão (CIP) realizou o estudo “Cenário dos SACs no Brasil”, que mapeia os principais canais utilizados pelos consumidores, bem como o volume de contatos e a natureza das demandas.

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Neste mapeamento, dentre 22 setores, o varejo se destaca, ficando com o maior índice de resolutividade. Dentre as ações do setor para ajudar os clientes a resolverem suas demandas está a atenção ativa: o setor está aprendendo a ouvir os consumidores e a aplicar o que ouve no negócio. Neste caminho, veja o que os segmentos estão fazendo para resolver as demandas que chegam e quais são os desafios relacionados também ao uso dos mais diversos canais do Serviço de Atendimento ao Cliente.

O uso de canais digitais é uma realidade cada vez maior entre os consumidores e, naturalmente, existe uma demanda de que a comunicação com as empresas seja feita nesses termos. Apesar disso, porém,  o tradicional canal telefônico ainda é o mais oferecido pelas empresas de todo os setores da economia como ponto de contato com o consumidor.

A solução também tem de ser “fast”

Quando o assunto é resolutividade, o estudo mostrou que em média 72,6% das demandas são resolvidas no primeiro contato. Essa realidade, contudo, não é seguida por todos. No estudo, uma específica área do varejo teve destaque em resolutividade. O setor de Varejo – Redes Alimentícias e Fast Food é o que mais soluciona questões levantadas pelos consumidores, com índice de resolutividade acima dos 90%.

Para alcançar índices tão altos, o segmento investe alto. Paula Cesar, diretora de RH, Qualidade, Serviços e Relacionamento do Grupo Habib’s, conta que a empresa investe em soluções com o cliente em dois estágios. “Além do atendimento direto no SAC, contamos com uma equipe especializada na área de serviços e relacionamento, ligada a diversos departamentos da empresa, que atende aos casos considerados mais críticos”, explica.

É compreensível a qualidade do atendimento nesse setor: 83% das empresas do segmento informam adotar, quando possível, as sugestões dadas pelos consumidores. Entre as sugestões aplicadas no último ano podem ser destacadas promoções, melhorias nas embalagens, inclusão de novos sabores.

O Varejo de Eletroeletrônicos e Móveis também se destacou na pesquisa entre os segmentos de varejo, apesar de estar com índice de resolutividade pouco abaixo da média, em 70,1%.

Um dos caminhos encontrados pelas redes do segmento é localizar os pain points dos clientes. Para isso, a Magazine Luiza investe em pesquisas de satisfação. Nicolau Camargo, gerente de atendimento e logística, ressalta que a empresa tem um comitê para tratar sobre a opinião do cliente, formado por diretores executivos e equipe de atendimento. A ideia é influenciar a tomada de decisões de curto e longo prazos. “Já conduzimos vários projetos baseados nos feedbacks de consumidores”, diz.


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