sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Fraudes no m-commerce aumentam 70% em 2014

Índice de perdas chega a 1,36% das vendas, contra 0,80% em 2013, acima das perdas totais do varejo
As perdas dos varejistas americanos nas transações via m-commerce saltaram 70% no ano passado, chegando a 1,36% das vendas, contra 0,80% em 2013, de acordo com um relatório divulgado pela LexisNexis Risk Solutions. Segundo a mesma empresa, as perdas totais do varejo americano por conta de fraudes alcançaram 0,68% das receitas no ano passado, contra 0,51% em 2013.
O estudo também mostra que, em média, os varejistas que vendem via mobile aceitam em média 4,5 meios de pagamento, contra 2,6 do varejo em geral. Com isso, aumenta a exposição dessas empresas a fraudes.

O consumidor demanda mais conveniência e, por isso, o mobile commerce irá crescer. Entretanto, o varejo precisa implementar ferramentas de combate a fraudes para evitar que a experiência dos clientes com esse canal seja ruim”, afirma Dennis Becker, vice-presidente de mercados corporativos da LexisNexis.
Escrito por:Renato Muller
Fonte:http://www.portalnovarejo.com.br/

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Redes são multadas por venda abusiva de seguros

São R$ 28 milhões em multas determinadas pelo Ministério da Justiça. Redes dizem treinar funcionários para evitar abusos


Seis grandes varejistas foram multadas pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ).

Segundo o DPDC, elas comercializavam seguros e outros serviços não solicitados pelo consumidor. O valor total das multas chegou a R$ 28 milhões.

Casas Bahia, Magazine Luiza e Ponto Frio (Globex) foram multadas em R$ 7.248.147,59. Ricardo Eletro, Lojas Insinuante e Fast Shop receberam multas de R$ 2.416.049,20.

Os valores devem ser depositados em favor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos e serão aplicados em ações voltadas à proteção do meio ambiente, do patrimônio público e da defesa dos consumidores. As empresas têm até 30 dias para recolher o valor da multa sob pena de inscrição em dívida ativa e inclusão no cadastro de inadimplentes.

Não podemos admitir que empresas se aproveitem da vulnerabilidade do consumidor e incluam seguros e serviços não solicitados na compra de um eletrodoméstico. Em relação ao seguro garantia estendida, o consumidor precisa ficar atento: ele não substituiu a garantia prevista no Código de Defesa do Consumidor. Essa garantia é direito do consumidor e dever do fornecedor”, destacou, em nota, o diretor do DPDC, Amaury Oliva

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Fonte: http://www.portalnovarejo.com.br/

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

9 competências que as empresas esperam de você

Nas últimas semanas de 2014, a fabricante de cosméticos Nivea preparava-se para estrear um novo processo de avaliação de desempenho, que vai definir as metas de seus funcionários para 2015.

A novidade fica por conta das competências pelas quais a equipe será avaliada: cuidado, confiança, simplicidade e coragem. No lugar de pensamento estratégico ou liderança, palavras comuns nas revisões anuais, a Nivea gastou dois anos discutindo seus valores corporativos e agora vai colocar os funcionários para praticá-los. “As competências de nossos executivos e nossos valores tinham de convergir”, diz Christian Goetz, presidente da Nivea no Brasil.

Não se trata de truque de marketing ou política motivacional: a multinacional mudou seus valores porque acredita que eles tornarão a empresa mais competitiva. “O ambiente de cuidado e confiança estimula o trabalho de equipe e as decisões corajosas, nos tornando mais ágeis, enquanto a simplicidade permite investimento focado dos recursos”, afirma Christian. 

Nos últimos anos, muitas empresas revisaram seus valores para traduzir melhor em ações sua estratégia corporativa. Boa parte desse movimento se deve à crise de 2008, quando várias companhias viram que seus executivos não praticavam o que elas escreviam na parede da recepção. “Foi aí que essa tendência de aproximar valores e competências ganhou força”, diz Cristina Nogueira, da consultoria Walking the Talk, especializada em cultura empresarial, de São Paulo. 

De lá para cá, dezenas de companhias fizeram essa autoanálise e encontraram novas palavras para expressar sua forma de buscar re­­sul­tados. Juntos, a ousadia do Facebook, a sinergia do Grupo Pão de Açúcar e o cuidado da Nivea, formam um conjunto daquilo que se espera dos profissionais hoje em dia.

Conhecer e desenvolver essas habilidades é crucial num momento de maior disputa no mercado de trabalho. “Se a estratégia de uma empresa muda, mudam também as pessoas que ela precisa atrair para realizar aquela entrega”, diz Rodrigo Amantea, coordenador de educação executiva do Insper. 


Fonte: http://exame.abril.com.br/

Conhecendo o Programa 5S

Quando uma empresa decide implantar o Sistema da Qualidade tem diante de si inúmeros instrumentos, que visam melhorar o ambiente e as relações dentro e fora da empresa. Um desses instrumentos é o Programa 5S.

O Programa 5S foi desenvolvido no Japão. Trata-se de uma filosofia de trabalho que pretende superar antigos hábitos. O método visa obter um local de trabalho ordenado, limpo e saudável, ideal para a implantação de um sistema de gestão da Qualidade na empresa. Pretende, também, garantir o bem-estar das pessoas e sua valorização. O programa mostra os cinco passos necessários para evitar desperdícios e organizar trabalho, ambiente, informações e até nossa própria vida.

O termo 5S vem da letra “S” inicial das palavras japonesas que orientam o programa: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Em português, introduziu-se a palavra ‘senso’ e temos:

Seiri – Senso de Utilização/Descarte: Nessa 1ª etapa é preciso separar o que é útil do que é inútil e o que é necessário daquilo que é desnecessário.

Seiton – Senso de Organização/Ordenação: É chegado o momento de colocar cada coisa em seu devido lugar, identificar e mantê-las em seus lugares definidos.

Seiso – Senso de Limpeza: Além de manter a área de trabalho sempre limpa, nessa etapa podemos mudar a disposição dos móveis, colocar uma planta no ambiente de trabalho e melhorar a iluminação do ambiente.

Seiketsu – Senso de Higiene/Saúde: É bom criar condições que favoreçam a saúde física, mental e emocional das pessoas, além de conscientizar todos da importância da higiene pessoal.

Shitsuke – Senso de Autodisciplina/Ordem mantida: Para que o programa tenha sucesso, é necessária a participação de todos. Trata-se de um processo contínuo, diário e permanente. É o momento da manutenção dos outros quatro sensos, de criar procedimentos para as atividades e fazer dos sensos um hábito.

A prática do 5S, se verdadeiramente vivenciado, garante bons resultados de mudança comportamental, pois modifica os ambientes de trabalho e gera envolvimento e comprometimento nas pessoas. Além disso:


  • Aumenta o fluxo de informações.
  • Facilita a arrumação interna e a procura de objetos.
  • Diminui custos.
  • Diminui a necessidade de espaço, de estoque e o desperdício.
  • Otimiza o tempo das pessoas.
  • Evita compras em duplicidade e o vencimento de prazos de validade.
  • Aumenta a segurança no trabalho, diminuindo os acidentes.
  • Melhora o aspecto visual dos ambientes.
  • Melhora a qualidade de vida.
  • Transforma o ambiente de trabalho em um local agradável e saudável.
  • Proporciona maior durabilidade dos equipamentos.
  • Melhora as comunicações interna e externa à empresa.
  • Melhora a imagem da empresa diante de seus clientes.


Veja que, embora aparentemente simples, não basta implantar o programa, é preciso ter ação, atitude e hábito para mantê-lo. Então, que tal começar a praticar?


Por: Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante e escritora, com centenas de artigos publicados.  Autora dos livros: “A Arte de Liderar” – Vivenciando mudanças num mundo globalizado, “E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo”, “E agora, Lívia? – Desafios da liderança” e de “E agora, Alex? Liderança, talentos, resultados”. Co-autora dos livros “Ser + com T & D” e “Ser + com palestrantes campeões”.
http://www.soniajordao.com.br/

O futuro é uma volta ao passado

No NRF Big Show 2015, o caminho da inovação é redescobrir como encantar o cliente

Uma das palestras mais elogiadas do NRF BIG SHOW, que aconteceu nesta semana em Nova York, foi buscar no final do século XIX a inspiração para levar o varejo ao futuro. Christian Davies, Diretor Criativo da consultoria de inovação Fitch, provocou, instigou e deixou de boca aberta o público que lotou um dos salões da NRF Expo para a apresentação.

Executivos se acomodaram como puderam nas cadeiras, corredores e ao redor das paredes, muitos deles simplesmente sentados no chão. E a cada novo slide, uma multidão de tablets e smartphones se levantava para uma nova foto, um passo a mais em uma história que procurou mostrar como criar Assinaturas Experienciais para as marcas.

"É preciso abordar o consumidor de forma completa, em todos os pontos de contato. Nada pode ser deixado ao acaso e tudo precisa ser realizado de forma consistente, com emoção e propósito", afirma Davies. Citando Ikea, Nike e Lego como exemplos de sua teoria, ele mostrou que essas empresas têm uma mensagem bastante clara, que é comunicada poderosamente de todas as formas possíveis. 


Fonte: http://www.portalnovarejo.com.br/

Feriados nacionais vão tirar R$ 29,7 bilhões do varejo em 2015

Calendário com 10 datas em dias úteis preocupa comerciantes e pode comprometer atividade econômica em 2015

Na contramão da expectativa dos muitos brasileiros que vibram com os feriados em dias úteis ao longo de 2015, os lojistas vão amargar mais um ano de esvaziamento nas datas comemorativas. Serão nada menos que 10 feriados nacionais em dias úteis, contra sete no ano passado. Nesses dias, a Confederação Brasileira do Comércio de Bens, Consumo e Turismo (CNC) calcula que o varejo deixará de movimentar cerca de R$ 29,7 bilhões. Diante da necessidade de arrecadar, a redução na atividade econômica fará falta aos cofres públicos.

"A cada feriado nacional, a lucratividade é corroída em 9,2%, ou R$ 2,7 bilhões em comparação a um dia comum", explicou Fábio Bentes, economista sênior da entidade. E a conta pode ser ainda maior. A Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) estima que, somente no estado, o varejo carioca deixa de circular R$ 974 milhões na economia por dia improdutivo. "Apesar de o turismo ser aquecido nos feriados, há, sim, perdas para o comércio. E não são apenas essas datas que geram impacto, mas os pontos facultativos também", afirmou Christian Travassos, economista da instituição.

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Fonte: em.com.br


Prefeitura cria “sacola verde” para reciclagem, que substitui sacolinhas proibidas por lei


O prefeito Fernando Haddad regulamentou a lei 15.374/2011, que proíbe a distribuição gratuita ou a venda de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais da capital e recentemente foi considerada válida pela Justiça. Os comerciantes têm até 5 de fevereiro para se adaptar às novas regras, que autorizam a distribuição ou a venda de uma nova sacola padronizada, verde, para ser reutilizada apenas para descartar lixo reciclável. A regulamentação está prevista no Decreto 55.827publicado nesta quarta-feira (7) no Diário Oficial do Município.

“O que nós procuramos fazer é conciliar interesses contraditórios. É um modelo que atende a todos os envolvidos: a indústria produtora das sacolas que corria o risco de demitir trabalhadores, o consumidor que quer comodidade para carregar suas compras e o meio ambiente que não pode continuar a ser degradado”, afirmou Haddad.


As sacolinhas descartáveis, que atualmente são distribuídas principalmente nos supermercados, estão proibidas. Já a nova sacolinha verde será usada pelo consumidor para carregar as compras e depois deverá ser reutilizada para descartar o lixo reciclável, que será enviado a uma das centrais de triagem mecanizadas ou manuais, nas cooperativas. A sacola verde não poderá ser usada para o descarte do lixo orgânico, que deverá ser depositado em sacos de lixo adquiridos para este fim.


O novo padrão de sacola foi desenvolvido para adequar-se à coleta seletiva. É feita de cana-de-açúcar, um material renovável. Suporta carregar até 10 quilos e é cerca de 40% maior que as sacolas atualmente distribuídas nos supermercados. Terá resistência maior e permitirá, por exemplo, o transporte de até três garrafas PET cheias. As novas sacolas serão verdes e apresentarão orientações sobre o acondicionamento adequado dos resíduos recicláveis. Estima-se que o custo para os estabelecimentos é equivalente ao do modelo utilizado atualmente. O novo modelo foi definido em diálogo com os comerciantes e com os produtores das sacolas plásticas.


Segundo o secretário Simão Pedro (Serviços), também estão sendo preparados novos modelos de sacolas nas cores marrom e cinza, adequadas ao descarte de lixo orgânico para compostagem e de inservíveis, resíduos que não podem ser reciclados.A utilização das sacolinhas plásticas convencionais para o descarte dos resíduos não recicláveis dificulta o manejo dos aterros sanitários.


“Não é apenas a questão de levar plástico para o aterro sanitário. A sacolinha é um vilão porque cria dificuldade em fazer a acomodação das camadas de resíduos e de solo. Dificulta a estruturação por criar bolsões de ar e desequilibrar o aterro”, afirmou o secretário Wanderley Meira do Nascimento (Verde e Meio Ambiente). De acordo com o secretário, o uso das sacolas também será acompanhado de um trabalho de educação ambiental, principalmente com as crianças.


Com as novas regras, a população passará por um período de adaptação, em que receberá orientações sobre a maneira mais adequada de utilizar e descartar as sacolas, tanto nos estabelecimentos quanto pelo poder público.


“O descumprimento [das novas regras] é uma infração administrativa ambiental, com punição estabelecida pela legislação federal”, disse o secretário Simão Pedro.


A fiscalização do uso das sacolas verdes será realizada pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Pelo decreto publicado hoje no Diário Oficial da Cidade, as penas são determinadas pelo decreto federal 6514, de 22 de julho de 2008. O comerciante que desrespeitar a lei poderá receber uma multa de R$ 500 a R$ 2 milhões, de acordo com a gravidade e o impacto do dano provocado ao meio ambiente. Já o cidadão que não cumprir as regras poderá receber advertência e, em caso de reincidência, poderá ter que pagar uma multa com valor entre R$ 50 e R$ 500


http://www.capital.sp.gov.br/portal/

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Revolução do varejo

Setor vem passando por evolução, em que tecnologias e maior acesso à informação são aliados.

Os últimos dez anos podem ser considerados a década de ouro do varejo, pois vivemos um momento especialmente importante, em que o consumo se consolidou como o principal motor da economia e o varejo demonstrou o vigor necessário para atender a uma população disposta a comprar de tudo. Neste momento de transformação econômica e, sobretudo, social, pelo qual o Brasil vem passando, o varejo assumiu o papel de protagonista e ofereceu as respostas necessárias para atender a um aumento espetacular da demanda. Na visão de muitos analistas, nosso segmento comercial apenas foi beneficiado por um momento favorável, em que o poder de compra da população aumentou, e o governo decidiu estimular o consumo.
Pois nós enxergamos o cenário de uma forma diferente. Em nossa opinião, sem a capacidade que demonstramos em dar uma resposta positiva a esse fenômeno e sem os investimentos que todos nós realizamos nos últimos anos, nada disso teria acontecido. A verdade é que nenhum outro segmento da economia teve, nesse período que estamos vivendo, clareza de visão e capacidade de transformar desafios em respostas, como o varejo. É preciso que nós tenhamos a consciência dessa verdade para que possamos, diante do conjunto da sociedade, ter orgulho do varejo e sermos os defensores da importância econômica, social e política de nossa atividade empresarial. Nosso protagonismo não é consequência apenas do desejo de ver reconhecido o valor de nossa atividade. Ele é um fato real. Defino o que estamos vivendo não apenas como um bom momento, mas como uma revolução definitiva e irreversível. A Revolução do Varejo.
Trata-se da verdadeira revolução do século 21. Ela se desenvolve globalmente, de forma tão pacífica quanto irreversível e traz consigo os indicadores da melhoria da qualidade de vida da população de uma maneira geral. O aumento da capacidade de consumo faz com que as classes emergentes se fortaleçam como sujeitos nesse momento de mudanças. Senhoras e senhores, estamos diante de uma revolução econômica que, ouso dizer, é tão ou mais impactante na vida das pessoas quanto foi a Revolução Industrial da virada para o século passado. A Revolução do Varejo se sustenta sobre dois pilares principais: aumento da eficiência e combate à informalidade.
O cenário que se percebe hoje é distinto e bem mais positivo do que o anterior, traçado pela mesma McKinsey nos idos de 2004. O estudo de dez anos atrás avaliava os fatores que impediam o crescimento econômico e a expansão da economia formal do Brasil. Ele mostrava que mais da metade dos trabalhadores em nosso país sobrevivia de atividades consideradas informais. O estudo atual revela que, de lá para cá, a taxa de informalidade no emprego caiu quase 15 pontos percentuais. Como se vê, ainda há um longo caminho a ser percorrido no caminho da formalização total do mercado brasileiro. Mas o que se percebe é uma redução considerável desse problema que, no final das contas, funcionava como um freio ao crescimento das empresas dispostas a trabalhar dentro da formalidade. Era, como ainda é, um empecilho à concorrência sadia, travada dentro dos critérios de igualdade e transparência defendidos por todos nós.
Essa revolução pacífica e democrática de que estamos falando foi gerada por avanços tecnológicos, pela mudança nos hábitos de consumo e pela atuação incisiva de trabalhadores que se organizaram para coibir a informalidade. Também houve um extraordinário esforço por parte de companhias interessadas em aumentar a sua eficiência, sobretudo no chamado varejo de alta performance. Num mundo em que a informação se transformou no mais valorizado dos patrimônios, o varejo deixou de ser um simples canal de suprimento da sociedade. Ele passou a ser o detentor dos dados que nos permitem entender e decifrar o comportamento daquela que se consolida a cada dia como a principal figura de toda a cadeia produtiva. Sua excelência, o consumidor.
Por sua capacidade de recolher e processar um número maior de informações sobre hábitos, desejos e capacidade financeira do cliente, o varejo assumiu o papel de protagonista de todo o sistema capitalista. Na prática isso inverteu aquela situação na qual a indústria decidia o que produzir, e o comércio era um mero intermediário entre as fábricas e o consumidor final. Naquele momento, o comércio era o último vagão do comboio. Hoje não é bem assim e as empresas varejistas que souberam entender e utilizar as novas ferramentas tornaram-se as novas estrelas da constelação chamada mercado. Toda a cadeia de suprimentos passou a ser gerida pelo varejo. As empresas do nosso setor não pararam de melhorar o desempenho e de estimular o desenvolvimento de novas tecnologias.
Posso afirmar que estamos apenas no começo desse processo que, como já disse, é uma revolução. Ela definirá o ritmo e a intensidade do crescimento de nossa economia. Nosso país será tão forte e tão próspero quanto for a expansão de seu varejo. Tem sido assim no mundo inteiro desde que houve a inversão de posições à qual me referi. O varejo, é bom bater sempre nessa tecla, deixou de ser o agente econômico responsável pelo suprimento e passou a se encarregar pelo estabelecimento da demanda. Acredito que a Revolução do Varejo se fundamenta no fortalecimento de uma atividade predominantemente formal, ética, tecnologicamente equipada, estruturada e empresarial. No papel da locomotiva capaz de puxar a nova fase de desenvolvimento no Brasil. Um desenvolvimento marcado pela justiça social.
A Revolução do Varejo está permitindo o encontro do nosso povo com a real economia brasileira. Sem o pedantismo do economês nem a intermediação de representantes do Estado.

Flávio Rocha é presidente do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo)
Fonte: http://www.idv.org.br/