quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Fraudes em cartão de crédito nas transações pelo celular crescem no país

Ao todo, são quase quatro fraudes por minuto de acordo com um levantamento do laboratório de cibersegurança da Psafe no Brasil


O número de fraudes envolvendo cartões de crédito em transações pelo celular tem aumentado no Brasil. Segundo levantamento do laboratório de cibersegurança da Psafe, entre janeiro e agosto deste ano, já foram detectados mais de 6,7 milhões de golpes envolvendo bancos ou cartão de crédito no ambiente mobile. Ao todo, são 3,6 fraudes por minuto.

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Ao todo, foram detectados 920 mil golpes na internet com o objetivo de roubar dados financeiros de consumidores para clonar cartões de crédito neste ano. Os meses de junho e julho tiveram os maiores registros, com 343,5 mil e 388 mil respectivamente. Os menores índices foram registrados em março (10 mil ataques) e abril (6,5 mil ataques). Neste ano, já foram identificadas 5,8 milhões tentativas de golpes a bancos.

Especialistas da PSafe apontam que não é ser possível determinar a motivação dos golpes. No entanto, o laboratório avalia que os dados variam de acordo com a sazonalidade e “criatividade” dos hackers. O aumento nos casos de golpes registrados nos meses de junho e julho podem estar associados ao período de férias escolares, em que as famílias costumam viajar mais e, consequentemente, usar mais o cartão de crédito.

Segundo os especialistas, hackers têm se aproveitado cada vez mais de contextos reais para criar golpes com um visual bastante crível, o que também influência o aumento dos casos de fraude.

O levantamento foi baseado na coleta de dados de detecções e bloqueios de ciberataques aos aparelhos dos mais de 20 milhões de usuários com o aplicativo de segurança dfndr, nos referidos períodos.

Alerta
De acordo com a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Ana Carolina Pinto Caram Guimarães, a pasta tem alertado os consumidores para verificarem a procedência dos sites e, principalmente, desconfiar de facilidades extremas oferecidas pelos estabelecimentos virtuais.

“Quando se fala de fraude, vai além de uma relação de consumo. É um crime praticado por pessoas que usam de má fé, se apropriam de dados do consumidor para se beneficiar indevidamente. Alguns benefícios oferecidos não são reais, são produtos com preços fora do valor real de consumo, sites que não têm índole boa. Tudo que tem muita facilidade, a gente convida o consumidor a ficar atento”, disse a diretora à Agência Brasil.

Segundo Ana Carolina Guimarães, o consumidor deve ficar atento às suas movimentações financeiras e comunicar imediatamente aos bancos ou às instituições financeiras caso verifique alguma inconsistência.

“Entre em contato com banco e peça o cancelamento do que estiver em desacordo. O consumidor também tem seu papel de verificar toda movimentação financeira. Os bancos ou estabelecimentos comerciais que não cancelarem imediatamente ou que não cuidarem de suas relações de consumo, como falha de segurança, vão responder juridicamente por essas falhas”, acrescentou.

Segundo a diretora, instituições financeiras têm aprimorado suas tecnologias para evitar golpes e fraudes aos clientes. “Há o caso de um banco que instalou o reconhecimento digital nas operações realizadas pelo celular e essa atitude reduziu mais de 80% nas fraudes no sistema. É necessário o constante aperfeiçoamento das tecnologias para que haja o efetivo combate desses golpes”, avaliou.

Dicas
Para evitar fraudes, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) sugere que o usuário pesquise as opiniões dos clientes do estabelecimento antes de realizar transações em plataformas de venda on-line.

Além disso, o órgão aconselha os compradores a buscarem empresas que forneçam o endereço físico no site, CNPJ, e um telefone de atendimento ao consumidor; orienta ainda a desconfiar de ofertas muito generosas e a comparar produtos similares em outros fornecedores.

A Senacon oferece ainda a plataforma Consumidor.gov.br, que reúne reclamações e avaliações dos clientes. O sistema permite a interlocução direta entre consumidores e empresas para solução de conflitos de consumo pela internet. Segundo o ministério, 80% das reclamações registradas no sistema são solucionadas pelas empresas, que respondem às demandas dos consumidores em um prazo médio de sete dias.

Fonte: https://portalnovarejo.com.br

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Reversão de perdas no varejo poderia criar a sexta maior varejista do País

Um estudo sobre perdas no varejo brasileiro apontou um índice médio de perdas de 1,29% sobre o faturamento do setor ao longo de 2017. O percentual corresponde a R$ 19,5 bilhões de um total de receita do varejo nacional de R$ 1,51 trilhão no ano passado.
Os dados são da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) em conjunto com a consultoria EY. O estudo afirma ainda que as perdas do setor em um ano seriam suficientes para criar a sexta maior varejista do País, atrás das Lojas Americanas, que é a quinta colocada.

Segmentos

Entre os segmentos que mais registraram perdas o de supermercados e o de livrarias/papelarias se destacam, com 1,94% e 1,46% de perdas em relação ao faturamento, respectivamente. Os segmentos foram responsáveis por puxar a média do varejo para cima, já que todos os demais segmentos registraram perdas abaixo da média.
Entre os seis que mais perdem estão o varejo de esportes (1,21%), moda (1,20%), drogarias (1,04%) e atacarejo (1,03%).

Motivos de perdas

As quebras operacionais, com 35% do total de perdas, foram as mais frequentes. Nos supermercados, esse tipo de perda somou 1,03%. Perdas não identificadas são as mais frequentes em setores como livrarias/papelarias, onde respondem por 0,88%.
Os furtos externos, com 24%, e os furtos internos, com 15%, são os principais fatores causadores das perdas depois das quebras. Erros de inventários e erros administrativos, com 10% e 9%, respectivamente, compõem o ranking das cinco principais causas.
Fonte:https://portalnovarejo.com.br/

CAMISARIA COLOMBO SE REESTRUTURA PARA VOLTAR A CRESCER

A Camisaria Colombo, dos irmãos Álvaro e Paulo Jabur Maluf, passou por duas tentativas de parcerias recentes, envolvendo vendas de participação. Primeiramente, foi a Gávea Investimentos que, entre 2013 e 2014, adquiriu 49,9% da empresa. O acordo terminou com a recompra dessa fatia pelos controladores, em fevereiro de 2015. Seis meses depois, veio o anúncio de que haveria um novo sócio para a companhia, o Garnero Group Acquisition Company (GGAC), braço de aquisições do banco de negócios no exterior do empresário Mario Garnero, o Brasilinvest. Essa transação, que foi avaliada em R$ 1,1 bilhão, previa a atração de investidores internacionais para a rede de lojas. Um ano depois, o negócio foi desfeito com a alegação que os irmãos Maluf não teriam cumprido a sua parte, tanto em termos financeiros quanto na divulgação de informações aos sócios, além de que estariam

Agora, a Colombo está mais uma vez à venda. E, segundo pessoas próximas, dessa vez, os irmãos estão conscientes de que precisam negociar uma parcela significativa a um novo sócio ou até mesmo se desfazer totalmente da companhia fundada em 1917. A empresa atravessa uma recuperação extrajudicial, desde março de 2017, e começa a dar sinais de retomada. A chegada de um investidor poderia completar a transição para dias melhores. A gestão tem sido tocada pela Starboard, companhia de reestruturação que, atualmente, também administra a varejista Máquina de Vendas, buscando resultados similares: a melhoria da operação e uma venda. Mesmo com o baque sofrido pelo comércio após a greve dos caminhoneiros, a expectativa é de que a Colombo apresente neste ano um Ebitda positivo, de R$ 25 milhões (no primeiro semestre se esperava que pudesse ser o dobro disso). Em 2017, o resultado foi R$ 130 milhões negativos. “Fizemos um processo de estabilização da empresa, com o fechamento de lojas, diminuição do tamanho de outras e a renegociação do preço dos aluguéis”, afirma Warley Pimentel, sócio da Starboard, criada no início de 2017 por ex-executivos da área de reestruturações do banco Brasil Plural. “A empresa está enxuta.”

A empresa encolheu para ficar mais eficiente. De um total de cerca de 450 lojas, em 2014, a Colombo conta agora com 250 pontos. E 30% das lojas diminuíram de 130 m2 para 75 m2. Todas as outras também deverão ficar menores. A consultoria Bain Company foi contratada para repensar o mix de produtos. “Vamos focar apenas em roupa social e esportiva masculina, em vez de ter ofertas para crianças e para mulheres”, diz Pimentel. “E já fizemos todas as compras para a temporada de Natal.” Essa receita é defendida como inevitável. “A Colombo, como outras empresas, teve um crescimento agressivo demais e de forma alavancada, e muitas lojas de resultado duvidoso foram abertas”, afirma Alberto Serrentino, analista de varejo da Varese Retail. Ele cita o otimismo exagerado com o boom da economia até 2014 como a origem desse contexto. “Quando a economia virou e houve o corte das linhas de crédito, não sobrou alternativa senão a racionalização dos recursos, a renegociação de contratos e a mudança de sortimento de produtos”, diz.

Um ponto mais delicado da recuperação é a renegociação da dívida de R$ 1,2 bilhão da empresa. Os bancos, os maiores credores, incluindo Itaú, Santander e Bradesco, aceitaram que a dívida fosse transformada em debênture conversível, enquanto ainda corre uma negociação de abertura de nova linha de crédito. Houve um primeiro ano e meio de carência dos pagamentos, que venceu em julho, quando a empresa começou a quitar os débitos. Os pagamentos deverão ser feitos durante oito anos e começaram com a dívida de R$ 100 milhões relativas a juros.

Nem todos os credores demonstram satisfação. Alegando ter R$ 80 milhões a receber, as confecções Caedu, Blue Bay e Blue Center entraram com ação no Tribunal de Justiça de São Paulo, depois que a Colombo pediu há quatro meses a extensão do prazo de pagamento. Segundo a defesa das fornecedoras, representada pelo escritório Warde Advogados, as empresas não subscreveram ao plano de recuperação extrajudicial e querem que a Gávea pague a dívida. “É muito estranho terem recebido um pagamento logo antes da recuperação extrajudicial”, diz uma fonte próxima dos fornecedores. Procurada, a Gávea afirmou que não tinha nada a comentar sobre o caso. Já a Colombo alega que o processo tem motivação concorrencial, pelo fato de a Blue Bay e da Blue Center possuírem ações da rival TNG, e que se trataria de um caso isolado dentre os credores. Também observa que não poderia, por lei, pagar antes a elas em relação a todas as outras fornecedoras.




Fonte: Isto É Dinheiro

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Comércio ilegal movimenta 80 bilhões de dólares ao ano na América Latina

Nos dias 28 e 29 de agosto, foi realizada a quarta edição do Encontro da Aliança Latino-Americana Anti-Contrabando (ALAC), no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O evento reuniu autoridades governamentais e representantes de diversas indústrias de 15 países com o objetivo de trocar experiências e coordenar planos de ação para combater em conjunto um dos problemas que mais afetam a região.

Comércio ilegal movimenta 80 bilhões de dólares por ano na América Latina - Nexofin

Durante o evento, o ALAC revelou que o contrabando movimenta 80 bilhões de dólares anualmente na região, afetando diferentes indústrias, incluindo calçados, cosméticos, têxteis e confecções.

Diante dessa informação e seguindo os passos de Chile, que em 2016 lançou seu Observatório do Comércio Ilícito, representantes da Guatemala, Costa Rica e Colômbia apresentaram aos participantes os avanços em suas próprias plataformas de observação criadas para a troca ideal de informações, estudos, práticas e dados relacionados ao comércio ilegal local, com o objetivo de erradicar a referida atividade em seus respectivos países.

Vale lembrar que o Observatório do Comércio Ilícito criado pela Câmara Nacional de Comércio do Chile reúne os esforços de instituições públicas e privadas para gerar informações relevantes, possibilitando a criação de políticas que combatam essa atividade. Quando lançada, essa iniciativa foi pioneira não apenas no Chile, mas em toda a América Latina.

Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Competitiva (ETCO) e co-presidente do ALAC, pediu aos países membros do ALAC para "adotar medidas nos âmbitos tributário, regulatório, policial e de fiscalização, diplomático e legislativo, uma vez que se trata de um problema multifacetado que prejudica toda a sociedade".

A secretária-executiva do Observatório do Comércio Ilícito do Chile, Nicole Kuppenheim, expôs ao público o andamento do projeto no mercado local, confirmando que continua agregando players e ações concretas, como o documento "Medidas para o combate do comércio ilegal" que consolida 22 propostas em matéria de controle, legislação, educação e divulgação.

ALAC é uma iniciativa lançada em 2016 com o objetivo de criar uma agenda conjunta com os governos da região para reduzir o contrabando. A aliança é composta por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

A quinta edição do Encontro da Aliança Latino-Americana Anti-Contrabando (ALAC) deve ser realizada na Costa Rica, embora ainda não tenha sido confirmado oficialmente pela organização.

Por Alicia Mares
Traduzido por Novello Dariella

Fonte: http://br.fashionnetwork.com

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Fórum marca Fundação da Abrappe e lançamento de pesquisa de perdas com maior segmentação



Estudo a ser apresentado no dia 19 de setembro no auditório da Totvs em São Paulo reúne dados de 11 segmentos diferentes do varejo nacional

Pesquisa em 11 segmentos aponta perda média de 1,29% do faturamento total do varejo, que segundo dados do IBGE chegou a R$ 1,51 trilhão em 2017.

Além da presença na capital paulista, sedes regionais integram a associação por meio das unidades da CPAR em dez regiões estratégicas do país.

Um painel de discussão econômica com alguns dos principais líderes do varejo, seguido por um encontro técnico com executivos de grandes redes do mercado e a apresentação da pesquisa de perdas de maior segmentação já desenvolvida no país são os destaques, no dia 19 de setembro, na programação do 1º Fórum Abrappe de Prevenção de Perdas. O evento, que ocorre a partir das 13h30 no auditório da Totvs, na zona norte de São Paulo, marca ainda a cerimônia de posse da diretoria e o lançamento da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe).

A Abrappe é uma organização independente formada por representantes de mais de 500 empresas de todos os segmentos do varejo nacional. “Nosso objetivo será sempre o de contribuir com a redução das perdas e o aumento da rentabilidade do varejo e da indústria no Brasil. Os profissionais e o departamento de prevenção de perdas devem ser estratégicos em qualquer empresa. Queremos, com a associação, propagar esse conceito, pois anualmente bilhões de reais do varejo vão diretamente com o ralo”, argumenta Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.

A constituição da Abrappe foi definida em setembro de 2017 durante encontro entre dez profissionais de prevenção de perdas em São Paulo. Além da presença na capital paulista, sedes regionais integram a associação por meio das unidades da Comissão de Prevenção de Perdas, Auditoria e Gerenciamento de Riscos (CPAR). Marisa, Sonda, Riachuelo, Dia e Livraria Cultura estão entre as companhias que já sediaram os encontros da CPAR desde o ano passado.

Painel de discussões e pesquisa – Para o painel de Líderes do Varejo estão confirmadas as participações de Ubirajara Pasquotto (presidente da Cybelar), André Peixoto (CEO da Leader), Rodrigo Caselli (CEO do Grupo Avenida), Mauro Mariz Gonçalves (diretor de Gente da Riachuelo), Paulo César Lopes (diretor da Unibrasil e ACATS) e Paulo Ricardo Oliveira (presidente da Farmais). Já no painel Executivos de Prevenção de Perdas estarão Erlon de Jesus Lisboa (gerente executivo de Auditoria Interna, Riscos, Prevenção de Perdas e Assuntos Regulatórios na Drogaria São Paulo), Lenivaldo Barros (gerente de Prevenção de Perdas/Auditoria Operacional da Riachuelo), Cristiana Araújo (diretora Risco Corporativo da Drogaria Araújo), Jérome Mairet (diretor de Riscos e Perdas do Carrefour Brasil) e Marcelo Soares (diretor de Prevenção de Perdas do Makro).

O grande destaque do fórum, no entanto, será a apresentação da pesquisa sobre perdas com maior participação de segmentos do varejo já desenvolvida no país. Sob a coordenação de Carlos Eduardo Santos, o estudo fez o levantamento em 11 segmentos – atacarejo, calçados, construção/lar, drogarias, eletro/móveis, esportes, livrarias/papelarias, magazines, moda, perfumaria e supermercados (até então, pesquisas avaliaram apenas oito) – que contabilizaram, em 2017, perda média de 1,29% do faturamento total do varejo restrito de R$ 1,51 trilhão de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o presidente da Abrappe, prevenir perdas é um grande desafio para as redes varejistas e mesmo as indústrias. “Em alguns segmentos, a margem líquida é de 2%. Nesse contexto, perdas de 1,29% são muito significativas para a lucratividade de qualquer negócio. Por isso nossa ideia é discutirmos o assunto de forma mais profunda e abrangente, trocando experiências e, principalmente, disseminando a cultura da prevenção, já amplamente destacada na Europa e Estados Unidos”, diz Santos. 

Fonte:https://www.maxpress.com.br

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Danos a produtos e furtos provocam perdas de R$ 19,5 bi ao varejo no país

Estudo final mostrará hoje o retrato de 11 segmentos, inclusive supermercados

O varejo brasileiro perdeu cerca de R$ 19,5 bilhões no ano passado, equivalentes a 1,29% do faturamento anual do setor, com prejuízos causados no dia a dia da operação, como vencimento de produtos, problemas no manuseio dos itens pelos clientes ou pelos funcionários, entre outros aspectos.

Os dados fazem parte de pesquisa elaborada pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) em parceria com a consultoria da EY Parthenon, que deve ser anunciada hoje, em evento do setor. Participaram do levantamento cem empresas de varejo, incluindo as maiores do país. Fazem parte da entidade cerca de 500 companhias, como Carrefour, Riachuelo, Drogaria Pacheco São Paulo (DPSP) e Lojas Pernambucanas.

É o primeiro levantamento da associação sobre este assunto. Carlos Eduardo Santos, presidente da entidade, coordenou outras duas pesquisas com a mesma metodologia na Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Na pesquisa de 2015, o índice de perdas para 60 empresas analisadas foi de 1,4%, e em 2016, o índice para 64 varejistas foi de 1,32%.

A informação dessas perdas no país foi inicialmente divulgada em julho, quando a pesquisa estava em andamento e somava 72 varejistas. A taxa de perda era de 1,99% para esse grupo de empresas. A análise evoluiu e atingiu cem empresas, com a taxa a 1,29%.

No material final, a ser divulgado hoje, há dados de 11 segmentos, como atacarejo, calçados, construção e lar, drogarias, eletrônicos, esportes, livrarias e papelarias, magazines, moda, perfumaria e supermercados.

Entre os segmentos analisados, supermercados e livrarias/papelarias registraram, respectivamente, índices de 1,94% e 1,46%, e apuraram as maiores taxas de perdas, acima da média nacional. A seguir, o varejo de esportes ficou com 1,21% e moda, 1,2%.

Os principais causadores de perdas são quebras operacionais, citadas por 35% das empresas como razão maior, seguidas de furtos externos (24%) e internos (15%).

Para Santos, o período de desaceleração no varejo, com rentabilidade afetada pela crise, obriga as empresas a ampliarem seus níveis de controle, e isso tende a reduzir as perdas nas lojas. Segundo ele, o varejo em geral opera com margens líquidas baixas (abaixo de 1% ao ano no alimentar). “Quando a venda não acontece, o ganho tem que vir pelo aumento na eficiência. Nesses casos, qualquer perda na loja afeta diretamente os ganhos com produtividade, por exemplo”, disse.

Fonte: Valor Online

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

IA e Big Data: as novas apostas da H&M

A H&M está a apostar na Inteligência Artificial (IA) e análise de dados (Big Data), para recuperar a sua rentabilidade e corresponder às necessidades atuais dos consumidores.


O objetivo é construir um negócio mais forte, melhorar a eficiência na cadeia de aprovisionamento e ir ao encontro aos gostos dos consumidores, graças aos conhecimentos obtidos acerca das tendências da moda e as preferências de seus clientes, avança a Forbes. Recorde-se que os últimos anos da H&M foram marcados por uma performance menos brilhante e a mais significativa perda de lucros em seis anos (ver H&M volta a desiludir). Ainda assim, apenas o tempo dirá se o investimento é suficiente para impulsionar as vendas.

Big Data ajuda a evitar ciclos negativos

Há cerca de 20 anos, as marcas de fast fashion quebraram com o pré-estabelecido ao construírem negócios onde privilegiavam melhores preços e produtos novos em detrimento da qualidade. Ainda assim, de modo a serem bem-sucedidas, marcas como a H&M têm a necessidade de antever o que o mercado necessita, tanto para evitar ciclos negativos nos produtos como a necessidade de vender o inventário com descontos. Tendo em conta que os níveis de preços já são incrivelmente baixos para o retalho fast fashion, é difícil recuperar de más decisões de compra e vender os produtos indesejados. Para as cadeias fast fashion, as expectativas são altas e os conhecimentos obtidos através da análise de dados podem ajudar a construir uma cadeia de aprovisionamento mais rápida e flexível, detetar mais facilmente tendências, gerir o inventário e definir preços.

Lojas diferentes, inventários diferentes

Outrora poderíamos entrar em qualquer loja da H&M, fosse na Suécia, no Reino Unido ou nos EUA, e os produtos seriam bastante similares. Recentemente, a retalhista teve necessidade de baixar os preços para vender inventário nas suas 4.288 lojas de todo o mundo. Para melhor organizar os pontos de venda com a oferta que o cliente necessita, a H&M está agora a analisar devoluções, recibos e informação contida nos cartões de clientes para personalizar os artigos propostos em cada loja. Esta medida, conhecida como “localização”, pode ser mais difícil de executar para uma marca global como a H&M, que tipicamente pode alavancar economias de escala com a sua rede global de fornecedores.

Armazéns automatizados

De forma a que o inventário seja personalizado em cada loja e responda às exigências dos consumidores, a H&M investiu em armazéns automatizados. Uma medida que irá permitir à retalhista realizar entregas no dia seguinte ao pedido em 90% do seu mercado europeu. Os clientes atuais exigem entregas em qualquer lugar, a qualquer hora, com portes e devoluções gratuitas – a última a ser oferecida aos clientes mais fiéis da H&M. Os armazéns automatizados e os programas de fidelidade são alimentados por algoritmos e a empresa está a implementar a tecnologia RFID, utilizando assim a radiofrequência para captura de dados nas suas lojas de forma a melhorar a eficiência da sua cadeia de aprovisionamento.



Fonte: https://www.portugaltextil.com

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Lucro através da utilização de Tecnologias e Indicadores na Prevenção de Perdas

Cancelamento das notas era o método usado para desviar dinheiro do supermercado

Dois operadores de caixa de um supermercado em Cariacica, Espírito Santo, foram presos em flagrante pela Polícia Civil na última quarta-feira (29), suspeitos de desviar mais de R$ 300 mil referentes a compras feitas por clientes no local

Segundo a delegada Arlinda Rodrigues, da 4ª Delegacia Regional de Cariacica, o gerente do estabelecimento já vinha desconfiando dos funcionários há alguns meses. "Começaram a verificar muitas faltas [de valores], por isso decidiram instalar câmeras nos caixas, especialmente nos postos de trabalho dos dois rapazes, onde sempre tinha quantias faltando e muitas notas [de compras] canceladas”, explicou Arlinda

O cancelamento das notas era o método que os operadores, identificados como Lucas da Silva Pires e Arthur Bertolini Nascimento, utilizavam para cometer as fraudes. Em várias ocasiões, após registrarem os produtos comprados pelos clientes, os suspeitos estornavam o procedimento sem a devida autorização do gerente, liberavam os produtos e embolsavam os valores.

A delegada ainda informou que ambos confessaram os crimes após a detenção, mas depois de orientados pela defesa, passaram a alegar que só vão depor em juízo. Em audiência de custódia, ficou determinado o valor de R$ 50 mil de fiança para cada um, mas nenhum apresentou intenção de efetuar o pagamento. Desta forma, os dois continuam detidos na cidade de Viana, também no Espírito Santo, aguardando julgamento.


O UOL apurou que os dois homens alegaram que tinham intenção de usar o dinheiro das fraudes para a compra de um imóvel, no entanto, eles já tinham feito outras compras, como a de uma moto e de celulares. Nas casas dos suspeitos, foram apreendidos cerca de R$ 84 mil, que serão devolvidos ao supermercado.

Outros funcionários serão ouvidos pela Polícia Civil após a instauração do inquérito para apurar os fatos. Procurado, o gerente do local preferiu não fazer declarações sobre o caso.

Fonte: https://noticias.uol.com.br