domingo, 30 de agosto de 2015

Crianças aprendem sobre ética e companheirismo no interior de MG

Centro Social Mali Martin, em Itamarandiba, foi criado por um alemão dono de madeireira na região e atende atualmente 750 crianças.


Uma instituição ajuda 750 crianças a aprenderem duas lições importantíssimas: ética e companheirismo. Itamarandiba, no interior de Minas Gerais, é quase uma cidade partida. A economia na região gira toda em torno da produção de eucalipto. Crianças e adolescentes têm poucas opções de lazer e de cursos técnicos. O outro lado da cidade quase partida é o Centro Social Mali Martin. O lugar foi criado por um empresário alemão, Peter Martin, que tinha uma madeireira.
O esquema é simples: quem vai à escola de manhã vai ao Centro à tarde e quem estuda à tarde vai de manhã. Quatro vezes por dia o ônibus do Centro Social Mali Martin percorre a cidade pegando as crianças e jovens que vão ao local para atividades culturais e esportivas. Mas o ônibus é muito velhinho e muitas das crianças moram bem longe. Tudo é voltado para ampliar a formação ética e profissional desses futuros adultos.

“Dentro do mero contexto da formação do cidadão, trabalham em equipe, ajudam no respeito ao próximo, o coleguinha às vezes não consegue, o outro vai lá e ajuda”, destaca o professor Adílson Meira.

“Fazer texto, criar livro e muitas outras coisas também”, diz uma aluna sobre as atividades.

Nas aulas de reforço, as crianças aprendem uma lição que não está nos livros: a conquista do amor próprio.A professora Geralda Andrade revela sua maior vitória:
“Ver o desenvolvimento dessas crianças aqui, o comportamento delas melhorando e, principalmente, quando vejo a alegria que elas têm ao ir à mala de leitura pegar um livro e conseguir ler”.



Fonte: http://g1.globo.com/

Como pôr o código de ética ao alcance de todos

Em 2013, os executivos da operação brasileira da International Paper, fabricante de papel, celulose e embalagens, tiveram de difundir entre os 6 000 funcionários uma versão nova do código de ética, desenvolvido pela matriz americana. Além de adaptar o documento à realidade local, eles tentaram aproximar as novas regras da realidade da operação.

Para isso, as equipes das áreas jurídica, de comunicação e de RH se uniram para promover treinamentos com base em simulações do cotidiano. “Compliance não pode se restringir ao universo da equipe de auditoria, deve ser algo presente no trabalho de todos os funcionários”, afirma Ricardo Cabral, gerente de ética e compliance da divisão de embalagens e papel da International Paper do Brasil.

Mais bem informados, os funcionários passaram a usar mais o canal de denúncias mantido pela empresa via telefone e internet. O número de notificações mais do que triplicou de 2012 para cá. Além disso, a criação de uma área específica para acompanhar os temas relacionados a ética e compliance em 2014 agilizou o processo de investigação e resolução das denúncias. Veja o passo a passo dessa transformação.

1. Comunicação eficaz

A notícia de que uma nova versão do código de ética entraria em vigor foi alardeada em adesivos e banners pelos corredores da empresa — da diretoria ao chão de fábrica. A mensagem era uma só: todos estavam convocados a conhecer as novas regras por completo e a participar dos treinamentos.

2. Perto do cotidiano 

Reunidos em turmas de 50 pessoas durante cerca de 1 hora, os funcionários participaram de treinamentos presenciais e obrigatórios — até então, eles eram voluntários — para entender a aplicação das regras de conduta. Não se falou apenas na teoria mas também com exemplos de situações que poderiam ocorrer no dia a dia de trabalho de cada uma das áreas.

3. Reforço estratégico 

Cerca de 120 funcionários das áreas comercial, jurídica, florestal, financeira e de suprimentos participaram também de treinamentos específicos — antitruste e anticorrupção. O objetivo foi reforçar as diretrizes da empresa ao lidar diretamente com fornecedores, 
agentes públicos e com a concorrência.

4. Governança corporativa 

Em 2014, foi criada uma gerência de ética e compliance, até então inexistente. Dois executivos e outras 12 pessoas da área de recursos humanos passaram a acompanhar melhor as investigações — e gerar soluções mais rápidas diante das denúncias feitas pelos funcionários.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Latam Retail Show - 26 e 27/08/15

Finalizando, compartilho aqui alguns momentos dos Fóruns/Paletras que pude acompanhar nos dias 26 e 27/08, onde tivemos excelentes debates dos palestrantes e além disso o evento permitiu encontrar colegas dos mais variados segmentos.

26/08/15

Latam Retail Show - 3 Retail State

Dorial Oliveira / VP de Desenvolvimento da Arcos Dourados - McDonalds
·         Modelo de Quiosque iniciou em Curutiba
·         Hoje possuem 7 modelos de restaurante, sendo que 65% dos restaurante estão em rua
·         Estão na 3ª fase de mudança de layout, alterados conforme pesquisas em todo o Brasil. Sistema que mapeamento com base em pesquisas, localização de escolas, bancos, etc..
·         Um mesmo restaurante deve receber ambientes diferentes.
·         Hoje o consumidor busca refeições muito mais saudáveis.
·         Hoje o inicio de uma operação tem
·         Em média um prazo de 365 dias, foco em entradas e saídas únicas.restaurantes com facilidade de chegar, sempre de esquina, terrenos em media 3000mt.

Pilares:
·         Custo de operações
·         Custo de restate
·         Melhorar experiência de compra

Lojas que já possuem sistema de esteiras com a cozinha a até 180mt do balcão de atendimento. O percurso leva uma media de 12 segundos. Perto do balcão se mantém as batatas e refrigerantes.
Mantemos os brindes, sempre com inovação!
Desafio - somos conhecidos como grande negócio de drive thru e hoje estamos criando o bike trhu.
Outra criação ainda recente é permitir ao cliente que ele crie sua própria refeição.
Tudo que é feito hoje deve ser sustentável, há já um MBA em parceria com a FGV.


27/08/15

Latam Retail Show - 3 Retail State

Palestra: O atual cenário econômico e Politico do Brasil sob a perspectiva dos investidores internacionais e suas consequências para o varejo e o consumo
Patrick Ledoux / Partner C—head Actis, Latin America.

·         O que podemos fazer de diferente em cenários ruins.
·         Corrupção não é exclusividade do Brasil.
·         Hoje a crise é muito mais política do que econômica, investidores acreditaram no Brasil a longo prazo.
·         O Brasil sempre teve o espírito de amanhã por de ser melhor que hoje, isso mudou, por isso o Brasil deve ter maior confiança em mudanças.
·         Pais enorme com escala para qualquer investidor, o investimento possui retorno, há respeito as leis.
·         O Risco Brasil aumentou quando o Lula informou que não pagaria dívidas públicas 2002/2003.
·         O investidor vê a oportunidade em cenários onde, a exemplo do Brasil, há um crescimento de muitos varejistas mesmo na crise.
·         Destaque para a CSD com diminuição de turnover, eficiência na gestão de estoques, compra do Amigão, atuação com Diretoria logistica.
·         Não podemos ter postura negativa, caso contrário como iremos vender para nossas equipes e clientes?
·         Franquias
·         28% em shopping ABF/ ABRASCE



Palestra: Perspectiva de Mercado Rede Internacional de Varejo
Paulo Matos /Diretor Tommy Hilfiger Brasil at InBrands

Brasil é um pais que o dinheiro vai voltar, há segurança em investimentos. Destaque para 2012 onde grandes marcas entraram no Brasil, porém o crescimento requer esses investimentos e os formatos Brasileiros são diferentes, sendo assim há ainda um trabalho de adaptação, a exemplo do tamanho das lojas.

Palestra: Perspectiva de Mercado Redes de Varejo - Âncoras
Sidney Isidro / Diretor de Expansão da Vavarejo

·         O 2TRI 15 da Viavarejo foi menor que 2TRI de 14, mas mesmo assim, estamos atuando com Reposicionamento e revitalização das lojas Ponto Frio.
·         Lançamento de Bahia e Ponto Frio Mobile
·         Cnova atuando com conceito Ominitchanel
·         Tendências - lojas menores, para maior capilaridade

·         Rua ou Shopping - avaliação dos números e em especial analises dos custos com os Shoppings.


       Resumo

       
       O evento, composto de 5 eventos distintos foi um excelente momento para troca de ideias, para rever grandes amigos, apresentar e conhecer novas propostas e em especial pelo rico conteúdo proporcionado pelos palestrantes. 


LOJISTA DE CORPO E ALMA

Com 1,84 metro de altura, José Galló chega puxando uma mala executiva de rodinhas, que parece particularmente modesta em comparação a sua estatura.
Estamos no saguão do hotel Intercontinental, onde ele passou a noite, próximos à entrada do restaurante Tarsila. Deveríamos estar no italiano Piselli, escolhido pelo entrevistado para este “À Mesa com o Valor”, mas o presidente da Renner pediu a mudança, de última hora, para o bufê do hotel.
O motivo virá à tona depois: ele quis aproveitar uma brecha de tempo, entre o evento do qual participara e o almoço, para bisbilhotar a concorrência em um shopping próximo.

“Não costumo me hospedar aqui”, esclarece o executivo gaúcho. “Nosso padrão de hotel é mais austero. Em geral, flats.” Por causa do evento realizado ali, e da praticidade, a exceção. Exceção também é o relógio no pulso, um recém-­comprado Apple Watch. “Não ligo para grifes. Só me excedo nos relógios”, dos quais, diz, tem uma coleção com cerca de 50 modelos.

Galló veste­-se sempre com roupas da própria Renner, ou de redes varejistas que considera similares na relação custo­-benefício, para testá­-las, como a Banana Republic. “Tenho meus parâmetros. Comprava camisas na J. Crew por US$ 59 ou US$ 69. Agora foram para US$ 88. A gente que trabalha com roupa sabe que não vale.”

Galló “trabalha com roupa” desde novembro de 1991, quando foi chamado pela família Renner para tentar resolver a dramática situação da rede gaúcha, então com oito lojas e em sérias dificuldades financeiras. Hoje a Renner é a maior do setor, espalhada por todos os estados brasileiros, mas ele não se esquece daqueles primeiros meses de trabalho, quando sua única alegria era… um flamboyant.

“Na hora do desânimo, eu ia para uma sala da nossa antiga sede, de onde podia ver um flamboyant florindo, do outro lado da rua. Tenho até foto dele: todo laranja, uma cor bem forte. Durante quatro meses, não havia muito que fazer. Só olhar.”

Isso porque, naquele tempo, a moda era “slow”, bem diferente do atual conceito de “fast-­fashion”, inaugurado pela espanhola Zara. Em vez de chegarem novas peças toda semana às lojas, as coleções eram encomendadas inteiras, com antecedência, e só existiam duas: primavera­-verão e outono­-inverno.

Naquele ano, como se não bastasse a coleção de verão “estar toda errada”, parte da de inverno, igualmente equivocada, já estava contratada. “Na véspera do Natal, fui à nossa maior loja, na avenida Otávio Rocha [em Porto Alegre], e não havia ninguém comprando. Uma tristeza.”

O “tamanho do problema do reposicionamento”, lá no começo, ele até hoje considera o maior desafio profissional de sua carreira. Mais do que quando a Renner foi comprada pela J. C. Penney, em 1998, ou quando a varejista americana resolveu vendê-­la sete anos depois, e não havia interessados na aquisição. Depois de ser superintendente de empresa familiar e CEO de subsidiária de multinacional, Galló iria tornar­-se o presidente da primeira “corporation” brasileira, quando os controladores decidiram vender suas ações na bolsa e elas acabaram pulverizadas no mercado. “Em vez de mudar de emprego, mudei a empresa”, brinca, já sentado à mesa do Tarsila.

A fotógrafa Ana Paula Paiva pede para Galló mudar de lugar, para iluminá­-lo melhor. Nesse momento, passa por ali William Ling, herdeiro do grupo Évora (ex-­Petropar) e vice-­presidente do Instituto Ling, promotor do evento do qual Galló participara. “Olha a pressão que estou sofrendo”, ele diz, rindo, e mostra o refletor fotográfico agora colocado a seu lado. “Boa sorte”, deseja Ling, dirigindo­-se ao almoço com o grupo da manhã, em um ambiente reservado do salão.

Na edição, a imagem do prato do entrevistado sempre acompanha a conta detalhada do almoço. No entanto, o vaivém entre mesa e bufê foi evitado pela assessora de imprensa, Daniela Fernandes, que solicitou aos garçons para, excepcionalmente, montarem os pratos para nós. Foi assim que, depois de servida uma entrada com salada, queijos e frios, foram oferecidas duas opções do menu executivo: salmão com legumes ou filé mignon com molho gorgonzola e arroz de amêndoas. Galló, que havia pedido uma água sem gás, aceita o salmão, e diz que vai compará­-lo ao que experimentou no Alasca, em recente viagem de férias com sua mulher, Flávia.

Pela ascendência, será que ele prefere a culinária italiana? Como no caso das grifes, Galló responde que não é “muito ligado” a esse “tipo de coisa”. “Gosto de uma massa bem feita, assim como gosto de um churrasco bem feito ou um peixe bem feito.” Da família, é mais provável que tenha herdado o estilo austero, que hoje se confunde com o da gestão na Renner: “Minha mãe viveu o ambiente da Segunda Guerra, e levou para dentro de casa o hábito de não haver desperdícios, de se fazer economia.”

A origem de Galló é curiosa, começando pelo sobrenome. Seu avô se chamava Ercole Gallo, assim, sem acento. Chegou ao Brasil em 1890, trazendo a expertise têxtil da indústria da família, no Piemonte. Vislumbrou uma oportunidade em um vale, próximo a Caxias do Sul, adquirindo uma rudimentar fábrica local. Trocou o maquinário, expandiu as instalações, substituiu o vapor por energia elétrica e investiu em melhorias na pequena vila dos operários. Resultado: a vila acabou batizada como “cidade de Gallo”, a Gallopolis que logo virou Galópolis, como soava melhor. Quando o neto José nasceu ali, 63 anos atrás, o registro de seu sobrenome ganhou o acento da localidade, por um “acidente ortográfico”. “Era para eu ser Gallo”, diz.

Embora tenha morado na vila com o próprio sobrenome até os nove anos, vendo os operários entrarem e saírem da fábrica construída pelo avô, Galló não usufruiu exatamente de uma tranquila vida de herdeiro. Quando o avô morreu, pouco depois de desfazer uma sociedade para montar uma segunda indústria, a família se transformou em “classe média”. A avó e dois tios voltaram para a Itália, e um deles morreu na guerra. Galló não chegou a conhecer o avô nem tem lembranças do pai, que morreu quando ele tinha dois anos. O padrasto (“Tive uma sorte fantástica”) o criou igual aos dois irmãos, que nasceram já com outro sobrenome. “Galló, só eu.” Seu filho Cristiano, economista no mercado financeiro, está dando continuidade à “nova dinastia”.

O filho entende mais de varejo do que ele próprio, garante com orgulho, pois fez muitas análises de empresas do setor. Parece pouco provável. Afinal, o Galló pai trabalha, estuda e vive no varejo desde o começo da carreira, numa época em que os recém-­formados em administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-­SP) só queriam saber de indústria e banco. “Varejo era considerado trabalho de segunda categoria”, diz. Depois de ter feito um estágio no grupo A. J. Veríssimo, dono dos supermercados Eldorado, ele voltou para o Sul e montou duas cadeias varejistas próprias, Moda Casa e Eletroshop. Isso, antes de ser convocado pela família Renner. “É um setor muito dinâmico. Faço uma coisa hoje e amanhã já sinto o efeito. Também adoro a proximidade com o consumidor.”

A paixão pelo comércio é tanta que, ao ser indagado sobre seus hobbies, ele é obrigado a confessar: “Gosto de loja, roupa, shopping, supermercado. O que posso fazer?” Pelo menos, diz, sua mulher não reclama quando ele resolve dar uma passadinha em um shopping center, aos domingos ou quando viajam em férias: “Você conhece alguma mulher que não goste de shopping?”
Flávia, a mulher de Galló, não está presente para dar sua versão sobre a fama de workaholic do marido. Mas sua escolha de férias deixa alguma suspeição: quantos shoppings existem no Alasca? “Um”, responde, admitindo que preferiu dedicar­-se a passeios por causa disso.
Mais adiante na conversa, depois de atestar o salmão do Alasca como “mais suave” que o do restaurante, ele comenta sobre outra viagem de férias, aos Estados Unidos, quando por acaso estava próximo a Bentonville, e decidiu conhecer a sede e o museu do Walmart. Então, passava pelo Arkansas “por acaso”? Distraído, Galló confirma que sim, e dá seu depoimento entusiasmado: “Coloquei a mão na maçaneta da caminhonete do Sam Walton e pedi para ele me iluminar de vez em quando”, conta e olha para cima, como se estivesse novamente conversando com o fundador da segunda maior varejista do mundo, em valor de mercado, depois da Amazon, que ganhou a posição recentemente.

Bem que Galló tentou seguir outro caminho. Começou a faculdade de engenharia química, mas ainda no primeiro ano se viu fazendo um cursinho de introdução ao marketing, no Senac.

“Eu estava ali escutando o professor e de repente entrei em transe. Saí do ar uns três ou quatro minutos, e quando voltei à consciência estava decidido a mudar de faculdade. Hoje sou um cara feliz, na profissão certa.” Ultimamente, tem feito alguns balanços de sua caminhada: “Sou católico, e nesta religião fala-­se muito de inferno. Para mim, inferno deve ser chegar ao final da vida, olhar para trás e ver que passou em branco por esta Terra, e que não há como recuperar o tempo. É bom poder olhar para o passado e ver que fiz coisas importantes.”

A “analogia” do inferno é muito usada por Galló na abertura dos treinamentos de líderes e trainees, assim como “a do potencial”. “Esta outra é assim: todos nós recebemos um dom maravilhoso, mas 90% das pessoas só usam 10% do potencial. Além de ser um enorme desperdício, significa que se aproveitou 10% do sabor da felicidade.” E como avalia o próprio percentual de aproveitamento? Ele demora a responder, como se nunca lhe tivessem feito a pergunta nos treinamentos: “Acho que estou nos 80% [do potencial].
Não posso me queixar.

Treinamentos e rituais de motivação no varejo são sempre muito animados, mas, mesmo assim, quem conhece o jeito circunspecto de Galló pode se surpreender com a atitude do presidente nessas ocasiões. Em dezembro do ano passado, por exemplo, ele tirou os 800 funcionários da sede da empresa, em Porto Alegre, com um megafone na mão, anunciando a celebração do recorde de R$ 1 bilhão em vendas no mês. Na porta do prédio, espumantes foram servidos. “Não sou um sujeito rompante, mas tenho meus momentos.

Aí me emociono com facilidade. E quando você fala com o coração, sem demagogia, acaba contagiando quem está em volta.”
Foi com a mesma intenção de contagiar positivamente os funcionários que Galló criou outra prática, que ele tem esquecido de contabilizar como ponto forte da Renner em suas apresentações e entrevistas: a leitura mandatória.

“Preciso falar mais sobre isso. A Renner é uma empresa que lê. Fazemos muito o método da cumbuca.” Diante da ignorância da repórter, ele esclarece como funciona. Os líderes de uma área da empresa se comprometem a ler determinados capítulos de um livro. No dia combinado, reúnem­-se em torno de uma cumbuca e tiram o papelzinho com o nome do participante que deverá discorrer sobre a leitura. Se não tiver lido, o sorteado não pode ser substituído e a reunião se dissolve. A pessoa fica constrangida? “Acho que sim.”
No momento, a preocupação dos 450 executivos da Renner é não ficarem atrasados na leitura de “Criatividade S.A. -­ Superando as Forças Invisíveis que Ficam no Caminho da Verdadeira Inspiração”, livro em que o fundador da Pixar, Ed Catmull, conta como o estúdio de animação abriu perspectivas para o êxito. “É um dos três melhores livros que já li”, diz Galló. “Saí anotando nas páginas o que eu devia mostrar para cada pessoa.”

A formação de novos líderes faz parte da pauta do dia a dia da empresa, onde Galló está há 24 anos, dos quais 16 como CEO. Sua imagem está tão ligada ao sucesso da rede que ele é visto como o “dono” da “empresa sem dono” -­ já que 100% das ações estão no mercado, pulverizadas entre cinco mil acionistas. Se só existe um Galló, quem o substituirá no futuro? “Não sou eu quem decide meu futuro, e sim os acionistas e o conselho de administração”, diz, sobre a sucessão. “Mas não sou eterno, e a história da Renner é bonita e tem que continuar”.

Ele afirma, bem­-humorado, que a empresa vai tão bem que basta ao próximo presidente ter bom senso e deixar os outros trabalharem. No segundo trimestre, o lucro aumentou 30% em relação ao mesmo período do ano passado, e até a comparação das vendas nas mesmas lojas registrou uma alta de 14,5%, ignorando a retração que grassa no varejo. “É brincadeira o que eu disse sobre o próximo presidente, tá?. Claro que ele estará muito bem preparado.” A expectativa do mercado é de que, daqui a alguns anos, Galló vá para o conselho de administração, uma experiência que, não por acaso, ele hoje está vivendo em duas outras empresas, Localiza e SLC Agrícola. “Está sendo como um MBA.”
A assessora traz uma seleção de docinhos do bufê, mas Galló declina da oferta e levanta-­se em busca de frutas. Volta de mãos abanando. “Tem um amarelinho na salada de frutas com jeito de manga”, diz. Como é alérgico, pede um mamão. Quando o garçom se afasta, comenta sobre o inconveniente de ter se tornado muito crítico em relação à prestação de serviços, mesmo quando está fora das lojas da rede. “Fico observando tudo: a comida que demora, a fila que não anda, a apresentação da embalagem ruim. Se nossa fila anda, por que as outras não andam? Às vezes chamo o gerente e alerto que assim ele vai perder o cliente, sem usar um tom de reclamação.”

Em sua sala, na sede de Porto Alegre, Galló tem monitores que mostram imagens de todas as 261 lojas. Já aconteceu de telefonar para chamar a atenção de um funcionário relapso, a milhares de quilômetros. “Gosto de ver a vida como ela é”, diz, sobre as visitas de surpresa às lojas. “Mas as câmeras são normais, fazem parte do sistema de segurança.”

No cafezinho, Galló aproveita para perguntar se a repórter e a fotógrafa conhecem as coleções da Renner, se frequentam as lojas, sem têm o cartão de crédito da rede. Está trabalhando. “Como a mulher é target da Renner, então temos que conhecê­-la. Por exemplo, não mandamos o extrato do cartão para a casa da cliente, que o recebe na loja, coloca na bolsa e administra. Assim o marido não vai perguntar por que ela comprou isto ou aquilo.” As mulheres na mesa riem quando ele diz conhecer outros artifícios femininos, como deixar as sacolas com compras no porta-malas do carro ou jurar para o marido que o vestido novo é antigo. “E ainda dizem: você é um péssimo observador!”
Mas Galló observa tudo, inclusive que as duas horas, cravadas para o almoço, estão terminando. Despede-­se, novamente recomendando visitas às lojas Renner, e não chama o gerente do restaurante para dar algum aconselhamento. Mesmo improvisado, o serviço deve ter agradado.

Fonte: http://www.sbvc.com.br/

Franquias que ignorarem tecnologia vão morrer, diz CEO da IFA

Stephen J. Caldeira, CEO da IFA, acredita que foco na excelência ajuda marcas a saírem da crise


O mercado de franquias americano cresce acima da economia dos Estados Unidos há, pelo menos, cinco anos. Em 2015, a expectativa é aumentar 5,2% - contra 3,4% do PIB - e chegar a US$ 521 bilhões.

A exemplo do que acontece no Brasil, as marcas americanas enfrentam desafios e se renovam para conquistar o consumidor mais conectado e multicanal. " Todas as franquias precisarão ficar atualizadas com o uso da tecnologia para chegar aos consumidores ou não irão sobreviver e ponto final", diz Stephen J. Caldeira, CEO da International Franchise Association (IFA).

Durante visita ao Brasil para participar da 6° edição do Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios, Caldeira falou com exclusividade a Pequenas Empresas e Grandes Negócios sobre como superar a crise e conquistar o novo consumidor. Confira os melhores momentos da entrevista abaixo:

Como você enxerga o mercado de franquias nos próximos 10 anos?

É difícil prever como a indústria de franquia estará em 10 anos. Mas nós sabemos que se as barreiras regulatórias forem continuarem iguais e o modelo de franquia atual se mantiver, as franquias nos Estados Unidos continuarão na tendência de crescimento, que vai além do crescimento econômico do país nos últimos cinco anos. Nós esperamos ver esse crescimento continuar com o surgimento de novos formatos que se adaptem às demandas dos consumidores.

O Brasil passa por um momento delicado, de crise política e econômica. Como as franquias podem passar por isso sem prejuízos?

O mais importante é que as franqueadoras e seus franqueados foquem na excelência operacional, na inovação com novos produtos e serviços, aumentando a eficiência da cadeia e também os lucros. Acima de tudo, é preciso oferecer um serviço extraordinário aos consumidores. Foi assim que o mercado passou para grande recessão de 2007 e o Brasil pode tirar algumas lições disso. Além disso, um dos benefícios de muitos franqueadores é ter expansão internacional, o que distribui melhor os riscos de manter os negócios em um único mercado. Nos últimos anos, a IFA tem visto um aumento do número de franqueadores brasileiros que estão indo a eventos e explorando o mercado norte-americano.

O consumidor está cada vez mais multicanal, pesquisando online antes de comprar no ponto de venda. O que as franquias devem fazer para lidar com isso?

Estamos ajudando nossos membros a usar novas tecnologias de comunicação e marketing digital para alcançar com êxito os consumidores, bem como para recrutar potenciais franqueados. A tecnologia também está nos permitindo fornecer mais informações diretamente para os potenciais franqueados para ajudá-los a entender melhor o modelo de franquias e determinar se o franchising é o ideal para eles. Todas as franquias precisarão ficar atualizadas com o uso da tecnologia para chegar aos consumidores ou não irão sobreviver e ponto final.

Como você enxerga o mercado de franquias brasileiro?

Os franqueadores brasileiros constituem um dos maiores e mais diverso grupo de marcas franqueadoras que já surgiu em qualquer país. Essas empresas já demonstraram sucesso em um país grande e diversificado, o que representa bem o potencial de crescer fora das fronteiras brasileiras. Nós estamos felizes em dar as boas-vindas a mais empresas do Brasil no mercado americano.


Fonte: http://revistapegn.globo.com/

Latam Retail Show - 25/08/15

Em continuação, compartilho aqui alguns momentos dos Fóruns/Paletras que pude acompanhar:

Dia 25/08/15


Palestra: Crises, dilemas e aprendizados

Abílio Diniz / Presidente do Conselho de Administração da BRF e membro do Conselho de Administração do Carrefour

Destacou o impacto na economia chinesa. Momento onde o consumidor não quer comprar.
Na década de 90 o Pão de Açúcar parecia estar desaparecendo, mencionou também que o impacto de sua saída do Pão de Açúcar após 50 anos, porém com a visão que a empresa era um negócio que não podia parar. Saiu para BRF e logo em seguida uma atuação forte no Carrefour.
O que estamos vivendo agora não é nem se longe o pior momento histórico, destaca como pior crise a década de 80. Em 89/90 com o fim do período militar, ainda havia o impacto da inflação.
O que temos hoje é um resultado de crise não só Econômica como também Política.
Somente união do povo Brasileiro será possível uma mudança!

Crise:
·         Aprendizado
·         Espírito de sobrevivência
·         Olhar a crise como um todo (visão macro)
·         Não reclame ou culpe da crise
·         Não culpe os outros (olhe pro espelho e não pra janela)
·         Saiba antecipar para sair mais forte
·         Saída crise com planos
·         Não tome decisões a noite ou antes do tempo - pondere sobre tudo
·         Em chinês Crise significa perigo e oportunidade

O Brasil é mais forte que suas crises e seus governantes!!!!

Destacou que até junho o Carrefour cresceu 6%

Perguntas:
Cátia Simões do Valor Econômico
Qual a visão sobre MPE na crise?
Resp.: Não é porque é pequeno que você esteja descapitalizado, você pode estar bem preparado, todos devem ter uma boa gestão.

Fernanda de lá Rosa - Frecomercio
Projeções mostram retomada em 2016, qual o momento que isso poderá ocorrer?
Resp.; Não tenho como prever, mas há indicações, pois a crise é muito mais política, impactando na confiança da população. Somente com investimento podermos crescer!

Artur da Gouveia de Souza
O que falta pro meio público fazer acontecer?
Precisamos parar de criticar os governantes, claro que a corrupção deve ser atacada, mas isso não é exclusividade nossa, a exemplo da china. Paciência e olhar o que nós podemos fazer para ajudar, até porque quem elegeu os governantes fomos nós.

Paula do Iguatemi
Na crise a varias ações diferentes, qual a povoação sobre inovação ou não na crise?
Resp.: Minha atuação com grupo de investimentos mostra que há uma extrema cautela, porém há um olhar sobreinovação tendo como base o que está acontecendo no mundo e não ao redor.
Cópia também permite inovar, cabe cada um avaliar o risco de quanto podemos inovar sem copiar.

Hugo
Qual o caminho da união de toda a cadeia em busca da governabilidade?
Resp.: Sou apenas um empresário "vendedor de frango", mas com a voz que adquiri vou continuar falando que precisamos nos unir. O pensamento deve ser coletivo, mas temos que investir, gerar emprego e administrar bem a empresa é que vai contribuir para o pais, mas o pais de forma geral deve ser mais produtivo. Isso se da com investimento, gestão e capacitação.
Estamos preocupados e capacitar, todos sabem o que deve ser feito e qual a melhor forma?
Se isso for feito o salto será mais alto, temos de ser competitivos.


Palestra
Fernando Henrique Cardoso / Ex-presidente da República
A época da inflação era mais prejudicial ao pobre, pois este não podia guardar e a empresas também, pela dificuldade de executa planos de negócio. A vinda do Real foi para colocar em ordem as contas em especial as públicas.
Ainda em 90 a economia era muito fechada, onde quando era necessário um produto de fora o mesmo era criado aqui no Brasil.
Quando ministro da fazenda sofreu pressões em voltar a fechar a economia. Havia uma idéia de criação de monopólios, sendo preciso mudar essa mentalidade, pois trava-se de criar condições pro Brasil atuar de forma global. Assim o Brasil teve um crescimento no comércio devido a flexibilidade de atuação com demais países.
Ainda tínhamos o pensamento que o crescimento do Brasil era tido somente pelo mercado interno. A globalização trouxe maior competitividade e maior exigência por padrões de qualidade.
Foi criada então maior organização, com metas, porém não havia estrutura. Em 88 criou-se o SUS, onde ainda é perceptível que há ainda de se melhorar. Houve também uma sustentação para o crescimento do salário mínimo.

Já em 2008 houve uma instabilidade da economia, havia a atuação no Brasil em manter o credito.
O saga mundial hoje é por inovações  tecnologias, onde se destaca o sistema americano que possui liberdade, transmitindo informação criada com relações privadas ou governamentais.

Nessa ocasião havia uma redução na pobreza, e foi quando se começou a ter uma preocupação com o meio ambiente, mas no Brasil não houve foco nesse assunto.

Na parte de energia não houve atuação em tecnologias de uso de baixo carbono, sem investimentos no etanol ou mesmo energia eólica e sim uma aposta no pré-sal, fonte de energia altamente poluente.

Aqui tínhamos um uso muito forte do BNDES com um uso alto de crédito. A idéia era sempre de atender demandas com aumento de imposto, mas nos últimos 5 ou 6 anos os gastos do governo foram maiores que a receita gerada pelos impostos.
O que ocorre hoje são situações como o governo não ter dinheiro para pagar salários.
O "pacto" com a sociedade deverá ser renegociado, gerando mais dinheiro ou reduzindo os gastos.

Temos que ter um horizonte, deve haver mudanças!

Problemas políticos:

Sem alianças não se governa, porém em determinado momento essas alianças formaram o "mensalão". Devemos ter um VALOR, mesmo que sempre há interesses.
Hoje temos organizações que colhem voto e não há uma representação da massa, somente interesses pontuais. Mas com as redes sociais e a tecnologia podemos mobilizar grandes volumes de pessoas, mas não há uma ligação clara dessa comunicação com os poderes do governo.

Ver oportunidades e atuar com investimento baseado em confiança. Não estamos em um "beco sem saída".


Marcos Gouvê de Souza / Diretor Geral GS&MD  
Quando anunciam seu nome todos aplaudem de pé, isso seria um respeito ou um volta?
Resp.: Isso é apenas um sinal de respeito, mas hoje o governo precisa de liderança, independente do nome dessa liderança.

Guilherme Loureiro / Presidente do Walmart
Os partidos devem ser contra ou a favor do governo?
Resp.: Deve haver coerência com voto no que se acredita.

Flávio Rocha / Presidente da Riachuelo
Com o aumento do gasto público e com um aparato que não cabe no PIB qual o papel do estado?
Resp.: O gasto não pode se expandir mais rápido que o crescimento do PIB, caso contrario temos a situação atual em que o governo é intimidado. Hoje temos um inchaço na máquina, o tamanho do estado tem que variar conforme a situação da população.

Manuel Corrêa / CEO da Telha Norte
Em seu livro A soma e o resto, você explica que temos que ter varotes e princípios, mas com flexibilidade e tolerância, como isso se reflete para o futuro?
Resp.: Por exemplo em programas de saneamento devemos ter ações que convençam a população. Devemos ter regras mas ser flexíveis.

Marcos Gouvê de Souza / Diretor Geral GS&MD
1 - Qual sua visão sobre novas lideranças políticas em relação ao momento?
Resp.: O Brasil cresceu, os talentos foram pro mercado, e houve uma inclusão de indivíduos sem preparo na vida pública. O momento é que pessoas que não possuem vida polícia também falem com suas idéias e conhecimentos. Dever haver uma regeneração da política, com a voz de todos.

2 - Na apresentação do Abílio foi feita a pergunta de como unir o país, e ele disse que o Fernando Henrique Cardoso poderia responder?
Resp.: Deve haver uma voz com força institucional. O arranjo político atual não está satisfazendo o país.

Os próximos meses devem ser muito difíceis na política, mas na economia há ciclos e com certeza será retomada.

Latam Retail Show - 24/08/15

Estive presente durante todo o evento e compartilho aqui alguns momentos dos Fóruns que pude acompanhar.

Dia 24/08/15

Debate:  Papel do Varejo no Desenvolvimento do País


Como investir mais?

Flávio Rocha / Presidente da Riachuelo - coluna central dos canais é a loja física. Maior eficiência em vendas online quando há presença de lojas físicas nas proximidades

Guilherme Loureiro / Presidente do Walmart - cominação loja física e online, flexibilidade em comprar e retirar na loja ou receber em casa.
15 milhões de visitas no site, onde 30% dos clientes que compram online e vão buscar na loja física tendem a aumentar a venda da loja.

Artur Grynbaum / CEO do Grupo Boticário - operação direta com franqueados locais, Integração dos canais, criação de relacionamento com direcionamento do cliente

Luiza Helena / Presidente da Magazine Luiza - em 91 já criou uma loja eletrônica, sempre temos que apostar em algo!
Devemos ter entrosamento onde o cliente é um só!
Em 3 anos a empresa tem de ser totalmente digital

Manuel Corrêa / CEO da Telha Norte - interação com o cliente, muito mais que u aspecto transacional. Integracao


Como atuar com equipe e manter o engajamento?

Luiza Helena / Presidente da Magazine Luiza - fazer mais com menos, foco em produtividade, foco em vendas. Hoje temos 23.000 funcionários e todos são vendedores.


Como conseguir recursos em um período de diminuição de oferta de crédito?

Luiza Helena / Presidente da Magazine Luiza – mantemos uma revisão trimestral orçamento. Destaco ainda uma alta burocracia para recursos do governo, devemos ser protagonistas em destravar a economia.

Marcilio Pousada / Presidente da Raia Drogasil - vender em 10x é, em muitos casos inviável, o consumidor deve ter credito direto e não ser oferecido pelo varejista.

Manuel Corrêa / CEO da Telha Norte - baixar parcela sem juros, operação de crédito com financeira, onde o consumidor toma o crédito.

Flávio Rocha / Presidente da Riachuelo - em crise uma atenção redobrada nas taxas. Temos hoje um Private Label com 26 milhões sendo tombados para Visa e Master.


Inovação - melhor experiência de consumo - fidelização / como cariar?

Luiza Helena / Presidente da Magazine Luiza - atendimento com inovação.
Ouvir reclamações e solucionar problemas de forma pontual com um canal direto com o cliente.
Só ouvimos o que não o queremos ouvir quando temos um canal indireto e transparente. Estar sempre atentos e encantar sempre.

Artur Grynbaum / CEO do Grupo Boticário – precisamos saber se o funcionário está satisfeito, pois isso já mostra a experiência que o cliente terá.


Qual da diferença da crise atual das demais?

Marcos Gouvê de Souza / Diretor Geral GS&MD - nossas equipes não possuem experiência em trabalhar sobre pressão, pois até então nos últimos anos, o foco era de crescimento.
Devemos ter foco na venda de forma a fazer sempre melhor!
Somos um pais mais maduro!


Guilherme Loureiro / Presidente do Walmart - na turbulência é que se vê quem faz a diferença e hoje o Brasil possui uma liderança com grande diferencial.

Walmart deve inaugurar cinco lojas no Nordeste

Segundo Guilherme Loureiro, presidente da rede, serão abertos cinco hipermercados da bandeira Todo Dia, com foco em preço baixo. Saiba mais nesta entrevista

O ano passado foi de reestruturações para o Walmart. A rede freou investimentos em expansão e terminou 2014 com as mesmas 544 unidades de 2013. Registrou queda real de 2,1% no faturamento bruto, que alcançou R$ 29,6 bilhões. Mas o ano passado também foi marcado por iniciativas que visavam ganhos em produtividade e redução de custos. Agora, com a lição de casa já encaminhada, a rede volta investir em abertura de lojas. O foco principal é o Nordeste, onde já abriu um hipermercado neste ano e pretende inaugurar mais cinco com a marca Todo Dia. A informação foi dada por Guilherme Loureiro, presidente da companhia no Brasil, ontem (24/8), durante o evento Latam Retail Show, promovido pela consultoria GS&MD, em São Paulo. Segundo Loureiro, a bandeira Todo Dia de hipermercados é dirigida principalmente ao público das classes C, D e E e estará localizada em bairros distantes dos grandes centros. O formato prioriza preços baixos, tem custo menor de operação e variedade de até 4.000 itens no sortimento. “É um modelo entre o ‘soft e hard discount’. Estamos felizes com os resultados da primeira filial até agora”, afirmou o executivo. “Precisamos vender mais barato e esse é um formato que permite isso.” Confira os principais trechos da entrevista.

Custos e integração de lojas

Há dois anos, passamos por um forte processo de redução de despesas no Brasil. Fizemos, por exemplo, a revisão de toda logística, cujo custo é muito alto. Também visando maior eficiência, iniciamos a integração de sistemas de tecnologia em todas as lojas do País. Já concluímos a tarefa no Sul. No Nordeste, integramos mais de 20 unidades e devemos finalizar o processo no segundo semestre do ano que vem.

Hipermercados

O formato sofre um pouco mais com a falta de dinheiro do consumidor. Ele vai a essas lojas se abastecer no início do mês, mas no final só tem recursos para fazer a reposição do básico. Por conta disso, o consumidor faz a compra picada no pequeno varejo, pois no grande ele pode cair na tentação de gastar mais.

Fechamento de lojas

Neste ano, não fechamos lojas. Mas isso acontece no varejo independente de crise. Afinal, não acertamos em tudo o que abrimos. A loja demora alguns anos para maturar e, por isso, de tempos em tempos, é preciso fazer uma revisão. Embora fechar uma filial não seja barato, é sempre melhor reconhecer o erro e voltar atrás. O que acontece é que, em um momento de crise, o varejo costuma fazer mais análises. Mas essas avaliações não podem se pautar na crise. A loja deve fechar porque não tem o público esperado.

Preço Baixo Todo Dia

O mercado brasileiro está aprendendo a trabalhar no conceito Preço Baixo Todo Dia. Por exemplo: quando um fornecedor acha que está vendendo pouco, faz uma promoção. Mas ele precisa desenhar essa ação para o nosso formato. Se ele não pensar no Walmart, vai fazer uma ação que só serve para os outros. Nos últimos três anos, começamos um trabalho forte de Preço Baixo Toda Dia para os fornecedores mais importantes entenderem como ele funciona e para saber como algumas dessas promoções podem ser aproveitadas dentro desse modelo.

Pressão dos fornecedores

Tem havido bastante pressão, o que é natural, pois os custos dos fornecedores são dolarizados. Quando o dólar aumenta, eles não conseguem segurar. Nosso papel é postergar o máximo possível os repasses e minimizar o impacto.

Natal

Alguns produtos já foram comprados em setembro e outubro do ano passado. Caso dos importados. O Natal é uma época de boas vendas, mas será preciso apostar nele com cuidado. Há produtos nacionais que ainda estamos avaliando como será o movimento. Mas não será um Natal fácil com o dólar atual.


Comércio online 

Em 2008, lançamos o comércio eletrônico no Brasil, mas chegamos à conclusão de que era necessário separar os negócios físicos e eletrônicos. Acreditamos que no futuro o consumidor utilizará os dois canais. Ele, às vezes, quer comprar na loja física e, em outro dia, prefere o online, recebendo o produto em casa. Mesmo na crise, o e-commerce cresce dois dígitos e vai continuar assim. No site do Walmart, recebemos 15 milhões de visitas por mês. Já sabemos que 30% dos clientes que vão às lojas físicas buscar os produtos que compraram pela internet acabam adquirindo outros itens na loja.

Fonte: http://www.sm.com.br/

Camisaria Colombo fecha acordo para fusão de US$ 330 milhões

Camisaria Colombo


A Garnero Group Acquisition Company (GGAC) e a rede de lojas de vestuário masculino Grupo Colombo anunciaram nesta quinta-feira acordo para fusão em uma transação avaliada em aproximadamente 330 milhões de dólares.

De acordo com o comunicado das empresas, a companhia combinada permanecerá listada na Nasdaq e será chamada Garnero Colombo.

Com sede em São Paulo, o Grupo Colombo é focado em roupas masculinas e tem mais de 400 lojas no país. A empresa teve receita líquida de 550 milhões de reais em 2014.

Após a conclusão da operação, os acionistas atuais do Grupo Colombo terão aproximadamente 25 por cento da companhia combinada.

Mario Garnero continuará sendo presidente executivo do Conselho da Garnero e Álvaro Jabur Jr, presidente-executivo do Grupo Colombo, será indicado como membro do conselho da companhia combinada, mantendo o cargo de presidente-executivo na nova empresa.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Criador das Casas Bahia foi o primeiro a apostar na classe C

Muito antes de consultorias sofisticadas transformarem a classe C na última palavra em termos de varejo e do Magazine Luiza despontar como o símbolo do poder de consumo da “nova classe média”, um imigrante polonês que sobreviveu ao Holocausto já havia descoberto as vantagens de vender para as classes populares: “A riqueza do pobre é o nome”, dizia ele. Seu nome era Samuel Klein, e com a sabedoria do comerciante que confia no freguês, independentemente de sua origem social, ele criou o maior império do varejo brasileiro: as Casas Bahia.

Judeu nascido em 1923 no vilarejo de Zaklikof, a 80 km da cidade de Lublin, na Polônia, Samuel teve que aprender a se virar desde muito cedo – e da pior forma possível. Aos 19 anos ele foi preso e mandado, junto com o pai, para o campo de concentração de Maidanek, em seu país natal.

Segundo suas próprias palavras, ele só sobreviveu porque era jovem e forte, e por isso foi mandado para um campo de trabalhos forçados, onde realizava serviços de carpintaria. Em 1944, Samuel conseguiu escapar do campo de concentração e fugiu para a Alemanha, onde começou a carreira de comerciante, vendendo cigarro e vodka para as tropas aliadas que ocuparam o país após a queda do nazismo.

Um polonês entre baianos

Na Alemanha, Samuel casou-se com sua esposa Ana e teve o primeiro filho, Michael. Diante de uma Europa destruída pela guerra, em 1951 a família decidiu tentar a sorte na América do Sul. Foram inicialmente para a Bolívia, mas chegaram ao país em plena revolução de 1952. Cansados de confrontos, os Klein partiram para o Brasil, finalmente se estabelecendo na cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista.

O imigrante polonês certamente se sentiu em casa em meio à multidão dos migrantes nordestinos que no começo dos anos 1950 chegavam à Grande São Paulo para trabalhar nas indústrias da região. Estes foram os primeiros clientes de Samuel, que comprou uma charrete e começou a vender roupas de cama, mesa e banho para os migrantes – principalmente baianos – que viviam na região. Empreendedor nato, Samuel logo juntou dinheiro e, em 1957, abriu sua própria loja, que batizou em homenagem aos seus primeiros clientes: Casa Bahia.

No negócio próprio, Samuel continuou a adotar uma prática que fez sua fama como mascate junto à clientela: a venda a prestação. Como os moradores da região eram basicamente trabalhadores pobres, que não tinham dinheiro para comprar as mercadorias à vista, Samuel descobriu, mais de quatro décadas antes do governo Lula, o segredo da economia popular de massas no Brasil: oferecer crédito para a classe C – conceito que sequer existia naquela época.

Foi assim que a pequena loja em São Caetano do Sul começou a crescer, atraindo cada vez mais clientes e diversificando a oferta de mercadorias. Se Klein começou vendendo roupa de cama, mesa e banho, logo começou a oferecer também móveis, colchões, eletrodomésticos e uma infinidade de outros itens para o lar.

No começo da década de 1960, São Caetano do Sul ficou pequena para Klein e, em 1964, o empresário começou a expansão do negócio abrindo filiais em São Paulo e na Baixada Santista. A fórmula do sucesso permaneceu a mesma: vender a quem precisa. “Pela minha experiência, posso dizer que quanto mais pobre uma pessoa, mais honesta ela é”, afirmou Samuel Klein em 2001.

Foi assim, apostando sempre no comércio popular, que ele criou seu império do varejo, que hoje conta com 650 lojas espalhadas por 18 estados do Brasil. Considerado um gestor centralizador, Klein permaneceu à frente do negócio por meio século, e mesmo depois de transferir a gestão do negócio para os filhos Michael e Saul continuou dando expediente na empresa até 2012, mesmo depois da fusão com o Ponto Frio, em 2010.

Samuel Klein morreu em 20 de novembro de 2014, aos 91 anos. Com apenas o curso primário completo, o empreendedor nato conseguiu o que muitos executivos que colecionam MBAs não foram capazes de fazer: criar a marca de varejo mais valiosa do Brasil de acordo com o ranking das Marcas Brasileiras Mais Valiosas, elaborado pela consultoria Interbrand.

Fonte: http://www.varejista.com.br/

LATAM Retail Show




Adotando o conceito One Stop Shopping, em uma única área, os participantes do LATAM Retail Show tiveram a oportunidade de experimentar por 4 dias ininterruptos conteúdos exclusivos dos 5 congressos cases de sucesso da GS&MD • Gouvêa de Souza:


  • 18º Fórum de Varejo da América Latina; 
  • 6º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios; 
  • 5º Fórum de Design no Varejo - Redesign;
  • 5º Fórum Internacional de Varejo Digital - Digitailing; 
  • 3º Retail Real Estate.



Realizado no Expo Center Norte, um dos mais importantes espaços de eventos do Brasil, mais de 15 mil profissionais do varejo latino-americano para a feira que mais reunir mais de 280 marcas. Além disso, um público altamente qualificados de cerca de 3 mil participantes acompanharão os cinco congressos com mais de 120 palestrantes nacionais e internacionais.

Exposição da Loja do Futuro, onde os visitantes tiveram uma experiência prática com novas soluções que já estão disponíveis:













Houve ainda momentos sensacionais nos Fóruns, alguns destaques:








terça-feira, 25 de agosto de 2015

RANKING IBEVAR 2015




Cerca de 200 executivos e especialistas do setor varejista prestigiaram o lançamento da 5ª edição do Ranking, que ocorreu na última terça-feira, 25 de Agosto, na Sala da Congregação da FEA-USP.


 Nesta edição, foi incluída uma análise inédita da PwC com base na sua pesquisa “Total Retail”, o Ranking de Eficiência das Empresas, que compara a produtividade quanto à faturamento, nº de funcionários e nº de lojas, e o Ranking Imagético, que identifica o posicionamento das empresas nas redes sociais.

As apresentações da noite seguiram a seguinte programação, que foi mediada pelo Vice-Presidente do IBEVAR, José Roberto Securato Junior.
 - Abertura pelos patrocinadores: Oracle e Grupo RAI;

- Comentário de Ricardo Neves, sócio da PwC para o setor de Varejo e Consumo, sobre a contribuição da Total Retail no Ranking IBEVAR 2015;

 - Apresentação de Enéas Pestana, o Patrono da edição 2015 e grande referência do varejo nacional, sobre perspectivas do varejo no difícil cenário atual. O especialista disse, entre outras coisas, que esta é a hora de garantir liquidez do caixa e de buscar eficiência para sair na frente quando a economia se recuperar;

- Fechamento e apresentação dos principais destaques do Ranking IBEVAR pelo Presidente do Instituto, o Prof. Dr. Claudio Felisoni de Angelo.

Todos os participantes do coquetel receberam um exemplar do resumo do Ranking, disponível no link: ibevar.org.br/ranking





Alguns destaques e frases....
Enéas Pestana, fundador da Consultoria Enéas Pestana & Associados:
  • O varejista que não é otimista muda de profissão 
  • Momento de busca por ganho de produtividade 
  • Fazer caixa para crescimento, olho na inovação, com o básico bem feito.
  • O mundo acredita muito no Brasil, e nós temos que acreditar

Ricardo Neves - Sócio da PWC no Varejo
  • Ainda temos que crescer na apuração de informações. O Total Retail é uma pesquisa feita em vários países. 4 pontos de destaque Evolução do papel da loja física Uso de dispositivo móveis (aumento de 82% no uso de celulares) 
  • Rede social e relação com varejistas e consumidores (77% que acompanha uma página disse que ela influenciou na compra) 
  • Mudança de geração - 81% tem uma influência maior na decisão de compra 
  • Entender como isso evoluir ao longo do tempo 

Cláudio Fellisoni:
  • Apresentações sucessivas das empresas marcada pela intensa competição, onde é descrito o comportamento das empresas 2014 Importância Eficiência