terça-feira, 31 de maio de 2016

Vendas no varejo caem 10,9%, no pior resultado desde 2007

Consumidor entrega cartão para vendedor em loja
As vendas no varejo registraram queda real de 10,9% em abril na comparação com o mesmo mês de 2015, de acordo com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).

A entidade, que reúne alguns dos maiores grupos varejistas do Brasil, aponta que este é o pior desempenho para o mês desde o início das medições, em 2007.

O instituto ponderou em nota que o resultado foi afetado pela deterioração do cenário macroeconômico, mas destacou que um efeito de calendário contribuiu para a queda.

As vendas de Páscoa foram contabilizadas em sua maior parte no mês de março este ano, enquanto elas haviam ocorrido em abril no ano passado.

A previsão é de continuidade do cenário de retração nas vendas de acordo com o Índice Antecedente de Vendas (IAV), medido pela entidade com base nas expectativas dos varejistas.

O indicador aponta para queda real de 7,7% em maio e de 6,5% em junho na comparação com iguais meses do ano anterior. Para julho, o setor acredita em alta de 0,5% nas vendas.

Em abril, o pior resultado foi o do setor de não duráveis, justamente o mais afetado pelo efeito de calendário. As vendas nesse segmento, que inclui supermercados, comida pronta e perfumaria, recuaram 12,4% em abril na comparação anual.

Para os próximos meses, a projeção do IDV é de queda de 10,5% em maio e 8,8% em junho. Já em julho há projeção de alta de 0,9%.

Para o setor de semiduráveis, que inclui itens de vestuário, a queda em abril foi de 5,6% ante mesmo mês de 2015 em termos reais. Os varejistas esperam novos recuos de 4,7% em maio, 3,3% em junho e 2,6% em julho.

No segmento de bens duráveis, a queda em abril foi de 11,9% em termos reais na comparação anual. A projeção para os próximos meses é de queda de 4,4% em maio e junho e de crescimento de 1,9% em julho.

O IDV representa 69 empresas varejistas de diferentes setores. Entre os associados estão grandes redes como Carrefour, Grupo Pão de Açúcar (GPA), Cia. Hering, Magazine Luiza, Renner e Riachuelo.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

O que aprendemos sobre varejo e moda visitando o maior polo têxtil do brasil

Com o desafio de conhecer melhor o mercado de Moda, eu e Bruno Veloso estivemos em Santa Catarina, maior polo da indústria têxtil brasileira. Passamos por Blumenau, Pomerode e Jaraguá do Sul para entender de perto como funciona este segmento e, especialmente, as estratégias de marketing digital de grandes marcas para trabalhar a retenção de clientes.
Fizemos aqui um compilado do que vimos de mais interessante em nossas visitas a empresas como Hering, Dudalina e Cativa. Foi uma viagem muito rica e espero aqui neste artigo compartilhar também um pouco da história e dos valores dessas marcas, pois acredito que isso seja o que realmente motiva um trabalho pensado na experiência do consumidor.
Ao final, listamos 3 lições de marketing muito importantes para marcas do mercado de Moda que pretendem otimizar suas estratégias de retenção de clientes. Não são receitas de bolo, mas já provamos os resultados dessas ações.

HERING
Não é todo dia que conhecemos uma empresa de 135 anos. Logo na entrada, há um museu contando como foi esta trajetória desde o início em 1880. Ali já vemos como a cultura da empresa é forte e este tipo de substância em conteúdo certamente incentiva um cuidado especial no relacionamento com os clientes.
A Hering é a maior rede de franquias de vestuário do Brasil, com um total de 840 lojas das marcas Hering, Hering Kids, PUC, Dzarm e Hering for You. Para uma empresa tão tradicional, é impressionante ver como a inovação está incorporada à rotina da equipe de marketing, que compreende a necessidade de conhecer a fundo seus consumidores online para se comunicar com cada pessoa de forma personalizada.

VIA BLUMENAU
Criada em 1994, a empresa cresceu a partir da venda porta a porta com catálogos. Nesse tipo de modelo, o atendimento dos representantes se mostrou um grande diferencial. Depois de 15 anos, com mais de 900 funcionários, a Viablu estreou seu ecommerce, com a missão de levar para o mundo virtual o mesmo contato personalizado com os consumidores.
Visitamos a matriz da fábrica no bairro Salto do Norte, em Blumenau, um espaço com mais de 20 mil m². Com um mix de mais de 1300 modelos de confecção, a empresa comercializa atualmente sete marcas: Via Blumenau, Maryon, Rafine, VBMen, Suave Fragrance, Nobress e Princess. Com públicos tão diversos, é interessante perceber que a ViaBlu já começa a se preparar para segmentar suas ações de marketing.

POSTHAUS
Quando chegamos à sede da empresa, no centro de Blumenau, não imaginamos o tamanho deste negócio. Mais de 100 profissionais que hoje ajudam a colocar no ar uma enorme vitrine virtual multimarcas, com faturamento milionário.
Chama a atenção como a PostHaus desenvolveu um aparato tecnológico próprio ao longo dos anos, com uma plataforma construída internamente, mas com a abertura para também contar com parceiros que possam agilizar a inovação.
Do ponto de vista da retenção, estão imbuídos da vontade de segmentar cada vez mais as ações de marketing, usando, além de informações de perfil e compras, dados de comportamento de navegação, de forma a captar os interesses de cada pessoa.

DUDALINA
Alta costura e moda de luxo. Já havia lido sobre esta marca e fiquei ainda mais impressionado ao conhecer a história do senhor Duda e da senhora Adelina, que tiveram 16 filhos e, ainda assim, conseguiram criar uma marca que hoje se tornou global.
A maior camisaria do país ainda não entrou no ecommerce, mas amplia a cada dia sua rede de lojas físicas, que já estão por todo o Brasil e ainda em países da América do Sul e da Europa. Apesar do tamanho, a Dudalina mantém um processo cuidadoso de confecção das camisas, o que torna cada produto único.

LIVE!
Com sede em Jaraguá do Sul, mais de 12 lojas espalhadas pelo Brasil e uma em Miami, a Live! mostra porque tem uma exclamação no nome. Diversas celebridades chancelam a marca, focada em moda fitness. O resultado disso são milhares de fãs que fazem parte do #teamlive nas redes sociais.
Conhecemos a estrutura da empresa, desde o maquinário da confecção até a estrutura comercial. Uma conversa com o CEO sobre retenção de clientes mostrou como a marca se preocupa em criar uma comunidade de consumidores promotores.
Com um investimento consistente no ecommerce, a Live! agora se prepara para dar mais um passo na melhoria do relacionamento com sua base de clientes, segmentando as ações de marketing e entendendo a jornada de compra on e offline.

CATIVA
Na viagem a Santa Catarina, tínhamos um lugar que não poderíamos deixar de visitar. A Cativa usa a plataforma de retenção da Dito há cerca de um ano e sempre temos orgulho de falar dos resultados que eles alcançam a partir da segmentação das campanhas de e-mail.
Conversamos sobre estratégias, roadmap e tivemos muitos feedbacks em relação à plataforma. É muito gratificante ver um cliente heavy user mostrar onde querem chegar e saber que fazemos parte dessa estratégia.
Depois de tanto tempo trabalhando juntos, foi interessante conhecer de perto uma empresa tão grande, fundada em 1988 em Pomerode e hoje com mais de 2000 funcionários.
Com sete marcas, entre elas Fido Dido, Habana, Gris, Bjoe e a própria Cativa. A empresa tem uma operação bem montada no ecommerce e distribui para mais de 14 mil pontos de venda no Brasil.

Por fim, para resumirmos o que aprendemos nesta viagem, listamos aqui algumas percepções e dicas sobre retenção de clientes neste mercado de Varejo de Moda. Sempre lembrando que essas boas práticas não funcionam como um manual de instruções que você pode seguir de forma cega. Teste, teste, teste, veja se faz sentido e depois continue testando.
1) Conheça a frequência de compras para definir o volume de emails que você envia aos seus clientes
Imagine que o cliente compra uma roupa hoje pela manhã. Aí você envia um email para ele na parte da tarde, com vários produtos. No dia seguinte, mais uma mensagem e assim por diante. O resultado: seu cliente se aborrece por estar recebendo muitos emails e acaba se descadastrando.
É muito importante conhecer a frequência média de compra dos clientes para planejar as campanhas de marketing. Se os consumidores compram uma vez a cada 30 dias, por que você vai enviar e-mails todos os dias? Em seguida, explicamos algumas alternativas para não bombardear seu cliente.
2) Entenda o perfil e o interesse dos seus consumidores e pare de mandar a mesma mensagem para todos
Vamos a outra situação: uma cliente entra na loja, navega por vários produtos na categoria Feminino Plus Size e depois vai embora. No dia seguinte, você dispara por email uma campanha para toda a sua base de cadastros e aquela cliente está no meio.
Ela recebe ofertas de calças, blusinhas, camisetas, vestidos e saias em fotos com modelos magrinhas, sem falar naqueles produtos para homens. Pronto! Você acaba de perder a oportunidade de reter a cliente. Ela não se interessa e, provavelmente, não vai mais abrir seus emails.
3) Envie aos seus clientes conteúdos interessantes ao invés de disparar só produtos para ele comprar
Moda é um ótimo assunto. Muita gente se preocupa em saber como combinar as roupas, conhecer as tendências e vestir os trajes certos para determinadas ocasiões. Por que não ajudar seus clientes mandando dicas interessantes por email?
Assim, você cria uma relação de engajamento com as pessoas e elas passam a enxergar sua loja não só como um lugar para se comprar roupas. Conteúdo de qualidade sobre Moda pode colocar sua marca em uma posição de autoridade, o que ajuda até na visibilidade, já que os clientes provavelmente vão compartilhar essas informações.

Fonte: E-commerce Brasil

Walmart amplia sistema de monitoramento para 100% da carne bovina vendida em todo o Brasil

Empresa lança também a carne mais sustentável Rebanho Xingu, resultado do projeto desenvolvido em parceria com a ONG The NatureConservancy (TNC) e com o frigorífico Marfrig. A iniciativa aumenta produtividade nas fazendas e conservação da floresta

A certeza de realizar a compra de uma carne de qualidade e produzida dentro de critérios socioambientais, como desmatamento e trabalho escravo, já é realidade para os clientes do Walmart Brasil. A empresa, que é a primeira e única varejista a monitorar 100% da carne vinda da Amazônia, anuncia hoje a ampliação do seu programa de monitoramento por satélite da carne bovina para todo o Brasil.“Desde o início do ano, monitoramos 100% das fazendas que fornecem carne aos frigoríficos com plantas na Amazônia. Depois dessa experiência bem sucedida, vamos expandir o nosso programa para todo o país”, anuncia Adriana Muratore, vice-presidente comercial e marketing do Walmart Brasil.Pioneiro no mercado varejista brasileiro, o Sistema de Monitoramento e Gestão de Risco da Carne Bovina do Walmart é fruto de cinco anos de trabalho e de um investimento superior a R$ 1 milhão. Tem como diferencial integrar em um mesmo sistema dados de satélite que mapeiam desmatamento, terras indígenas e unidades de conservação, além das informações de listas públicas de áreas embargadas e trabalho escravo. 

A ferramenta é proprietária, desenvolvida pela AgroTools.O sistema de monitoramento analisa os fornecedores indiretos do Walmart, ou seja, as fazendas que fornecem aos frigoríficos parceiros da varejista. Desde o final de 2015, todos os dados de fornecedores de carne bovina com plantas frigoríficas no bioma Amazônia estão inseridos na ferramenta. Isso representa mais de 75 mil fazendas que fornecem gado para cerca de 30 plantas frigoríficas pertencentes às empresas JBS, Marfrig, Boiforte e Masterboi.“Essas informações foram integradas ao nosso sistema de compra de carne, o que viabiliza a equipe comercial saber de forma rápida e precisa, antes de receber o pedido do frigorífico, se há algum risco ambiental ou social na compra de carne de determinada fazenda. 

Dependendo do risco identificado pelo sistema, como desmatamento ou trabalho escravo, o sistema bloqueia o pedido de compra e envia notificação para o fornecedor imediatamente. A empresa só volta a negociar com aquela fazenda após comprovação de que os problemas foram resolvidos”, detalha Adriana Muratore. Para cada nível de risco,há uma ação específica recomendada pelo sistema para ser tomada.De acordo com a executiva, além da gestão do risco por parte da empresa, o sistema promoveu mudanças positivas em toda a cadeia da pecuária bovina na Amazônia, particularmente em relação aos pequenos e médios frigoríficos. Com a utilização do sistema, essas empresas mudaram sua forma de trabalhar, incluindo como condição na compra de gado os critérios socioambientais que antes não faziam parte de sua rotina operacional.“De uma maneira didática, procuramos mostrar para a cadeia que é possível fazer diferente e ter uma pecuária mais sustentável”, afirma Muratore. “Com os aprendizados e ganhos alcançados com o sistema, a partir de agora, biomas de outras regiões do 

País, como o Cerrado e Mata Atlântica, serão monitorados.” A expectativa do Walmart Brasil é garantir que toda carne comercializada em suas lojas seja monitorada e tenha garantia de procedência até 2017.O Sistema de Monitoramento e Gestão de Risco faz parte da Plataforma Brasileira de Pecuária Mais Sustentável do Walmart Brasil, que contempla também ações que buscam o desenvolvimento da cadeia produtiva. Neste outro pilar, um projeto inovador desenvolvido em São Felix do Xingu, no Pará, liderado pela TNC (The NatureConservancy), Marfrig e Walmart, será responsável por levar aos hipermercados da rede uma carne mais sustentável e por entregar ao mercado um modelo de produção que associa mais produtividade no campo a maior conservação da floresta. 

O projeto “Carne mais sustentável: do Campo à Mesa” propõe o aumento da produtividade e o maior aproveitamento de pastagens degradadas sem a necessidade de desmatamento no município com o maior rebanho bovino do Brasil. Outro princípio fundamental é a inclusão de toda a cadeia de valor da carne nesse esforço – desde o pecuarista, passando pelo frigorífico até o varejista -,de forma a garantir que o processo seja viável ambientalmente, socialmente e economicamente. A carne mais sustentável Rebanho Xingu chega em junho às lojas de Brasília. Consumo conscienteO pioneirismo do Walmart nos programas de monitoramento de alimentos passa a ter destaque também nas comunicações em loja e ações de marketing da empresa, como a sinalização da carne monitorada nos pontos de vendas e nos tabloides de produtos e preços.Além disso,com o objetivo de fomentar uma mudança de hábito de consumo, o Walmart Brasil lança nas redes sociais uma campanha para convocar seus seguidores e clientes a fazer a sua parte e apoiar a compra consciente de alimentos e produtos com hashtag #eucomproconsciente.Além da “Plataforma de Pecuária Sustentável”, a hashtag #eucomproconsciente será usada para convidar o público a conhecer outros projetos sustentáveis do Walmart Brasil como o “Clube dos Produtores”, que incentiva a produção da agricultura familiar, o “Sustentabilidade de Ponta a Ponta”, que desafia os principais fornecedores do Walmart a rever seus processos de produção e desenvolvimento de embalagens para reduzir seu impacto ambiental, e o Programa de Monitoramento de Pescados, que contribui para a preservação da biodiversidade em ambientes aquáticos.Histórico – Desde 2009, o Walmart vem desenvolvendo diversas iniciativas com foco na pecuária sustentável. 


A empresa também tem atuação ativa nos principais fóruns de discussão sobre o setor no país, com o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), que envolve bancos, frigoríficos e varejistas.  A rede também é signatária do Pacto pela Erradicação do Trabalho Escravo, do Ministério do Trabalho e OIT, desenvolvendo ações de conscientização dos fornecedores e aplicando sanções quando necessário.A companhia estabeleceu, em outubro 2010, a meta global de garantir, a partir de 2015, que a carne bovina comprada do Brasil, por todas as operações do Walmart no mundo, não contribua em sua origem com o desmatamento do bioma Amazônia. 

A operação brasileira é a responsável pela liderança desta meta dentro da companhia, e, para isso, criou em 2011 a Plataforma Brasileira de Pecuária mais Sustentável, que possui quatro pilares: Desenvolvimento da Cadeia Produtiva,Gestão de Riscos, Relacionamento com Stakeholders e Gestão do conhecimento.

Fonte: http://www.walmartbrasil.com.br/noticias

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Número de empresas inadimplentes sobe 14% em abril

O número de pessoas jurídicas inadimplentes aumentou 14% em abril, na comparação com igual mês do ano passado, quando consideradas quatro regiões brasileiras, de acordo com estimativa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A região Sudeste não foi considerada devido à lei que dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas em São Paulo.

O setor que detém a maior parte das dívidas é o de serviços, o que inclui bancos. O avanço do número de empresas listadas nos cadastros de devedores de pessoas jurídicas acelera desde janeiro de 2015, mas, em março deste ano, começou a mostrar moderação, embora a taxa de crescimento, tanto das dívidas quanto do número de empresas, ainda seja elevada.

O Nordeste lidera crescimento no número de endividados entre as quatro regiões analisadas. Ali, a inadimplência cresceu 15,58%. A região concentra um quinto do total de empresas negativadas.

No Centro Oeste, a inadimplência de pessoas jurídicas também registrou forte avanço, crescendo 14,61% na comparação entre abril e o mesmo mês do ano anterior. As regiões Norte e Sul apresentaram variações menores do número de devedores mas, ainda assim, os números são expressivos: 13,55% e 11,89%, respectivamente.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o crescimento dessas taxas em apenas um ano demonstra o quanto o aprofundamento da recessão afetou as empresas. “Ao longo do ano passado, a economia brasileira deteriorou-se rapidamente e afetou a renda das famílias e o faturamento das empresas”, afirmou, em nota.

http://www.valor.com.br

Uma revolução começou nas nossas roupas — e cada peça conta

Calça jeans no varal
Altas são as chances de você estar usando pelo menos uma peça de roupa ou acessório feitos de algodão no momento em que lê esta matéria. Seu armário, provavelmente, tem exemplares de sobra, não? Fibra natural mais popular do mundo, o algodão é indispensável para a indústria do vestuário e economias de muitos países. No entanto, o seu impacto ambiental e social é enorme, mas isso não vem descrito nas etiquetas.

Para dimensionar esse mercado – e seu passivo – vamos aos números. A cada ano, estima-se que 80 bilhões de novas peças de roupas são produzidas, 400% a mais que duas décadas atrás, e 35% disso tudo é feito de algodão. Atualmente, a produção de algodão é estimada em 26 milhões de toneladas por ano e tem o Brasil como o quinto maior produtor, atrás do Paquistão, Estados Unidos, Índia e China (também são grandes as chances de você estar usando um “made in china”).

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Seu comércio movimenta cifras poderosas — US$ 23 bilhões por ano. Em média, 75% de todo algodão vai para a fabricação de roupas, 18% para fabricação de mobiliário doméstico e 7% para outros produtos industriais. Por tudo isso, e uma história de mais de sete mil anos, a indústria americana costuma dizer que o algodão é o “tecido de nossas vidas”.

Mas, por mais agradável e macio que seja o toque do algodão, uma variedade de fatores mancham seu tecido, gerando um passivo que as empresas e os consumidores precisam enfrentar.

O que não vem escrito na etiqueta da roupa

Apesar de ocupar apenas 2,5% da terra cultivada no mundo, a produção de algodão responde por cerca de assombrosos 25% do consumo mundial de inseticidas. Se a relação parece absurda é porque ela é mesmo. Os abusos químicos historicamente associados à produção algodoeira devem-se especialmente ao fato do cultivo ser voltado, na maior parte, para a fabricação de produtos não alimentícios, além de ser altamente sensível às doenças e pragas.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Herdeiros das Pernambucanas obtêm liminar


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, em caráter liminar, que a empresária Anita Harley, maior acionista individual da varejista Pernambucanas, passe a depositar em juízo os dividendos da companhia a partir de agora. A decisão foi uma vitória para os nove sobrinhos da empresária, que disputam a posse de 25% das ações da companhia desde o início da década de 1990.


Fonte: http://www.valor.com.br/

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Vendas diretas têm queda de 2,7% no primeiro trimestre no Brasil

As vendas por catálogo movimentaram R$ 9,11 bilhões no primeiro trimestre, retração de 2,7% em comparação com igual período de 2014, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas (Abved). O cálculo não considera a inflação de 2,62% de janeiro a março, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).

A quantidade de revendedores diretos — profissionais autônomos atuantes no setor — aumentou 1,18% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, para 4,4 milhões no país. Segundo Roberta Kuruzu, diretora-executiva da Abeved, o aumento no número de vendedores no setor reforça a importância da venda direta como alternativa para empreender, pois necessita de baixo investimento de capital e tem baixo risco.

“Apesar das incertezas em relação à situação macroeconômica, o volume de negócios no setor teve uma queda pequena nesse primeiro trimestre, o que representa um sinal positivo e reforça a importância das vendas diretas não apenas como renda complementar como até mesmo principal fonte de receita para as famílias brasileiras”, afirma Roberta.

Fonte: http://www.valor.com.br/

Como uma empresa de tecnologia quer mudar o setor de sapatos?


Sapati (Foto: Divulgação)
SetaDigital desenvolveu um sistema RFID para que cliente entre na loja e compre seus sapatos sem falar com atendentes

A paranaense SetaDigital é uma empresa de informática, especializada no desenvolvimento de sistemas de gestão. Há pouco mais de uma semana, ela chamou a atenção de seus clientes e da população da cidade de Cascavel ao anunciar uma loja de sapatos. Mas não uma loja qualquer. No lugar de vendedores, tecnologia por todos os cantos, como tablets, totens e sensores de identificação por radiofrequência (do inglês, RFID). O conjunto de equipamentos tem uma razão: o consumidor entra, escolhe o produto, paga e vai embora sem precisar interagir com ninguém.

Chamada de Sapati, a loja é um laboratório onde a SetaDigital testa seu modelo de varejo de sapatos totalmente automatizado. O conceito demorou dois anos para ficar pronto e exigiu investimentos na casa dos R$ 2 milhões. Parte do dinheiro foi para a pesquisa com o RFID – uma tecnologia que utiliza etiquetas com chips de silício, coladas individualmente em cada produto, capazes de interagir com outros aparelhos à distância, via ondas de rádio. Esse sistema possui um potencial muito grande para qualquer setor produtivo, pois permite que varejo e indústria estejam em comunicação constante sobre a situação dos seus estoques. O conceito, vale dizer, não é novo no varejo. No Brasil, lojas da Memove usam um sistema similar.

Uma das vantagens do uso do RFID é acompanhar em tempo real a necessidade de estoque, sem contagem manual. Quando um determinado modelo vende muito, o sistema já identifica a necessidade de mais unidades e comunica a cadeia. Assim, distribuidora, fábrica de sapatos e indústria de insumos são avisadas instantaneamente, agilizando a reposição. Muitos setores da economia já tentaram aplicar essa técnica na cadeia de produção, mas apenas alguns, como o de alimentos e automóveis, conseguiram sucesso. Um dos entraves principais é que toda a cadeia do setor precisa adotar a tecnologia, do produtor de insumos ao varejista.

Segundo Vanderlei Kichel, diretor-executivo e dono da SetaDigital, este problema também empaca a adoção da tecnologia no setor de calçados. Por um lado, indústrias e distribuidoras esperam que a lojas tenham os equipamentos para investir. De outro, as sapatarias querem que as etiqueta venham coladas nos sapatos de fábrica. “Nós tentamos montar um modelo que já permitisse ao dono da loja investir no RFID e ter lucro, mesmo que a fábrica não mande os sapatos com a etiqueta”, diz Kichel.

Para convencer os lojistas, Kichel diz que, adotando a tecnologia e arcando com o custo das etiquetas, as lojas conseguiriam uma redução significativa nos custos operacionais. “Com o nosso modelo, temos um atendimento completo com quase nenhuma interação humana”, explica. A ideia é que o cliente faça todo o processo sozinho. Por isso, os sapatos são divididos por numeração. Ele pode escolher um modelo, prová-lo e depois, se quiser comprar o produto, terá apenas que encostá-lo em um totem de atendimento. O totem reconhece a etiqueta com RFID, entrega para o cliente um cartão com as informações da compra e, em seguida, avisa o estoque qual é o sapato escolhido. “Nesse cartão, o cliente pode adicionar outros calçados e, depois que escolher todos, precisa apenas ir até o caixa, entregar o cartão, pagar a compra e retirar os produtos no pacote”, explica.

Kichel conta que, com um investimento de R$ 50 mil reais, uma loja com faturamento médio de R$ 200 mil e ticket médio de R$ 150, consegue ter toda a tecnologia que existe na Sapati, e ainda é capaz de reaver esse dinheiro em seis meses. “Com esse faturamento e ticket médio, a loja vende 1.333 pares por mês. Para cada par, é preciso uma etiqueta, e elas custam R$ 0,22 cada uma — conseguimos esse preço com uma empresa brasileira que fabrica na China. Isso resulta em um gasto de R$ 293. Uma loja desse porte possui, em média, 12% de custo com funcionários, ou seja, R$ 24 mil. O nosso modelo permite reduzir a equipe pela metade, o que resulta em uma economia de R$ 12 mil. Por isso, o retorno é rápido e lucrativo”, explica.

A SetaDigital vende os equipamentos demonstrados na Sapati e, no preço de R$ 50 mil, inclui  o redesenho da loja e o suporte técnico. Outro gasto que o cliente teria são os R$ 600 mensais, referentes à mensalidade do software de gestão que vem instalado nos aparelhos. O programa foi desenvolvido segundo padrões abertos e internacionais de RFID, o que permite a interação com outros softwares que não sejam da SetaDigital.

Apesar do avanço e da redução de custos que a tecnologia promete, ainda há um problema. A indústria calçadista não abraçou a ideia, o que significa que o dono da loja deve colar manualmente uma etiqueta RFID em cada produto e apostar que a tecnologia vingue em algum momento. O empreendedor acredita que, com o aumento no número de lojas usando as etiquetas, o setor industrial terá mais incentivos para produzir os sapatos com RFID. “Nós discutimos a automação logística com o RFID há dez anos. Essa tecnologia é o futuro e não a realidade. Muito por ainda ser uma tecnologia cara. Temos um cálculo que indica ser preciso um adicional de R$ 0,50 por par de sapatos para usar a etiqueta. Em uma empresa que faz cinco milhões de pares, isso dá R$ 2,5 milhões, o que é uma fatia grande do orçamento”, explica Igor Hoelscher, assessor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Hoelscher ressalta a operação adicional que existe quando o proprietário da loja decide colar as etiquetas uma a uma. “Alguns lojistas fazem isso com o código de barras, mas não é recomendado. A indústria é quem deve enviar as informações codificadas sobre as características do modelo, até porque isso torna o processo mais rápido. Temos na Abicalçados o exemplo de uma empresa que, por fazer essa operação, leva dez dias para distribuir seus produtos. Já imaginou o prejuízo de ficar dez dias sem expor os sapatos?”, diz. Segundo Kichel, a empresa está trabalhando para resolver o problema. “Tenho conversado também com as indústrias para saber se elas podem trabalhar com RFID. Duas já nos disseram que estão prontas para isso: a Via Marte e a Bibi Calçados”, afirma.

Fonte: http://revistapegn.globo.com/

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Lojas Renner terá subsidiária no Uruguai

Renner

O Conselho de Administração da Lojas Renner aprovou a constituição de uma subsidiária no Uruguai, operação que terá início com a abertura de duas lojas no segundo semestre de 2017 em Montevidéu.

"O interesse pelo Uruguai justifica-se pelo elevado PIB per capita e pelas similaridades com a região Sul do Brasil, onde está localizada a sede administrativa e um dos centros de distribuição da Lojas Renner", disse a empresa em ata de reunião divulgada nesta quinta-feira.

O Conselho da varejista também aprovou a revisão da meta do número de lojas previstas no Brasil de 408 para 450 em 2021.

Segundo a Renner, a mudança visa capturar potenciais oportunidades geradas pela consolidação do mercado de varejo de moda no país.

Fonte:  http://exame.abril.com.br/

Via Varejo e Cnova integram operações

A Via Varejo, formada pelas redes Casas Bahia e Ponto Frio, e Cnova, braço de comércio eletrônico do Casino, avançaram em acordo para a integração das operações no Brasil. Após oito meses de análises para se chegar ao modelo anunciado ontem, com a combinação dos negócios, a Cnova Brasil será uma subsidiária integral da Via Varejo, que por sua vez pagará à controladora da Cnova Brasil, a Cnova NV, valor a ser definido entre US$ 32 milhões e US$ 49 milhões. Ainda fica obrigada a pagamento antecipado de US$ 127 milhões, referente à dívida da Cnova Brasil, totalizando, portanto, até US$ 176 milhões.


Fonte: http://www.valor.com.br/

Saraiva reverte prejuízo e tem lucro no trimestre

A Saraiva Livreiros Editores reverteu prejuízo de R$ 9 milhões e registrou lucro líquido de R$ 266 mil no primeiro trimestre deste ano. A receita líquida da companhia subiu 1,2% de janeiro a março, para R$ 504,7 milhões, na comparação anual.

Segundo a Saraiva, o desempenho das vendas foi beneficiado pelo crescimento de 3,3% na receita bruta total do varejo no primeiro trimestre, com destaque para a performance no e-commerce, com aumento de 10%, mesmo em um cenário de forte retração econômica.

As vendas em mesmas lojas, ou seja, em unidades abertas há mais de 12 meses, mostraram crescimento de 1,1% no primeiro trimestre. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) avançou 75,9%, para R$ 19,7 milhões.

A companhia destacou ainda aumento de participação de mercado em 3,9 pontos percentuais no negócio de livros, para 28,7%, segundo dados da consultoria GFK. “Dentro do nosso plano de racionalização de recursos e investimentos seletivos, uma estratégia importante é a troca de ativos com baixa expectativa de geração de valor por investimentos com boas perspectivas de retorno”, destacou a companhia em seu balanço. Em relação ao primeiro trimestre de 2015, a companhia reduziu em 3,5% a quantidade de lojas abertas, de 115 para 111 unidades.

Fonte: http://www.valor.com.br/

Farma: Grandes Redes Faturam R$ 9 Bilhões No 1º Trimestre

Genéricos e não medicamentos impulsionaram a receita bruta das farmácias, que foi 13,3% maior que nos três primeiros meses de 2015

Embora em ritmo menor, o grande varejo farmacêutico nacional continua crescendo acima dos dois dígitos. É o que revelam dados divulgados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). As redes de farmácias faturaram cerca de R$ 9,3 bilhões em vendas totais no primeiro trimestre deste ano - um valor 13,3% superior ao mesmo período do ano anterior.

Os dados, compilados pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), apontaram ainda que só em março a receita bruta cresceu 12,21%, em relação ao mesmo período de 2015. No acumulado dos últimos 12 meses, o movimento foi de R$ 37,04 bilhões, um aumento de 12,28% na comparação com o período anterior.

O resultado foi impulsionado especialmente pelos itens da categoria “não medicamentos”, que inclui produtos de higiene pessoal, cosméticos, perfumaria, xampu, absorventes íntimos, adoçantes, tintura de cabelo, preservativos e protetores solares, entre outros. A categoria foi responsável por movimentar R$ 3,21 bilhões entre janeiro e março - um acréscimo de 12,9% em relação ao mesmo trimestre de 2015.


“Os não medicamentos já representam 34,43% do total comercializado. Isso mostra que, cada vez mais, os clientes querem mais conveniência buscando um mix de produtos em um único lugar”, avalia o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. Ele acrescenta também que o bom desempenho é resultado da boa gestão de estoque, abrangência geográfica e fatores naturais, como envelhecimento da população.

No período, os medicamentos representaram um volume total de R$ 6,12 bilhões, contra os R$ 5,39 bilhões acumulados nos três primeiros meses de 2015, uma alta de 7,54%. Cerca de 542 milhões de unidades de produtos foram vendidas, pouco a mais que os 520 milhões registrados no primeiro trimestre de 2015.

Ainda de acordo com o estudo, a venda de genéricos totalizou mais de R$ 1,07 bilhão, 13,14% superior ao período entre janeiro e março do ano passado. Ao todo, foram vendidas mais de 71 milhões de unidades desta categoria. Já o montante de lojas em operação passou de 5.626 para 6.009 e o número de pessoas atendidas, somente em março, chegou a 72 milhões.

Sobre a Abrafarma

Fundada em 1991, a Abrafarma reúne as 28 maiores redes de farmácias do País, que contam com 6.009 lojas em todos os estados brasileiros e Distrito Federal. As redes associadas representam cerca de 44,5% das vendas de medicamentos no País, tendo realizado mais de 833 milhões de atendimentos em 2015, com vendas totais de R$ 35,94 bilhões. A associação tem como objetivo o aprimoramento das empresas filiadas, a preservação da imagem institucional, o relacionamento com entidades públicas, governo e fornecedores, além de apoio jurídico e pesquisa de mercado para o aperfeiçoamento das atividades.

Fonte: http://www.falandodevarejo.com/

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Marcas próprias conquistam 500 mil novos lares em 2015

Os consumidores da classe C puxam esse crescimento

Ao todo, 31,9 milhões de domicílios brasileiros consumiram marcas próprias no ano passado. Desse total, 500 mil são novos lares, na comparação com o ano anterior, conforme aponta estudo da Kantar Worldpanel. Em pontos percentuais, houve uma alta de 0,8 em penetração. Na média, 3,4 unidades de produtos de marca própria foram compradas a cada visita ao ponto de venda. A frequência de compra foi de 5,6 vezes no ano e o tíquete médio chegou a R$ 7,81. 

Ainda muito focadas em básicos, as marcas próprias têm como produtos mais vendidos os detergentes em pó, sabão em pedra, desinfetante, batata congelada e catchup. Segundo o levantamento da Kantar, a classe C puxou o aumento no número de consumidores dessas marcas em 2015, mas também foram adquiridas em lares das classes A e B, por famílias pequenas e sem crianças.

Além da queda da renda, o que também estimulou o avanço das marcas próprias é a maior qualidade de seus produtos. Para 86% dos shoppers entrevistados, elas são boa ou muito boa. Em 2013, essa percentual era de 74%. O preço também se destaca na opinião do público. Em 2015, 77% consideraram o valor dos produtos bom ou muito bom. Dois anos antes, os percentual de satisfeitos nesse quesito estava em 68%.

Os dados dos estudo revelam ainda que os consumidores de marcas próprias utilizam mais os tabloides e folhetos dos supermercados que a média. Além disso, esses consumidores já são capazes de reconhecer os produtos de marca própria mesmo sem o nome da loja que os comercializa.

Fonte: http://www.sm.com.br/

Assaí já é a maior operação alimentar do GPA


Formato ultrapassou o hipermercado Extra, que terá duas lojas convertidas para o atacarejo no segundo semestre do ano

O cash & carry Assaí já é o formato com maior participação nas vendas brutas do segmento alimentar do GPA. No primeiro trimestre deste ano, sua fatia atingiu 32%, contra 28% de 2015. A companhia não divulgou a representatividade do hipermercado Extra individualmente (os dados foram somados aos supermercados da marca), mas confirmou a liderança do atacarejo no balanço divulgado hoje (11/05). 

A bandeira apresentou, no período, crescimento nominal de 36,2% na receita líquida, alcançando R$ 3,1 bilhões nos primeiros três meses de 2016. “O crescimento foi o dobro do mercado”, disse Belmiro Gomes, presidente do Assaí, durante teleconferência com analistas de mercado. Segundo ele, a atual conjuntura econômica favorece bastante o formato, pois tem levado o consumidor a buscar economia no formato. “Isso é visível em todas as regiões do País e classes sociais”. 

No conceito mesmas lojas, a companhia informou um aumento de dois dígitos no atacarejo, enquanto toda a divisão alimentar registrou 6%. A alta é atribuída à abertura de nove lojas nos últimos 12 meses, sendo uma no primeiro trimestre deste ano. Para 2016, a expectativa é de abrir de 12 a 15 filiais. Neste ano, também haverá a conversão de dois hipermercados para o cash & carry: um no Estado de São Paulo e outro no Rio de Janeiro. “Essas unidades ficam em locais onde o formato tem boa aderência”, comentou Gomes. 

Para definir as conversões, a companhia analisou o potencial de cada região com foco no público alvo do Assaí (comerciantes, utilizadores e transformadores). Também foi considerada a crescente demanda de pessoas físicas nas lojas. Somam-se a isso variáveis como localização, estrutura das lojas e mercado local. “Escolhemos, neste caso, as duas que, pelo nosso plano de negócio, apresentarão maior volume e resposta à conversão”, afirmou Ronaldo Iabrudi, presidente do GPA, também durante a teleconferência. A ideia é analisar os resultados e definir se haverá mais transformações. “Já enxergamos outras possibilidades de conversão”, ressaltou o executivo. 

De acordo com Christophe José Hidalgo, diretor vice-presidente de finanças, o investimento para converter as duas unidades é 20% menor por metro quadrado do que para construir. A expectativa é de duplicar as vendas nas duas filiais, que serão convertidas no segundo semestre do ano. 

O GPA Alimentar registrou crescimento de 10,9% em receita líquida no trimestre, totalizando R$ 9,9 bilhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 409 milhões, uma queda de 24%. Segundo a empresa, isso se deve ao aumento de custos, como energia elétrica, cuja alta foi de 40% no trimestre. Também teve impacto o investimento da companhia em margem para a recém-implantada estratégia de promoções progressivas na bandeira Extra. Isso, entre outros fatores, levou a divisão a fechar os primeiros três meses do ano com lucro líquido ajustado de R$ 33 milhões, queda de 77% sobre mesmo período de 2015. 

Fonte: http://www.sm.com.br/

O Varejo Brasileiro: 10 anos em 2

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O varejo brasileiro viveu em 2015 e vem vivendo em 2016 um período muito ruim dentro de um novo ciclo. O processo de desaceleração começou a partir de 2013 e o varejo deveria ter passado por uma transição para um ciclo de maturidade e competitividade, com taxas de crescimento menores. Os equívocos de política econômica e a deterioração da situação política precipitaram uma situação de crise desnecessária e desafiadora. Em 2015 o PIB caiu 3,8%, com inflação de 10,7%, renda e massa salarial em queda, saldo líquido de empregos formais negativo em 1,6 milhões e desemprego chegando a 9%. O varejo caiu 4,3% em termos reais. As únicas empresas de varejo de capital aberto que conseguiram vendas em lojas comparáveis acima da inflação em 2015 foram a Raia Drogasil e a Renner. No primeiro trimestre de 2016, foram perdidos 319 mil empregos formais e a taxa de desemprego superou a marca de dois dígitos.

A situação vai melhorar quando houver estabilidade política, governabilidade, clara trajetória de equilíbrio fiscal com controle inflacionário e restauração da confiança – para quem tem que consumir, empregar, investir e emprestar.

O grande desafio do momento para as empresas e líderes de varejo é o equilíbrio entre a necessária agenda de curto prazo de enfrentamento da crise, sem perder o norte da visão e oportunidades de longo prazo. No curto prazo, é importante:

Analisar o negócio em níveis mais detalhados e segmentados – mercados, negócios, lojas, produtos;

Priorizar liquidez – proteção e geração de caixa, fundamental para suportar oscilações e período de crédito escasso e caro;
Intransigência com ineficiência – lojas/ produtos/ mercados/ negócios deficitários; pessoas pouco engajadas e produtivas, desperdícios e perdas;
Renegociação de contratos, em todos os níveis, começando com os de locação de lojas;

Maior rigor na análise de investimentos e gestão por indicadores;

Aproximação com fornecedores, que sofrem os efeitos da crise tanto quanto o varejo;
Investimento em pessoas, que precisam de clareza, transparência, mas espírito de equipe e esforço coletivo;

Maior frequência e intensidade promocional, pois consumidores precisam de motivações e pretextos para consumir;

Não perder de vista oportunidades, que se ampliam à medida em que empresas mais frágeis deixam espaços e que a dinâmica econômica se modifica a favor de exportação, indústria e agronegócio.

A crise é cruel em diversos aspectos, algumas empresas encolherão e outras talvez sejam incorporadas ou fechem. Mas haverá um legado positivo, de ajuste necessário nos mercados de trabalho e imobiliário. E, principalmente, um salto de produtividade no varejo, em função da tomada determinada e enérgica de decisões difíceis, que só será percebido quando as vendas voltarem a crescer. Haverá ganhos de lucratividade e eficiência, que farão nosso varejo avançar 10 anos em 2. As empresas sólidas, com estrutura de capital saudável e capacidade de liderança sairão da crise melhores e mais fortes do que entraram e colherão os frutos dos espaços que se criarão.

Fonte: http://onegociodovarejo.com.br/

Via Varejo e CNova iniciam conversas para fusão, diz fonte

Via Varejo
A Via Varejo, maior varejista de eletrodomésticos do Brasil, entrou formalmente em conversas para absorver os negócios da empresa de comércio eletrônico CNova no país, disse uma fonte familiar com o negócio nesta quarta-feira, na última etapa de um plano de reorganização do acionista controlador de ambas, o francês Casino.

Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, Via Varejo e CNova assinaram um memorando de entendimentos para explorar um acordo de união.

Para o negócio avançar, o Casino terá que fechar o capital da CNova, atualmente com ações negociadas nos Estados Unidos, acrescentou a fonte.

A Reuters publicou em 29 de abril que o Casino pretendia comprar os papéis dos acionistas minoritários da CNova, com subsequente cisão em três partes a serem absorvidas por unidades do grupo francês baseadas na França, no Brasil e na Colômbia.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

GPA tem perda histórica e ação cai

As ações preferenciais do Grupo Pão de Açúcar (GPA) registraram ontem a segunda maior queda da bolsa, com retração de 4,95%, fechando o dia cotadas a R$ 47, numa reação do mercado ao fraco desempenho da empresa no primeiro trimestre. 

Controlado pelo Casino, o GPA registrou prejuízo líquido atribuído aos sócios controladores de R$ 59 milhões de janeiro a março, versus lucro de R$ 192 milhões no ano anterior - primeira perda desde, pelo menos, 1997.

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Fonte: http://www.valor.com.br

terça-feira, 10 de maio de 2016

Dona de Casas Bahia e Ponto Frio fecha lojas e tem menos de mil pontos

Marcio Fernandes/AE

SÃO PAULO  -  Formada pela união de lojas físicas de Casas Bahia e Ponto Frio, a Via Varejo fez novas reduções de quadro, com número total de funcionários passando de 52,4 mil em dezembro de 2015 para 50,5 mil empregados em março, segundo informações de apresentação da companhia a investidores.

No ano passado, reduções de quadro já se aceleraram, com um corte de vagas de cerca de 11,2 mil entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015, equivalente a 17% do total.

Em termos de número de lojas, foram 36 fechamentos de janeiro a março, passando de 1.014 para 978 unidades no país das redes Casas Bahia e Ponto Frio. Deste número geral de 36, 21 unidades se eferem a fechamento de pontos deficitários para melhorar eficiência. As outras 15 lojas foram descontinuadas como reflexo de acordo com o Cade, órgão de defesa da concorrência, que determinou que a empresa se desfizesse de um conjunto de pontos após a aprovação da fusão de Casas Bahia e Ponto Frio. A maior parte dos fechamentos atingiu o Ponto Frio.


Recebíveis

A Via Varejo sentiu o ambiente competitivo mais acirrado neste começo de ano, com efeitos sobre a rentabilidade, e algumas iniciativas de redução de despesas recentes ajudaram a compensar essa piora do ambiente. Mas as vendas em queda na faixa de dois dígitos (redução de 12,7% nas vendas líquidas de janeiro a março, como antecipado em abril pela empresa) impediram uma diluição maior, afetando resultados do balanço do primeiro trimestre. A empresa é formada pela união das redes Casas Bahia e Ponto Frio (lojas físicas).

“A tendência de vendas para baixo persistiu, conforme já divulgado em abril, enquanto as margens continuaram a se deteriorar devido à competição, pois acreditamos que a maioria dos concorrentes enfraquecidos correram para queimar estoques e gerar dinheiro”, escreveu em relatório Guilherme Assis, analista da Brasil Plural.

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Fonte: http://www.valor.com.br

Site compara preços de supermercados físicos

Lançamento da plataforma tem como base a importância do preço na compra do consumidor

Sites de comparação de preço estão ganhando força com a crise econômica. Além de gerar cliques nos endereços já visitados, fez surgir novas opções para economizar nas compras de supermercados, seguros, escolha do plano de celular e TV paga e até de moedas estrangeiras.

Desde o fim do ano passado, alguns sites passaram a trazer para a internet comparações de preços de lojas que não existem online. A PagPouco, por exemplo, compara preços de produtos encontrados nos supermercados de São Paulo e Santos, com data da última atualização.O serviço funciona desde novembro.

Segundo pesquisa realizada com 30 mil consumidores pelo site de comparação Zoom, o fator preço ganhou mais importância na hora de definir uma compra. Em 2013, esse indicador era importante para 19%. Este ano, saltou para 36%.

Fonte: Folha de S. Paulo

Rede Epa deve abrir 11 lojas este ano

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Só no ano passado, já haviam sido inauguradas 19 unidades

A rede mineira Epa Supermercados pretende inaugurar 11 lojas neste ano. Com isso, serão contratados, no mínimo, 1500 profissionais. Com faturamento de R$ 2,6 bilhões no ano passado, a varejista já havia aberto 19 unidades em 2015.

Das filiais que serão inauguradas em 2016, seis são na capital mineira, duas na cidade de Ipatinga, uma em Nova Lima, uma em Caratinga e uma em Lagoa Santa.

Fonte: http://www.sm.com.br/

Estamos mais conservadores no crédito, diz Diretor da Renner



Laurence Gomes afirma que inadimplência está sob controle, após disparar dois dígitos em 2015
A Lojas Renner passou 2015 inteiro lidando com altas preocupantes na taxa de inadimplência. Medido pelas perdas em crédito, já descontadas recuperações, o calote dos clientes disparou 57% no primeiro trimestre do ano passado, em relação a 2014. Nos trimestres seguintes, não foi diferente: 44% no segundo; 45% no terceiro, e 49% no quarto. Por isso, o crescimento de 9,7% entre janeiro e março, em relação ao mesmo período de 2015, foi um dos destaques positivos do balanço divulgado há poucos dias, segundo os analistas.

A freada no ritmo de expansão da inadimplência seguiu um princípio elementar: maior rigidez na hora de conceder crédito por meio dos cartões de marca própria ou de parceiros. “Adotamos uma política mais conservadora de crédito”, resume Laurence Gomes, diretor financeiro e de relações com investidores da Renner.

Mas a vida da empresa não se restringe apenas a fugir de clientes caloteiros. Mesmo diante de mais um ano de recessão e de projeções de um crescimento pífio da economia em 2017, a Renner pretende manter em dia o plano de expansão. Somente neste ano, a empresa deseja abrir 60 lojas, com um investimento de R$ 550 milhões. “Poucas empresas bancam um investimento desse porte atualmente”, diz.

Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida a O Financista:

O Financista: Até 2021, a empresa pretende chegar a 408 lojas Renner, 125 Camicado e 300 Youcom. Diante da crise econômica, esses números podem ser revistos?

Laurence Gomes: Hoje, o plano está mantido. Somente neste ano, planejamos investir R$ 550 milhões. São poucas empresas que estão dispostas a um investimento desse porte atualmente. O plano é abrir, neste ano, 60 lojas, sendo 25 Renner, 20 Youcom e 15 Camicado. Estamos avaliando algumas oportunidades, tanto em shopping centers, quanto em lojas de rua. A negociação dos pontos está mais flexível. Além dos shoppings em construção, há também os maduros. Há entre 60 e 70 shoppings maduros em que a Renner não está e que são boas oportunidades, porque alguns varejistas não estão resistindo à crise e estão fechando suas lojas. O importante é que as crises passam, e as empresas bem preparadas podem sair maiores delas.

O Financista: Diversos analistas esperam que a Lojas Renner ganhe participação de mercado, diante da queda de vendas do varejo e da expansão da empresa. Vocês estão buscando, efetivamente, ganhos de market share?

Gomes: Para nós isso é muito mais uma consequência do desempenho da companhia. Nosso crescimento tem sido maior que a média do setor de vestuários nos últimos anos, por diversos indicadores do setor. Isso indica que estamos ganhando market share. Mas é preciso lembrar que este é um mercado muito fragmentado e com muita informalidade. Cerca de 40% do mercado de vestuário é informal. Com a crise, acreditamos que ganhamos mercado também em cima dos informais, por uma série de motivos. Primeiro, a Renner sempre busca uma maior racionalidade e qualidade para os consumidores. As mulheres são mais de 80% de nossos clientes. E essa mulher moderna busca uma boa experiência de compras. Então, procuramos oferecer isso: o layout de nossas lojas reproduz o guarda-roupa delas; a música para que se sintam bem; o atendimento.

O Financista: Quanto de market share a Renner tem hoje?

Gomes: Se consideramos todo o mercado de vestuário, temos cerca de 3% de participação.

O Financista: Uma coisa que chama a atenção, no plano de expansão, é o foco em lojas físicas. Os varejistas investem cada vez mais em vendas online. A Renner tem algum plano para essa área?

Gomes: O online é um canal importante e está no nosso foco. Trabalhamos para melhorar a experiência de compra pela internet nos últimos anos. Investimos muito em usabilidade, para tornar o site mais amigável. Mas a gente acredita muito na fusão do online com as lojas físicas. Hoje, por exemplo, você pode comprar uma peça pela internet e, se precisar, pode trocá-la em qualquer loja física. Se considerar o volume de vendas por ano, o site hoje já é maior que a nossa maior loja física. Há dois anos, ele estava entre as dez maiores unidades de venda.

O Financista: A receita líquida de vendas apenas do negócio de varejo cresceu 6,5% no primeiro trimestre, ante o mesmo período de 2015, mas os analistas destacam que esse é o menor desempenho desde 2011. Como os senhores avaliam esse resultado

Gomes: A primeira coisa que precisamos lembrar é que a base de comparação é muito elevada. Nós crescemos 16% no primeiro trimestre do ano passado. Mas a gente também reconhece que alguns resultados ficaram abaixo do que esperávamos. Um exemplo é o crescimento de 1,3% no critério mesmas lojas [aquelas com, pelo menos, 12 meses de operação]. Não podemos controlar o clima, nem a economia, por isso, buscamos as lacunas internas que contribuíram para esse número.
A primeira que identificamos é que o começo do ano foi mais quente do que estimávamos. Em março, a demanda dos clientes por roupas leves foi grande. Como viramos o ano com um estoque muito justo, e as vendas de janeiro ficaram acima das esperadas, chegamos a março com menos peças. Não fazia sentido, além disso, encomendar mais roupas leves no fim da temporada de verão. O segundo fator foi que postergamos as importações. Isso não se deveu ao dólar, mas sim à necessidade de gerenciar melhor o estoque. E o terceiro fator foi que adotamos padrões mais rigorosos de qualidade. Com isso, alguns fornecedores acabaram atrasando as entregas.

O Financista: Outra coisa que chamou a atenção foi o crescimento de 5% na receita de produtos financeiros (trimestre contra trimestre). Foi um resultado menor que o de vendas do varejo.

Gomes: Sim, mas há outro ponto a ser destacado: nossa inadimplência está controlada. Ela cresceu bem menos que nos trimestres anteriores. A Renner adotou uma política mais conservadora de concessão de crédito. E sempre dizemos que os produtos financeiros não são o nosso core business. Eles não podem ser usados para alavancar vendas no varejo. Acreditamos que o cliente deve ser atraído para a loja pela qualidade dos produtos e pela experiência de compra; não por causa das condições de pagamento.


O Financista: Como a Renner vem lidando com a inadimplência?

Gomes: Adicionamos muita tecnologia para manter a inadimplência sob controle. Nossos sistemas de concessão de crédito estão mais assertivos. No fim do ano, implantamos um novo sistema de cobrança. Nossa preocupação não é apenas cobrar. Queremos também incentivar esse cliente a voltar a comprar. É importante lembrar que o Brasil nunca viveu uma crise de inadimplência no varejo. Os problemas que ocorreram foram pontuais, causados por empresas que foram mais agressivas. Nos últimos 12 anos, com a ascensão da classe média, o crédito se tornou importante, mas ele é relativamente novo no país.

O Financista: O que a Renner faz com sua carteira de recebíveis?

Gomes: Temos um fundo de direito creditório com cerca de R$ 600 milhões. Sua remuneração é de CDI mais 0,85% ao ano. Os cotistas não movimentam posições e o fundo se retroalimenta, porque os investidores estão com uma rentabilidade maior que o CDI. Mas há pouca oferta de recebíveis no mercado. Sentimos falta de boas varejistas oferecendo carteiras para a securitização de recebíveis.

O Financista: Qual é o cenário macroeconômico com que a Renner trabalha neste ano?

Gomes: Basicamente, seguimos o boletim Focus, mas temos também economistas nos assessorando. Não podemos controlar a economia, então, nos voltamos muito para dentro. Estamos sempre focados em revisar nossas estruturas. Somos muito críticos para controlar custos.

Fonte: O Financista

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Mudando o que importa: as novidades do mercado de varejo

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Mercado de varejo: em um mundo mais complexo de navegar, algumas tendências podem ajudar a alcançar o sucesso.

O mercado não será o mesmo até o final de 2016. Vivemos em um período de transição, onde algumas modificações parecem grandes revoluções, enquanto outras tendências chegam devagarinho, dando essa sensação de que não estão mudando nada de forma drástica, apenas uma coisinha ali e outra aqui. Algumas dessas novidades, contudo, têm um grande impacto inicial, e podem chegar ao seu negócio muito rápido.

Existe uma frase famosa de Bill Gates que diz que “estamos sempre superestimando as mudanças que vão acontecer nos próximos 2 anos, e subestimando o que vai ocorrer nos próximos 10 anos”. É bom ter isso em mente: em grandes empresas, onde qualquer mudança é complicada e é feita de uma forma lenta e gradual, uma coisa que é certa é que você deveria começar a trabalhar nisso agora, para garantir que dentro de uma década a sua empresa estará alinhada com o mercado. Os desejos e necessidades dos shoppers, dos parceiros de negócios e dos proprietários está mudando. Para ser bem-sucedido, seu trabalho não terá que ser apenas rápido e barato, mas, sinto dizer, será também mais difícil e diferente.

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UM MUNDO MENOR E MAIS COMPLEXO

A parte mais difícil é entender o mercado regional. Na maioria das empresas, o foco é apostar em Estados Unidos e Europa para gerarem lucro, já que o crescimento de países no BRIC é mais lento do que na América do Norte. Ou seja: focamos nosso “binóculo do crescimento” em mercados que tem rendas crescentes, shoppers mais jovens e que são menos impactados pelo preço do petróleo.

Para encontrar crescimento em países do mundo todo, varejistas e fornecedores precisam ter estratégias de mercado mais inteligentes, melhor direcionadas e mais eficientes. Em 2016, muitas empresas estão revisitando suas estratégias de expansão de mercado, já que a maioria delas ainda está focada em um mundo muito mais simples do que esse em que vivemos hoje em dia.

No quesito shoppers, a polarização continua sendo um dos principais temas. A renda, faixa etária, etnia e sofisticação tecnológica continuam sendo os quatro pilares de um mundo heterogêneo. Entender de forma mais detalhada a dinâmica desses shoppers vai ser cada vez mais importante para alcança-los em meio a telas tumultuadas, em ambientes urbanos acelerados e cheios de informação. Ter precisão vai ser uma competência crítica. Nesse sentido, a maioria dos grandes fornecedores vai iniciar processos para rigorosamente avaliar quanto dinheiro eles estão investindo para criar a demanda e para trazer mais foco e disciplina para seus modelos e estratégias globais.

Já para os grandes varejistas globais, existem três grandes áreas que merecem atenção.

1.Investimento em eCommerce 
Esse é o mais óbvio, considerando a grande presença da tecnologia na jornada de compra. Os varejistas mais bem-sucedidos vão manter o interesse em investir nessa área, melhorando suas lojas virtuais.

2.Lojas menores 
Nossa previsão é que, globalmente, os formatos mais bem sucedidos serão os de lojas pequenas ou médias.

3.Foque no que é regional e expanda 
Os varejistas estão preocupados em fazer com que suas lojas tenham uma maior conexão com a região onde elas se encontram, especialmente se forem grandes lojas. Outra tendência é expandir sua “área de atuação”, incluindo serviços de alimentação, banco e saúde, por exemplo.

Ter acesso a dados também vai ser cada vez mais importante para os negócios. Os grandes varejistas vão se tornar também as empresas com os melhores processos de análise, usando dados e modelando capacidades para transformar seus negócios.


LIDANDO COM AS COMPLEXIDADES: ADRESS, ACROSS, FLATTER

Lidar com tantas variáveis e dados não é tarefa fácil. O segredo é lembrar de algumas estratégias que tendem a serem bem-sucedidas, segundo as análises da Kantar Retail. Alguns acrônimos podem te ajudar a lembrar delas com mais facilidade.

Para lojas, direcione o sucesso. O acrônimo “ADRESS”* reúne as principais estratégias, válidas tanto para lojas físicas quanto virtuais.

Abasteça corretamente: Otimize o sortimento
Distribua através de uma plataforma
Descontos inteligentes
Regionalize de forma apropriada
eCommerce é essencial
Sintetize e diminua, dê preferência a lojas menores
Seja específico: direcione para públicos-alvo

(*do inglês: Assorted optimally, Delivery platform, Discounted Intelligently, Regionally appropriate, eCommerce-enabled, Small, Specifically targeted and designed)

Ao lidar com os shoppers, que é o consumidor que efetivamente faz a compra, alcance-os em diferentes plataformas. Para isso, é importante conseguir responder algumas perguntas básicas antes de iniciar uma ação com esse público: como queremos alcança-los? Para que queremos ter contato com ele? Por que queremos que ele se relacione conosco? Onde achamos que podemos alcança-lo?

A palavra ACROSS** (através) pode ajudá-lo a se lembrar das principais estratégias que podem levar a boas respostas para essas perguntas:

Audiência bem definida, bem ativada e bem medida
Contexto no gerenciamento de categorias
Redefina estratégias de categoria
Organize e entenda a seleção da loja
Sagacidade: seja estratégico
Siga o shopper

(** do inglês: Audience definition, activation and measurement; contextual category management; Redefined category strategies; Outlet selection understanding; Srtategic shopper insights; Shopper path to purchase)

E na hora de planejar, dê preferência a planos mais superficiais e amplos. O acrônimo “FLATTER”*** (mais plano, em inglês), ajuda a lembrar dos principais pontos que devem ser analisadas, garantindo que você tenha conhecimento de mais variáveis e que alcance mais plataformas:

Finanças fluem livremente
Lição de casa: saiba mais para gerar maior impacto
Aprenda com a Amazon/Alibaba
Totalize as visualizações de mercado
Totalize as visualizações de negócio
eCommerce é essencial
Reorganize as funções: alcance, ressonância, retorno.

(***do inglês: Free cash flow; Leverage vs. learning; Amazon/Alibaba-ready; Total market views; Total business views; eCommerce-enabled; Role definition – reach, resonance and returns)

* Bryan Gildenberg é Chief Knowledge Officer, Kantar Retail

Fonte: Kantar Brasil Insights

Grupo Tacla Assume Construção De Shopping E Prevê Inauguração Para Abril De 2018

O sonhado shopping center de Umuarama (PR) voltou a ser notícia nesta semana. Executivos do Grupo Tacla, que assumiu o andamento das obras do shopping, visitaram a obra. Conforme o presidente da incorporadora, Aníbal Tacla, o Umuarama Shopping agora será Palladium Umuarama e seguirá o requinte das demais estruturas do grupo, como o Palladium Curitiba. Ele prevê inaugurar do prédio para abril de 2018.

Ainda segundo Aníbal, o grupo Tacla e Paysage serão sócios da obra, que está com 25% já concluída. O entrevistado ressaltou que o andamento da construção continua e com a inauguração do shopping em Foz do Iguaçu, marcado para 2 de junho, sua equipe completa será designada para Umuarama, com o objetivo de agilizar a conclusão da estrutrua. “A parte mais chata e demorada já está concluída. Agora assumimos com o fechamento, cobertura, todas as instalações e acabamentos”, explicou.
Também estiveram presentes na visita o diretor Carlos Mohr, acompanhado do presidente da Paysage, Valmir Maran, pelo diretor da empresa, Luiz Lameira e o deputado estadual, Fernando Scanavaca. Maran explicou que devido a atual conjuntura econômica do País, o grupo Paysage finalizou a parte estrutural e acertou com o Tacla para assumir a conclusão. “Seremos sócios, como no Jockey Plaza de Curitiba. Optamos por essa situação devido os cortes de financiamentos pelo governo federal e como o Tacla é um grupo muito capitalizado e está concluindo Foz do Iguaçu, eles vão trazem a força de trabalho e o capital financeiro parra concluir aqui”, explicou.

Ainda conforme o presidente do grupo Tacla, parte das lojas âncoras já assinaram o contrato e as demais estão negociadas, porém não divulgou o nome das empresas. “Vamos implantar em Umuarama a mesma linguagem de outros empreendimentos que levam o nome Palladium. Com as principais lojas do mercado, bons comércios, praça de alimentação e ótimas salas de cinema. Essa é nossa linha”, disse.

A mudança na operacionalização do empreendimento não afetará o projeto e o planejamento que já estão em andamento.

Visita ao prefeito

A comitiva também visitou o prefeito Moacir Silva. A visita teve o objetivo de apresentar a nova incorporadora ao prefeito e estabelecer um diálogo sobre como será o andamento do empreendimento a partir de agora. Para o prefeito o shopping representa a consolidação do novo momento de Umuarama.

Grupo Tacla
O Grupo Tacla tem mais de 70 anos de história e já realizou empreendimentos de sucesso, como o Shopping Palladium de Curitiba e de Ponta Grossa, além de outros shoppings em Itajaí e Sorocaba. O grupo é considerado uma das maiores operadoras de shopping do Paraná e possui investimentos em vários estados.

Fonte: Umuarama Ilustrado

Veja em tempo real quanto (e no que) os americanos gastam

Mulher com sacolas de compras
Quanto os americanos gastam no espaço de um minuto?

Uma pequena amostra: US$ 25 mil em videogames, US$ 28 mil em livros, US$ 115 mil em cerveja e US$ 600 mil em vendas online.

Estes números enormes podem ser visualizados através de um infográfico criado pelo site Coupon Box e destacado pelo Visual Capitalist.

Com base em dados de 2014, ele calcula em tempo real o nível de consumo no país. Aberto na tela, os números vão crescendo ao longo das horas.

Dá para ver os gastos diretos na Amazon e no Walmart, por exemplo, e em itens como brinquedos sexuais e pizza, além de caridade.

O consumo é responsável por cerca de 69% do PIB americano, contra 17% em investimento e 17% em gasto do governo (e -3% em exportações líquidas).

Clique e veja a matéria com o infográgico...

Fonte: http://exame.abril.com.br/

Outlet com quase 50 marcas promete ser a sensação do Veste Rio

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Tudo pronto para começar o Veste Rio, evento de moda realizado pelo Caderno Ela e a revista Vogue Brasil, que vai agitar a cidade de quarta-feira a sábado, na Marina da Glória. Enquanto a feira de negócios é restrita aos compradores, o outlet promete se tornar a sensação para o grande público. Afinal, será uma ótima oportunidade para comprar peças de coleções passadas de quase 50 grifes do Rio e de todo o Brasil a preços bem especiais. Os descontos chegam a 70%. E mais: a entrada é franca. Não dá para perder. Quer exemplos? Na Ateen, um vestido que custava R$ 1.698 poderá ser comprado por R$ 300. Outra pechincha da mesma grife é uma bolsa de couro com franjas, cujo preço despencou de R$ 889 para R$ 90. Na Mara Mac, a bolsa de palha caiu 50%: de R$ 668 para R$ 334. Mais uma peça imperdível? O macacão estampado da Tempo 4, que antes custava R$ 678, e que no outlet será vendido a R$ 135.

Estilista e dona da Mara Mac, grife que há mais de 40 anos é sinônimo de uma elegância atemporal, Mara Mac Dowell explica que terá roupas da sua última coleção de verão, além de algumas peças que serviram de piloto para várias coleções anteriores. Para ela, o Veste Rio veio em ótima hora.

— A cidade e a moda carioca mereciam há muito tempo um evento como esse, que veio para dar uma agitada no mercado — diz Mara.

Modelos atemporais

Diretora criativa da Maria Filó, Roberta Ribeiro adianta que os descontos nas peças da grife chegarão a 70%.

— A Maria Filó terá no outlet uma combinação de coleções que chegam à primavera 2015/2016. Muitas das peças têm shapes clássicos e cores neutras, como o marinho, mas estarão por lá também calças coloridas com detalhes bem femininos, além de acessórios estampados. Garantimos assim um mix atraente para nossas clientes que forem até o Veste Rio — afirma Roberta.

Liliane Taira, fundadora da Mocha — grife que nasceu em 2013 e que logo conquistou personalidades como Camila Pitanga, Bela Gil e Maitê Proença —, conta que fez uma seleção de peças que vão até o inverno 2015, com descontos, em média, de 60%.

— Como a marca tem um estilo atemporal, que não se prende às cores, modelagens e tendências de cada temporada, esse mix é repleto de ótimos achados — diz Liliane.

A estilista Helô Rocha, dona da grife que leva seu nome, não esconde que está animada para o início do Veste Rio.

— Será um evento bem democrático. Pelo que ouvi até agora no mundo da moda, as pessoas estão super empolgadas com o outlet. Vou trazer também muitas peças da Têca (marca que a estilista pilotava até o verão de 2016) — diz Helô Rocha.

Blue Man, Farm, Bles, Fábula, Armadillo, Wöllner, CCM, Isla, Eclectic, Foxton, Lilly Sarti, Afghan, Caravana Holiday, Glorinha Paranaguá, Sarah Chofakian, Lucidez, Reinaldo Lourenço e Tempo 4 também estão entre as quase 50 grifes que participarão do outlet. Tem moda praia, moda masculina, feminina e infantil, além de marcas de acessórios e bolsas.

Fonte: Caderno ELA – O Globo

Como o Magazine Luiza está se adaptando para lucrar na crise

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“Fizemos muito mais do que só cortar custos”, disse Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza, ao explicar os resultados do primeiro trimestre da varejista hoje.

No período, o lucro chegou a R$ 5,3 milhões, 84,2% superior ao registrado um ano antes, valor que fez com os papéis da empresa subissem 21% na bolsa com o otimismo dos investidores.

Com a consultoria Galeazzi trabalhando na reestruturação do negócio há cerca de um ano, a companhia já fez uma série de iniciativas para se adaptar ao atual cenário de menor demanda.

Nenhuma loja foi fechada desde então, ao contrário, 27 foram abertas. Mas cortes nas áreas administrativas marcaram o período, além de vagas fechadas nos pontos comerciais.

Contratos de aluguéis e com fornecedores foram renegociados e todos os processos estão sendo revistos para que nenhum desperdício passe ileso dentro da companhia.

Nas lojas, a ordem de gestão eficiente de recursos também vigora e até as lâmpadas foram trocadas para que uma economia maior de energia fosse gerada.

Todas as ações levaram a rede a uma redução de despesas de R$ 19 milhões.

“Tivemos um ótimo desempenho levando em conta a enorme pressão inflacionária que estamos sofrendo”, comentou Trajano, em entrevista à EXAME.com.

O crescimento das vendas, o aumento da margem bruta e a melhor diluição das despesas contribuíram para a evolução do ebitda em 13% para R$144 milhões.

Marketing direcionado

Outra decisão fundamental para gastar menos e ser mais certeira nos resultados foi a de investir em marketing direcionado e digital, conta o executivo.

Em vez de direcionar aportes em pacotes nacionais de publicidade e propaganda, o Magazine optou por ações regionais, direcionadas a públicos e lugares distintos.

O bolo financeiro direcionado a marketing no caiu como um todo. Ainda assim, a receita bruta no período chegou a R$ 2,7 bilhões, aumento de 2,6%.

No quesito mesmas lojas, um dos principais indicadores de operação do varejo, a queda nas vendas foi de 6%. O faturamento no e-commerce, no entanto, cresceu 28%.

O segmento já representa 22% do total faturado pela companhia e a pretensão é que essa fata seja ainda maior.

“Temos menos de 10% de participação em um setor com mais de R$ 100 bilhões em vendas por ano”, afirmou Frederico. “Com o e-commerce temos condições de conquistar bem mais”.

De acordo com ele, as parcerias para a operação com marketplace segue a todo vapor.

Uma diretoria para cuidar da área foi criada e a primeira loja virtual de terceiros começou a funcionar no final de março.

A Época Cosméticos, comprada pela rede em 2012, funciona de forma independente com a venda de perfumes, cremes e maquiagens dentro do site do Magazine.

A intenção é que, até o final do ano, a loja virtual atraia parceiros de áreas tão díspares quanto a de produtos pet, confecção e livrarias.

“Estamos avaliando todas as interessadas com muito critério e cuidado para ter controle da experiência dos consumidores”, comenta Trajano.

Fonte: Exame

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Fórum MCF reúne as principais marcas do luxo e premium mundial

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Fórum promove reflexão sobre inspiração em tempos de crise com Louis Vuitton, Tiffany, Diane von Furstenberg, Samsung, Martha Medeiros, entre outras.

Considerado um dos mais importantes eventos de gestão de luxo da América Latina, o ATUALUXO criado pela MCF, e que já teve 3 edições realizadas desde o ano passado, passou a ter uma edição menor = FÓRUM MCF de CONHECIMENTO. Na próxima segunda-feira, dia 09 de maio, no Museu da Imagem e do Som – SP, alguns dos mais influentes nomes do mercado estarão em trocas e apresentações durante a sua segunda edição, promovendo reflexão sobre a gestão do luxo e a pemiumnização, com sua capacidade de resiliência. Louis Vuitton, Pucci, Tiffany, Breitling, Trousseau, Diane Von Furstenberg, Samsung, entre outros, são algumas das marcas confirmadas.

“No Fórum teremos trajetórias como da Louis Vuitton, que caminha para 170 anos, e já passou por inúmeras mudanças econômicas mundiais enfrentando até mesmo períodos de guerras, e segue como uma das marcas mais importantes de Luxo do mundo”, explica Carlos Ferreirinha, Presidente e Fundador da MCF.

Entre as diversas vertentes do segmento que serão debatidas, o evento apresenta através das trajetórias, a capacidade singular dessas marcas de manterem diálogos emocionais com seus consumidores.

As oportunidades atuais do segmento também serão discutidas em uma mesa redonda, com os principais executivos das marcas Tag Heuer, Pucci, Tiffany, Swarovski, Breitling, Trousseau, Polo Ralph Lauren e Diane von Furstenberg.

Outro momento bastante aguardado do FÓRUM é um painel com três grandes referências nacionais, Martha Medeiros, Chocolat du Jour e Ponta dos Ganchos Resort, falando sobre as dificuldades de criar e manter uma marca de Luxo autoral no país.

O grupo Estée Lauder que recentemente abriu as operações La Mer e Jo Malone em São Paulo irá apresentar seus planos a partir de 2016 no país, através de um bate-papo com a CEO do grupo.

A apresentação inédita do projeto do Mercadão Leopoldina também promete movimentar o FÓRUM MCF, com os detalhes em primeira mão do empreendimento e ainda um debate sobre os conceitos de premiumnização em tempos de crise.

Seguindo a tradição dos demais eventos comandados pela MCF, essa edição também terá o momento de experiências exclusivas para os participantes, com visitação a Exposição do Tim Burton, Beer Break com cerveja Sol, delícias da Chocolat Du Jour, uma barraca de frutas e nuts do Mercadão e cafés Nespresso.

“INSPIRAÇÃO para Driblar a TRANSPIRAÇÃO”

“Aprendendo com a Gestão do Luxo”

Fonte:http://onegociodovarejo.com.br/

Novo modelo multicanal amplia mercado da C&A

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C&A: a rede de varejo de moda construiu um sistema capaz de identificar consumidores e seus gostos a qualquer hora, em qualquer lugar e ofertar descontos.

A maneira como as empresas reagem a eventos como uma recessão econômica é quase sempre decisiva para alterar o jogo competitivo. Veja o que ocorreu, por exemplo, no mercado de moda feminina.

As cinco maiores redes varejistas abocanharam juntas cerca de 25% do bolo de R$ 42,3 bilhões em vendas. A mordida, porém, foi desigual. Duas delas se saíram melhor na disputa.

De acordo com estudo da consultoria Sonne, a gaúcha Renner foi a que mais ampliou sua participação de mercado, ao acrescentar 0,6 ponto percentual e passar a deter 5,8% das vendas.

Embora tenha somado um percentual inferior, a subsidiária da holandesa C&A assegurou sua liderança no mercado com uma fatia de 6,3%.

Com faturamento de R$ 6,9 bilhões em 2014 – último resultado conhecido -, a C&A ocupa a 12a posição entre os maiores varejistas no Brasil, de acordo com o Ranking Ibevar 2015.

Enveredar pelo meio digital não é exatamente uma estratégia inédita na C&A.

Da primeira vez, não foi bem-sucedida. Em 2003 e vender moda pela internet não era tão promissor para o mercado. O consumidor desconfiava de compras nesse canal

Havia ainda outra questão relacionada a trocas de mercadorias, uma vez que alguns itens eram exclusivos do site, mas não da loja e vice-versa.

Outro entrave dizia respeito às dificuldades de padronização e numeração do vestuário.

Naquela época, o comércio eletrônico movimentava cerca de R$ 1 bilhão anuais em vendas ante R$ 50 bilhões em 2015.

Foi no ano passado que a C&A decidiu deslanchar uma radical transformação digital, que contemplaria uma visão multicanal – omnichannel, em inglês -, conforme mostrou recentemente Paulo Correa, presidente da filial brasileira da companhia holandesa, em um fórum sobre varejo.

A nova abordagem não se limitou ao site corporativo, envolvendo todos os aspectos da integração entre lojas físicas e virtual, com o objetivo identificar o consumidor e atendê-lo onde, quando e como preferir.

Com o comércio eletrônico, a C&A ampliou significativamente o potencial de clientes. Além das 291 lojas espalhadas em 128 localidades – o segundo maior contingente mundial da marca -, estendeu sua rede para 4 mil municípios.

Também promoveu a digitalização de lojas físicas. Totens eletrônicos possibilitam que clientes consultem o mix completo em estoque em tempo real. Por meio do Facebook, opinam sobre coleções exclusivas que contabilizam as curtidas (likes) das peças.

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Fonte:http://onegociodovarejo.com.br/