sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Compre no site, retire na loja e fique livre do frete: a nova aposta das redes varejistas

Compre no site, retire na loja e fiqu...

Se até pouco tempo o consumidor tinha apenas um meio para receber um produto comprado através de um e-commerce, as grandes redes varejistas têm trabalhado para aumentar o número de opções. Um modelo que vem ganhando adeptos é o retire na loja, em que o cliente compra no site e pode agendar a retirada da mercadoria na loja física mais próxima. É uma estratégia que traz vantagens tanto para o consumidor, que não precisa mais ficar em casa nem pagar frete para receber um produto via Correios ou transportadora, quanto para os varejistas, já que enviar um item para uma loja é mais barato do que para a casa do cliente.

Dois exemplos de empresas que estão apostando no retire na loja são a Via Varejo, dona da Casas Bahia e do Pontofrio, e o Magazine Luiza. Na Via Varejo, o projeto, chamado Retira Rápido, começou no fim de 2015 e já foi expandido para o todo o Brasil. É possível comprar os itens elegíveis pelo site da Casas Bahia ou do Pontofrio e agendar para retirar em uma loja física. Se a loja tiver o item em estoque, é possível pegá-lo, normalmente, dentro de 24 horas. O serviço é gratuito. Caso a loja não tenha o item e o cliente more nas capitais Rio de Janeiro ou São Paulo, o produto é enviado gratuitamente do Centro de Distribuição para a loja, o que demora poucos dias.

A Via Varejo oferece, ainda, a possibilidade de retirada das mercadorias compradas online em agências dos Correios, serviço disponível em alguns municípios, ou em lockers, armários de autoatendimento instalados em postos Ipiranga localizados em São Paulo. A intenção da rede é acelerar essas opções de entrega para todo o país.

O Retira Rápido (comprar no site e retirar na loja ou nos Correios ou nos lockers) da Via Varejo já é a modalidade de entrega escolhida por 28% das compras finalizadas pelos sites da rede. Os celulares representam cerca de 60% dos pedidos do Retira Rápido.

O diretor de Multicanalidade da Via Varejo, Flavio Salles, afirma que a opção de retirar um produto na loja é escolhida, principalmente, por clientes que buscam comodidade e ter o produto o mais rápido o possível. “Ninguém vive mais sem um celular. Se o seu estraga, você quer comprar online e retirar o mais rápido o possível. O Retira Rápido possibilita isso.” Além de celulares, televisores e outros produtos de pequena dimensão estão disponíveis para retirada em lojas da Casas Bahia e do Pontofrio. Não são elegíveis, por exemplo, móveis e linha branca (geladeira, entre outros).

No Magazine Luiza, o funcionamento é similar. O consumidor compra pelo site e confere se o item é elegível e se está disponível para retirada em uma das mais de 800 lojas da rede. Normalmente, a opção é válida para produto menores, como eletroeletrônicos e eletroportáteis. A retirada da mercadoria pode ser feita em poucas horas, se você mora em São Paulo, ou em um ou dois dias úteis, para as demais cidades. O frete também é grátis.

O número dos pedidos do Retira Loja, como é chamado o projeto do Magazine Luiza, aumentou 250% ao longo de 2017 até o mês de setembro e já chegou a 20% do total de pedidos feitos através do site da rede. Segundo a empresa, a modalidade está ajudando muito na conversão das compras feitas pelo site, porque o consumidor não paga o frete e pode retirar o produto em até 48 horas.

Modelo deve ganhar força e novas opções de retirada
O modelo conhecido por “compra no site, retire na loja” deve ganhar força neste e nos próximos anos, pois traz comodidade ao consumidor ao permitir a retirada de um produto em uma loja próxima da sua casa ou trabalho, em poucos dias e, pelo menos por enquanto, sem pagar frete. A opção de receber em casa continua válida.

Já as redes varejistas estão aderindo à tendência para diminuir os custos com os envios de mercadoria, além de usar o modelo como estratégia para aumentar a conversão do cliente que compra online e aumentar o fluxo de pessoas nas lojas físicas. O que acontece é que a última milha, ou seja, enviar um único item até a casa de um único cliente é a mais caro e nem mesmo o frete cobrado tende a cobrir todos os custos. Já enviar o produto para uma loja, junto com milhares de itens, se torna uma opção mais econômica.

A especialista em varejo e CEO da AGR Consultores, Ana Paula Tozzi, afirma que a nova tendência transfere o poder da gestão do estoque para o consumidor, que só sai ganhando com isso. “Comprar na internet e retirar na loja é só o primeiro passo da chamada estratégia omnichannel [convergência dos canais de venda de uma empresa]. O cliente quer comprar online e retirar em uma loja ou receber um pedaço do pedido em casa e o outro retirar na loja. Ele também quer comprar na loja e receber em casa. Devolver na loja e receber a mercadoria nova na sua casa”, diz Ana Paula.

Ela afirma que nenhuma rede varejista ainda implantou um modelo com um nível complexo de multicanalidade, permitindo entrega, troca e devolução através de diversos meios, mas é o futuro para todo o varejo. O começo é esse: o compre online e retire na loja.

Lojas físicas ganham nova cara
Uma das consequências do modelo “compra no site, retire na loja” é a remodelagem das lojas físicas. Elas passam a virar minigalpões para estocar cada vez mais produtos que são e serão vendidos via site e retirados pelos clientes nas lojas.

Dentro dessa estratégia, o Magazine Luiza passou a identificar suas lojas como shoppable distribution centers, ou seja, pontos de vendas que funcionam também como centros de distribuição. A companhia também aumentou a frequência do abastecimento das unidades devido ao Retira Loja.

Já a Via Varejo está se planejando para transformar ao longo deste ano até 220 lojas em minigalpões, segundo relatório do Credit Suisse. A ideia é aumentar os espaços de estocagem dos produtos para dar conta dos pedidos de retirada nas lojas. As unidades, porém, continuarão a vender seus produtos normalmente, só em um espaço menor.

Ana Paula comenta que o retire na loja dá uma nova vida para os pontos de venda físicos. “Cada loja vai ser como um mini Centro de Distribuição, pois atende tanto a venda da loja física quanto do e-commerce. É a transformação do ponto de venda para ele estar preparado para receber não só o consumidor que vai comprar o produto in loco como retirar uma compra online.”

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/nova-economia/compre-no-site-retire-na-loja-e-fique-livre-do-frete-a-nova-aposta-das-redes-varejistas-d3z153qcv7ootwcf1bxo888nm

ROUPAS PRODUZIDAS POR COMPUTADOR, E MULHERES QUE PROGRAMAM

Arte, ciência e moda. É assim que podemos classificar a marca PH5 que cria tecidos de alta tecnologia, e que com a colaboração da startup Girls Who Code produz roupas por computador.


O Universo Geek está invadindo o design e a moda. Engenheiros e programadores estão tornando possíveis projetos inovadores na moda, assim como na marca PH5, que desafia a visão convencional da malha e apresenta ideais disruptivas com técnicas de tricô arquitetônicas, codificadas por esses profissionais. Códigos especiais são criados para programar cada ponto que a máquina fará na produção dos vestidos, macacões, suéters, calças e saias. Produzir malhas diferentes demanda que os computadores sejam programados constantemente com códigos também diferentes, e essa é uma área que muitos desconhecem e que é de extrema necessidade para a moda tecnológica





Nessa parceria a Girls Who Code se destaca por quebrar a imagem criada de programadores nerds, e exibe mulheres lindas e vaidosas, ligadas a moda, que codificam muito bem computadores para a fabricação de roupas, e não só estão aptas a trabalhar nessa indústria como estão a frente da maioria que atuam nela. Sendo assim, nesse time todos ganham, a PH5 que é uma marca feminina de malha contemporânea e avançada, com design vanguardista, acabamento impecável e padrões incríveis, e a Girls Who Code que é a peça chave para dar vida a esse projeto com muito capricho.

Quer aprender a linguagem da programação e desbravar novas e inovadoras áreas na moda? Inscreva-se para o Programa imersivo de tecnologia e programação para a moda inteligente. Em Abril, em São Paulo.

Fonte: http://divaholic.com.br

Juros altos prejudicam duplamente a sociedade, afirma presidente da Abit

Fernando Valente Pimentel, presidente da Abit, salienta ser preocupante a confirmação, na ata da última reunião do Copom, divulgada no dia 15 de fevereiro, de que o ciclo de corte da Selic iniciado em 2016 será interrompido. “Os juros altos vigentes no Brasil causam duplo prejuízo à sociedade: reduzem investimentos do Estado em áreas prioritárias; e diminuem competitividade das empresas e endividam as famílias”.

Pimentel salienta que a decisão do Copom de reduzir a Selic para 6,75%, menor taxa desde 1999, quando foi implantado o regime de metas da inflação, é positiva, mas mantém os juros brasileiros entre os mais elevados do mundo. Além disso, a paulatina redução pela 11ª vez ainda não produziu impactos positivos relevantes na economia e na vida de pessoas e empresas, a começar pelo fato de os bancos não terem ajustado proporcionalmente suas taxas.

Os efeitos da Selic elevada foram muito nocivos em 2017, quando o setor público pagou R$ 400,8 bilhões em juros (União, R$ 341 bilhões; estados e municípios, R$ 59,9 bilhões) e as empresas e famílias, R$ 789,9 bilhões, quase o dobro. “A taxa média de juros reais foi de 25,6%, um absurdo para quem precisou de crédito para investir, constituir capital de giro, adquirir algum bem ou qualquer outra finalidade”, pondera o presidente da Abit.

O dirigente classista explica que a Selic elevada apena duplamente a sociedade: de um lado, onerando demasiadamente o “preço” do dinheiro. Este fator reflete-se, por exemplo, na perda de competitividade das empresas perante a concorrência internacional e no alto grau de endividamento das famílias; e, de outro, consumindo recursos orçamentários do setor público, em detrimento de áreas prioritárias.

Pimentel cita como exemplo dos danos sociais provocados por essa distorção as áreas da saúde e da educação, cujas verbas caíram 3,1% em 2017, em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), feito com base em dados do Tesouro. Na saúde, o gasto efetivo foi de R$ 107,2 bilhões, quando o piso estabelecido era de R$ 109 bilhões. No ensino, R$ 84,04 bilhões, ante R$ 84,19 bilhões em 2016.

A soma das duas áreas (R$ 193,19 bilhões) é menos da metade dos R$ 400,8 bilhões pagos em juros. “Deixa-se de investir em assistência médico-hospitalar e na melhoria do ensino público, na esteira de uma política monetária que também não cura uma das mais graves doenças de nossa economia, o rombo fiscal do governo”, pondera Pimentel.

O presidente da Abit diz esperar que o Copom, responsavelmente, mantenha o fluxo de queda dos juros e que os bancos, mais do que vêm fazendo, reduzam efetivamente suas taxas. “O cenário é propício para quedas mais acentuadas da Selic, pois a inflação segue em baixa, não há grande pressão da demanda e a economia precisa crescer em ritmo e percentuais mais expressivos. Há razões de sobra para dar segurança à queda dos juros, o que será ainda mais plausível se as reformas da previdência, em curso, e tributária forem realizadas e o setor público equacionar a questão fiscal”.

Fonte: http://www.abit.org.br

Frear compras visando redução de gastos traz muitos perigos

Essa é sempre uma decisão arriscada, afinal pode complicar a geração de receita e levar a empresa a uma série de problemas


Comprar menos dos fornecedores para diminuir gastos é sempre uma decisão arriscada. Muitos supermercadistas freiam os pedidos devido a queda nas vendas, pessimismo com a economia, dívidas crescentes, entre outros fatores. Mas essa prática pode complicar a geração de receita e levar a empresa a uma série de problemas. Alguns consultores de varejo citam redes que tiveram mais de 10% de queda em vendas por terem apertado demais o estoque. Confira a seguir as situações mais comuns que levam os supermercados a diminuir as compras, os riscos que cada situação envolve e o que pode ser feito para evitá-los:

1- Seu estoque está alto e/ou o fluxo de caixa, apertado
Uma empresa descontrolada na hora de comprar, acostumada a fazer pedidos muito grandes que duram tempo demais, pode deparar-se com a necessidade de elevar a rotatividade dos estoques para diminuir a necessidade de capital de giro. Nesse cenário, pode fazer sentido reduzir pedidos, mas apenas dos itens cujo estoque realmente está acima do necessário. Jamais se deve reduzir as compras de maneira aleatória.

Riscos: Simplesmente mandar o comercial comprar menos não é aconselhável por ser uma medida radical e extremamente arriscada, conforme lembra Alexandre Ribeiro, diretor da R-Dias Assessoria para Varejo. “Quem está com estoque equilibrado e decide comprar menos passa a vender menos, porque vai faltar mercadoria”, analisa. O resultado é ruptura e, consequentemente, menor geração de receita.

O que fazer: A decisão correta é fazer o estoque ideal, ou seja, definir quanto, exatamente, é preciso manter de cada produto, em cada loja. O trabalho pode ser feito com ajuda de consultorias. “Nesse estudo, vão aparecer itens para comprar mais e outros para comprar menos”, lembra Alexandre Ribeiro. O objetivo aqui é equalizar os estoques, assegurando a margem de segurança.

2- Suas vendas caem e dívidas começam a preocupar
“Nenhuma venda despenca de uma hora para outra”, alerta Luiz Muniz, fundador da Telos Resultados. Para o consultor, se a queda nos indicadores de resultado não é percebida a tempo, é sinal de que a gestão foi ineficiente. Segundo ele, o primeiro sintoma percebido quando as vendas caem e os estoques estão altos é a redução da capacidade de gerar caixa. Uma vez que a empresa chegou a uma situação como essa, pode ser viável recorrer a algumas promoções, mas desde que não sejam feitas de forma irresponsável. Ou seja, as ofertas devem gerar lucro.

Riscos: Interromper compras e decidir queimar estoque a todo custo, sem análise criteriosa do que deve ser alvo de promoção, pode ser um passo rumo à falência, conforme destaca Luiz Muniz,da Telos.

O que fazer: O caminho mais seguro para decidir sobre a necessidade, o tempo e quais produtos promocionar, é na opinião de Luiz Muniz, calcular a NCG (necessidade de capital de giro), que mede o endividamento da empresa a curto prazo. O indicador considera contas com vencimento num prazo inferior a 30 dia. Deve-se levar em conta ainda o CDG (capital de giro) – quanto de recurso a empresa tem para arcar com os compromissos de curto prazo (30 dias). “Quando o NCG é maior do que o CDG, é o momento de recorrer a promoções, enquanto se inicia a melhoria da gestão comercial e de estoques”, diz o fundador da Telos Resultados. 

3- Seu mix tem muitos itens de pouca saída
“Quanto mais SKUs, mais complexa é a operação”, lembra Rodrigo Righi, consultor da Galeazzi & Associados. No entanto, o especialista alerta que a definição do que realmente deve compor o mix precisa considerar a estratégia do supermercado.

Riscos: Antes de reduzir pedidos ou até deixar de comprar certos produtos, analise não só o volume de vendas, mas também o papel do produto na sua loja e a rentabilidade em valor. O foco deve ser o resultado da categoria

O que fazer: É preciso ser assertivo no sortimento, considerando a estratégia da sua loja. As categorias que são destino, devem ter um sortimento com profundidade, recomenda Rodrigo Righi, da Galeazzi & Associados. Afinal, são elas que trazem clientes para a loja. Já nas categorias de conveniência e sazonais, nem sempre é fundamental ter variedade muito grande. Em certos casos, pode-se cortar um dos fornecedores. Mas tudo de forma criteriosa, avaliando quanto de margem esses produtos costumam trazer para a loja.   

4- Sua empresa está fortemente endividada
Existem casos extremos em que o grau de endividamento é tão alto que já não há o que fazer além de buscar aporte externo para a empresa não parar suas atividades. O passo seguinte é elaborar um plano de recuperação financeira, ressalta Luiz Muniz, da Telos Resultados. Porém, quando o cenário ainda não é de caos total, a alternativa é conversar com os credores.

Riscos: Lembre-se de que é preciso fazer com que a empresa volte a ter boa capacidade de gerar caixa para reverter a situação de alto endividamento. E, comprar menos – com exceção dos itens cujo estoque atual está acima do necessário ou não têm giro – não ajuda nessa situação. Ao contrário, pode torná-la pior.

O que fazer: A melhor iniciativa é a renegociação de dívidas, transformando aquelas de curto em prazo em dívidas de longo prazo, segundo Luiz Muniz. Paralelamente a isso, o consultor recomenda melhorar a gestão de vendas para garantir a execução de volumes com margens saudáveis. 

Fonte: https://www.sm.com.br