quinta-feira, 14 de abril de 2016

“Meias verdades” na formação dos gerentes em tempos de crise

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Formação dos gerentes em tempos de crise: o conceito de formação gerencial nos últimos anos foi fortemente exercitado pelas empresas varejistas.

O conceito de formação gerencial nos últimos anos foi fortemente exercitado pelas empresas varejistas. O mercado em expansão, a competição por novos territórios e a necessidade de reciclar o corpo gerencial levaram as empresas a estruturar programas específicos de educação corporativa com este objetivo. Estas ações, por muito tempo, sustentaram o plano de expansão das redes e o turnover na área de gestão.

Não se abre uma loja sem um bom gerente, porém, tais profissionais não estavam disponíveis no mercado. Portanto, a única saída era formá-los.

Com a crise se aprofundando e os grandes varejistas dispensando os profissionais que demandaram investimentos significativos para sua formação, há de se pensar que esta mão de obra está farta no mercado.

Isto é uma Meia Verdade. Realmente, o número de currículos com experiência profissional que têm chegado aos RH´s cresceu muito nos últimos meses, mas isto não significa que as empresas podem abrir mão dos seus programas de formação gerencial.

A maioria destes currículos trazem experiências e vivências fundamentais para a operação, o que pode reduzir de forma significativa o investimento na formação dos gerentes. Os valores, a cultura, a filosofia, a alma e o jeito de ser não estão disponíveis no mercado, muito menos nos currículos disponíveis nos RH´s.

A grande empresária do setor, Luiza Helena, do Magazine Luiza, costuma dizer em suas palestras: “Os concorrentes podem copiar as ideias da ML, mas o segredo da empresa esta na Alma e isto ninguém copia”.

Outro ponto importante é que como os processos de expansão estão muito restritos e/ou paralisados, é possível pensar que este investimento possa ser postergado, outra Meia Verdade. Segundo Peter Senge, em a Quinta Disciplina, (Ed. Saraiva), o sucesso está nas organizações que aprendem.

Unindo as Meias Verdades temos o seguinte cenário: gerentes com experiência disponíveis no mercado, redes varejistas com necessidades de pessoal para reposição e otimização dos resultados já que a competição pelos poucos recursos dos clientes se intensificou com a crise.

A solução parece simples: contratar esta mão de obra disponível e aculturar este profissional com a nova empresa ao menor custo possível. Isto pode acontecer replicando o modelo de formação que mais cresce no mundo, a Educação a Distância.

Modernos projetos de educação corporativa utilizam ferramentas tecnológicas para otimizar o tempo e o custo deste tipo de formação. Utilizando os profissionais mais experientes da própria empresa, que atuam como tutores nos programas de capacitação, é possível fazer o “on the job training” com um custo muito menor do que se faria com o treinamento presencial.

O momento exige cortes? Não tenho dúvida. Mas, restringir custos não pode ser sinônimo de paralisia no desenvolvimento do corpo gerencial da empresa. O custo da retomada pode ser insuportável e a velocidade com que cada concorrente vai retomar o pós crise, (acredite ele está próximo) será fator decisivo de sucesso.  Não adianta sobreviver à crise e sucumbir na retomada. Isto será o mesmo que morrer na praia.

Fonte:http://onegociodovarejo.com.br/

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