segunda-feira, 15 de junho de 2015

Consumidor passa de súdito a cidadão

O Brasil está passando por uma transformação: o consumidor passa de súdito a cidadão. A opinião é do presidente da Riachuelo, Flávio Rocha.

Consumidor passa de súdito a cidadão, diz presidente da Riachuelo

O Brasil está passando por uma transformação que pode ser vista do “camarote” por empresários de grandes redes de varejo: o consumidor deixou de ser um súdito e passou a ser um cidadão.

A opinião é do presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, 57, que participa de Sabatina Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (11).

O empresário, que também é vice-presidente do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), foi entrevistado pelas colunistas Maria da Folha de S.Paulo Cristina Frias e Mônica Bergamo e pelo repórter especial Julio Wiziack.

“Está caindo a ficha, está desaparecendo o mito do Estado Robin Hood, de soluções via Estado. O novo fiel da balança é o consumidor-cidadão-eleitor, que não é mais um alvo de caridade estatal”, afirmou.

ara Rocha, o brasileiro agora olha o Estado como um prestador de serviço, como sua operadora de TV a cabo ou celular. A ascensão que deu acesso às relações de consumo também o ensinou a cobrar resultados, pois ele ganhou “cidadania tributária”.

“É isso que está no cerne de toda a indignação que estamos vendo. É um desabrochar da transformação do súdito em cidadão”, disse.

Tal movimento vai trazer uma profunda mudança, segundo Rocha, e permitirá que o país fique mais competitivo.

A despeito do recrudescimento da economia brasileira, o empresário se mostrou otimista, explicando que a Riachuelo terá, nos próximos anos, um investimento superior ao registrado em seus quase 70 anos de história para duplicar a área de vendas que possui atualmente.

“Nossa meta é chegar a 2019 com 500 lojas e 1 milhão de metros quadrados”, explicou.

De acordo com Rocha, o varejo profissionalizado, de grandes redes, que despontou ao longo da última década, tem conseguido preservar a boa performance nos últimos meses.

Ele reconhece que, em um negócio cujo crescimento depende em grande parte do crédito ao consumidor, a inadimplência pode subir neste ano.

“Nessa transformação protagonizada pelo varejo na última década, talvez o efeito mais importante tenha sido o da democratização do crédito. Realmente, prevemos uma piora do nível de inadimplência. Começamos o ano num patamar de 6,5% e esperamos chegar a um patamar de 7,5%”, disse.

Segundo ele, a empresa já tem estratégias para neutralizar o crescimento da inadimplência, por meio da conversão de cartões para um modelo que pode ser usado em outros estabelecimentos e registra níveis de inadimplência comprovadamente inferiores.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado

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