sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Consumidores buscam por moda ética mas não a qualquer preço aponta pesquisa

As últimas pesquisas feitas pela Verdict, uma empresa de análises de mercado com sede em Londres, indicam que um quinto dos consumidores não aceitam pagar mais pela moda ética, enquanto que apenas 3% pagariam no máximo 21% mais caro. Os resultados são extremamente significativos pois o os custos adicionais para se produzir artigos de moda sustentável ficam em média 20% mais caros do que a moda convencional.


“Apesar da consciência crescente, o consumo ético continua a ser um nicho de mercado de moda justa, com número insuficiente de pessoas dispostas a pagar mais por roupas sustentáveis. Isso dificulta que as empresas adotem em grande escala o comércio ético”, disse Sarah Johns, analista da Verdict.

Os resultados da Verdict sugerem que os consumidores  dão grande importância as credenciais éticas, mas geralmente não estão dispostos a pagar mais por roupas e acessórios produzidos de forma ética. “Mas eles estão dispostos a pagar mais pelo estilo, qualidade, variedade e relação qualidade/preço aliada com valores éticos“, disse Sarah Johns. “Isto significa que os varejistas devem encontrar um equilíbrio entre o investimento em políticas éticas e impulsionamento das vendas.”


Os consumidores buscam uma moda ética mas não a qualquer preço aposta pesquisa stylo urbano

Os pesquisadores também descobriram que 60% dos consumidores dizem que as credenciais de ética e sustentabilidade do varejista contribuem positivamente para sua decisão de comprar roupas e calçados, apenas 15% dos consumidores dizem que não iriam comprar de um varejista se não fosse transparente sobre seu método de produção de moda. Tais achados parecem encontrar pouco incentivo para os varejistas mudarem suas práticas.

Isso é devido a cultura criada pelas grandes redes de fast fashion que acostumaram os consumidores com a gratificação instantânea de novas coleções a cada semana com roupas a preços muito baixos. Afinal, produzir em altíssima escala de qualquer jeito poluindo o meio ambiente e explorando a mão de obra barata na Ásia tem custos baixíssimos para o fast fashion.

Segundo Sarah Johns: “O ponto crucial é que a renda dos consumidores está mais baixa devido a crise econômica, e a atração de roupa produzida de forma sustentável por si só não será suficiente para fazê-los gastar mais a não ser que a marca invista em credenciais como estilo, qualidade, variedade e relação qualidade/preço aliada com valores éticos. Isso fica evidente pelo sucesso das coleções sustentáveis da H & M Conscious, Topshop Reclaim e ASOS Africa que colocam estilo e vanguarda na coleção juntamente com credenciais sustentáveis.”

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Fonte: http://www.stylourbano.com.br

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