quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Desvios de mercadoria geram rombo nas vendas da Cnova no 4º trimestre

A Cnova, empresa de comércio eletrônico do grupo francês Casino, que reúne no Brasil os sites das redes Casas Bahia, Ponto Frio e Extra, registrou vendas líquidas de R$ 1,425 bilhão no país no quarto trimestre de 2015, queda de 20,1% em relação a um ano antes. Em euros, o recuo foi de 42,8%, para 322,1 milhões.

A empresa subtraiu R$ 110 milhões (ou 30 milhões de euros) das vendas líquidas no Brasil entre outubro e dezembro devido a investigações sobre desvio de mercadorias em estoque. O tráfego no Brasil aumentou 11,2% no último trimestre e 22,8% em 2015, em comparação com os mesmos períodos de 2014. Segundo o relatório publicado nesta terça-feira, foram mais de 246,3 milhões de visitas nos três meses até dezembro e 904,2 milhões nos últimos 12 meses.

As vendas líquidas no acumulado de 2015 somaram R$ 6,125 bilhões no Brasil, alta de 5,1% na comparação anual. Devido ao impacto cambial, o resultado em euros caiu 11,4%, para 1,655 bilhão.


Globalmente, as vendas líquidas recuaram 17,7% no último trimestre de 2015, para 899,1 milhões de euros. No ano, a baixa foi de 1%, para 3,42 bilhões de euros. O tráfego em todo o mundo avançou 16,3% de setembro a dezembro e 28,9% em 2015. A participação de dispositivos móveis aumentou em 12,05 pontos percentuais no ano, para 38,6%, com alta de 11 pontos percentuais na França, para 48%, e de 13 pontos percentuais no Brasil, a 31,1%.

A venda bruta de mercadorias próprias, outras receitas e vendas feitas nas plataformas de marketplace, após devoluções, incluindo impostos, indicador denominado GMV (“gross merchandise volume”), apresentou queda de 9,3% no quarto trimestre, em todos os países em que a companhia atua, para 1,327 bilhão de euros. No ano de 2015, o GMV cresceu 7,8%, para 4,835 bilhões de euros. Em câmbio constante avançaria ainda mais, para 16,4%.


Perdas são quase o dobro da previsão inicial.

A Cnova atualizou as informações sobre os problemas envolvendo a gestão do estoque de sua operação brasileira. A companhia elevou de R$ 60 milhões para R$ 110 milhões as estimativas de perdas com os desvios de mercadorias. Conforme antecipado pelo Valor em dezembro, a acusação é de que uma quadrilha de de funcionários desviava há anos produtos dos centros de distribuição, revendendo mercadorias com defeito.



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Fonte: http://www.valor.com.br/

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