O Brasil passa por um período conturbado, tanto no cenário econômico quanto no o político, onde temos um alto índice de inflação proporcionando assim aumento de preços como também uma instabilidade no índice de desemprego que vem acarretando um maior endividamento.
É nesse cenário que empresários
se posicionam de duas formas, alguns esperam a “poeira baixar” e outros veem a
crise como oportunidade, um momento de fazer algo diferente e manter, ou mesmo melhorar,
a estrutura de forma a atender melhor e se preparar para retomada.
Claro que o primeiro grupo não se
coloca na defensiva somente por receio, em muitos casos a falta de caixa não
permite manobras que possam reverter determinadas situações, e nesse caso o que
temos visto são comunicados de desligamento em massa ou em piores casos, do
fechamento de lojas, situação que piora ainda mais a situação com a desocupação
de imóveis.
Mas voltando ao segundo cenário,
o dos empresários que conseguem se posicionar, reforçar ainda mais suas marcas
e em muitos casos investir em suas estruturas, podemos destacar ações que
poderão possibilitar não somente a estabilidade dentro de um momento tão
caótico como também a consolidação e o crescimento da marca:
Reestruturação de lojas –
tornar o ponto de venda um local agradável, onde o cliente se sinta bem e
encontre tudo aquilo que procura, criando assim o encantamento necessário.
Nesse ponto tudo deve ser repensado, desde o local de prova, até como os
produtos são expostos, cores, móveis, som ou mesmo as mais variadas situações do
dia a dia, como o que fazer com o marido que espera a esposa em suas compras...
Investimento em campanhas de marketing – explorar não somente a
marca, mas principalmente as novas ações, gerar “necessidade” (do cliente ir à
loja ou mesmo dar aquela visitada ao site. Aqui vemos ações realizadas sobre crowdsourcing
com processos inovadores e interativos, permitindo ações de baixo custo, rápida
velocidade de implantação e resultado com maior amostra em virtude da
possibilidade de grande abrangência.
Ações de capacitação ou reciclagem de
equipes– um dos principais motivos de uma desistência de compra é
sem dúvida um mau atendimento, hoje não basta o sorriso ou o
cumprimento/apresentação, pois o cliente quer informação. É importante que
mesmo em lojas de auto serviço, a equipe esteja preparada para tirar as dúvidas
sobre não somente os produtos, mas sobre tudo da empresa, como por exemplo informações
simples relacionadas à entrega ou forma de pagamento. Outro ponto é a criação
de consultores de venda, que tornam a experiência de compra um momento único e
diferenciado.
Revisão de processos e controles já
existente – ser mais produtivo, ter maior segurança e controle de
resultados é sem dúvida uma necessidade em qualquer segmento, porém algo a ser
tratado como tarefa continua, com o pensamento de busca pela perfeição. Se hoje
é novo, amanhã pode ser ultrapassado e mesmo com a necessidade de controles
manuais percebemos que podemos reinventar formas de fazer a mesma coisa, mas de
maneiras mais simples e rápidas e seguras.
Se tudo que fazemos tem uma meta
ou um objetivo, devemos ter processos bem definidos de como serão realizados e
controles que permitam, ao longo do tempo, validar se o “rumo tomado” está
correto conforme o planejado. Tais controles permitirão corrigir esse “rumo” se
em determinado ponto for avaliado que o objetivo passou a ficar distante.
Investimento em soluções direcionadas
ao cliente – soluções que
permitam não somente proporcionar uma melhor experiência de compra ou
aperfeiçoar os recursos e processos existentes, como também entender melhor as
necessidades e expectativas de um cliente cada vez mais exigente.
Aqui destacamos ações como o
aprimoramento do atendimento, não somente o pessoal descrito acima como por
exemplo, a operação de caixa que sofre com as famigeradas filas.
A aplicação de soluções como o
RFID que permita rápida reposição de produtos, alto nível de acurácia e
velocidade na geração de tais informações, sem falar na diminuição de custos
operacionais, permitindo assim uma melhor venda e maior assertividade sobre o
reabastecimento de produtos.
Outro ponto importante é, de forma
inteligente, controlar o atendimento realizado, permitindo assim, saber qual o
tempo médio de espera ou região da loja, quantidade de atendimentos ou mesmo programar
melhor ações pontuais, onde o volume de pessoas já é estatisticamente maior.
Um olhar especial sobre o fluxo
dos clientes permite ainda identificar informações como volume de shoppers, estatísticas como taxa de
conversão, analise de áreas mais visitas, o que permitirá uma analise de
produtos mais vendidos.
E se há uma dica valiosa dentre
todas essas possíveis ações, creio que seja o maior envolvimento e participação
de todos os elos da cadeia varejista, desde o fornecedor de produtos acabados
até o de soluções especificas, permitindo assim potencializar resultados que
com certeza serão percebidos pelos clientes.
Autor: Gilberto Quintanilha Júnior
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