segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Estoque do varejo é o mais elevado em 4 anos

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Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que os estoques do varejo mantiveram, em dezembro, o patamar mais desfavorável em quatro anos, influenciados pelo atual cenário de demanda interna fraca.

Na pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), 30,7% dos entrevistados atestaram estoques acima do adequado, mesmo percentual de novembro e o maior desde o início da pesquisa, em março de 2011. “Os empresários vão começar 2016 muito ‘estocados'”, disse Izis Janote, economista da entidade.

Para a CNC, o volume de vendas do comércio varejista restrito em 2015, apurado pelo IBGE, deve encerrar o ano com o pior resultado da história da Pesquisa Mensal de Comércio, com recuo de 4,1% em relação ao ano passado. Em 2014, as vendas do comércio varejista restrito subiram 2,2%.

O Icec refletiu o atual desânimo do empresário do setor segundo a economista da CNC. O recuo foi provocado por retração no tópico sobre as condições atuais, que registrou quedas de 12,2% ante novembro e de 50,8% em relação a dezembro de 2014.

Em contrapartida, houve discreta melhora nos dois outros tópicos usados para cálculo do índice, em dezembro ante novembro deste ano. É o caso das expectativas, que subiram 1%; e investimentos, com expansão de 0,7%. Porém, ambos ainda mostram recuos na comparação com dezembro de 2014, respectivamente -15,7% e -23,6%.

“A melhora [ante novembro] pode ser pontual, porque os empresários, nesta época do ano estão com percepção melhor por conta das festas de fim de ano, embora nossa expectativa é que o volume de vendas natalinas caia 4,9% em relação ao Natal passado”, afirmou Izis.

Questionada sobre se a discreta melhora nesses dois tópicos poderia ser indício de começo de recuperação na confiança do empresário do comércio, a especialista foi cautelosa. “Temos que observar o resultado desses indicadores para os próximos meses, para ver se os resultados positivos se mantêm.”

Fonte: Valor Econômico

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