Auditores forenses estão analisando novamente balanços da empresa
Uma possível fraude contábil está sendo investigada pela rede de supermercados Dia%. A empresa quer esclarecer "certos ajustes contábeis" nos resultados de 2017 em todos os países em que opera, inclusive no Brasil. A informação é do jornal Valor Econômico.
A publicação ouviu duas fontes segundo as quais os números da subsidiária brasileira estão sendo examinados novamente há quatro meses por auditores forenses da EY . O objetivo da análise seria averiguar se ocorreu manipulação nos números de relatórios divulgados. Já teriam sido analisados os balanços da rede de 2016 e 2017, e a expectativa é de que o trabalho termine ainda neste primeiro trimestres.
Uma fonte informou ao Valor Econômico que a auditoria tem levantado informações sobre transferência de estoques para as lojas franqueadas, que representam quase 60% das 1.172 unidades do Dia% no Brasil. O trabalho envolve verificar se esses estoques, de fato, viraram receita com venda dos produtos. A forma como as informações sobre verbas e bonificações concedidas pela indústria aparecem no balanço também está em processo de checagem.
Em nota, a Rede Dia% informou que esse processo de auditoria foi realizado no final do ano passado, porém fontes revelaram ao Valor Econômico que o trabalho segue em andamento. A publicação questionou se a saída de alguns executivos da subsidiária brasileira nos últimos meses teria relação com as investigações, mas, em nota, a rede afirmou que as mudanças fazem parte de "um grande processo de transformação no Brasil e no mundo", e lembrou que 2018 "foi um ano desafiador, provavelmente o período mais crítico desde que a empresa foi fundada, há mais de 40 anos". O Dia% ressaltou, ainda, que está iniciando um novo ciclo, que envolve a contratação de "talentos experientes em varejo, que chegaram com o principal objetivo de restabelecer a organização."
Procurada pelo jornal, a EY não comentou o assunto, assim como a KPMG, atual responsável pela auditoria da rede supermercadista.
Fonte: Valor Econômico
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