Em continuação, compartilho aqui alguns momentos dos Fóruns/Paletras que pude acompanhar:
Dia
25/08/15
Palestra:
Crises, dilemas e aprendizados
Abílio Diniz / Presidente do
Conselho de Administração da BRF e membro do Conselho de Administração do
Carrefour
Destacou o impacto na economia
chinesa. Momento onde o consumidor não quer comprar.
Na década de 90 o Pão de Açúcar
parecia estar desaparecendo, mencionou também que o impacto de sua saída do Pão
de Açúcar após 50 anos, porém com a visão que a empresa era um negócio que não
podia parar. Saiu para BRF e logo em seguida uma atuação forte no Carrefour.
O que estamos vivendo agora não é
nem se longe o pior momento histórico, destaca como pior crise a década de 80.
Em 89/90 com o fim do período militar, ainda havia o impacto da inflação.
O que temos hoje é um resultado
de crise não só Econômica como também Política.
Somente união do povo Brasileiro será possível uma mudança!
Crise:
·
Aprendizado
·
Espírito de sobrevivência
·
Olhar a crise como um todo (visão macro)
·
Não reclame ou culpe da crise
·
Não culpe os outros (olhe pro espelho e não pra
janela)
·
Saiba antecipar para sair mais forte
·
Saída crise com planos
·
Não tome decisões a noite ou antes do tempo -
pondere sobre tudo
·
Em chinês Crise significa perigo e oportunidade
O Brasil é mais forte que suas crises e seus governantes!!!!
Destacou que até junho o
Carrefour cresceu 6%
Perguntas:
Cátia Simões do Valor Econômico
Qual a visão sobre MPE na crise?
Resp.: Não é porque é pequeno que
você esteja descapitalizado, você pode estar bem preparado, todos devem ter uma
boa gestão.
Fernanda de lá Rosa - Frecomercio
Projeções mostram retomada em 2016, qual o momento que isso poderá
ocorrer?
Resp.; Não tenho como prever, mas
há indicações, pois a crise é muito mais política, impactando na confiança
da população. Somente com investimento podermos crescer!
Artur da Gouveia de Souza
O que falta pro meio público fazer acontecer?
Precisamos parar de criticar os
governantes, claro que a corrupção deve ser atacada, mas isso não é
exclusividade nossa, a exemplo da china. Paciência e olhar o que nós podemos
fazer para ajudar, até porque quem elegeu os governantes fomos nós.
Paula do Iguatemi
Na crise a varias ações diferentes, qual a povoação sobre inovação ou
não na crise?
Resp.: Minha atuação com grupo de
investimentos mostra que há uma extrema cautela, porém há um olhar sobreinovação
tendo como base o que está acontecendo no mundo e não ao redor.
Cópia também permite inovar, cabe
cada um avaliar o risco de quanto podemos inovar sem copiar.
Hugo
Qual o caminho da união de toda a cadeia em busca da governabilidade?
Resp.: Sou apenas um empresário
"vendedor de frango", mas
com a voz que adquiri vou continuar falando que precisamos nos unir. O
pensamento deve ser coletivo, mas temos que investir, gerar emprego e administrar
bem a empresa é que vai contribuir para o pais, mas o pais de forma geral
deve ser mais produtivo. Isso se da com investimento, gestão e capacitação.
Estamos preocupados e capacitar,
todos sabem o que deve ser feito e qual a melhor forma?
Se isso for feito o salto será
mais alto, temos de ser competitivos.
Palestra
Fernando
Henrique Cardoso / Ex-presidente da República
A época da inflação era mais
prejudicial ao pobre, pois este não podia guardar e a empresas também, pela
dificuldade de executa planos de negócio. A vinda do Real foi para colocar em
ordem as contas em especial as públicas.
Ainda em 90 a economia era muito
fechada, onde quando era necessário um produto de fora o mesmo era criado aqui
no Brasil.
Quando ministro da fazenda sofreu
pressões em voltar a fechar a economia. Havia uma idéia de criação de
monopólios, sendo preciso mudar essa mentalidade, pois trava-se de criar
condições pro Brasil atuar de forma global. Assim o Brasil teve um crescimento
no comércio devido a flexibilidade de atuação com demais países.
Ainda tínhamos o pensamento que o
crescimento do Brasil era tido somente pelo mercado interno. A globalização
trouxe maior competitividade e maior exigência por padrões de qualidade.
Foi criada então maior
organização, com metas, porém não havia estrutura. Em 88 criou-se o SUS, onde
ainda é perceptível que há ainda de se melhorar. Houve também uma sustentação
para o crescimento do salário mínimo.
Já em 2008 houve uma
instabilidade da economia, havia a atuação no Brasil em manter o credito.
O saga mundial hoje é por
inovações tecnologias, onde se destaca o
sistema americano que possui liberdade, transmitindo informação criada com
relações privadas ou governamentais.
Nessa ocasião havia uma redução
na pobreza, e foi quando se começou a ter uma preocupação com o meio ambiente,
mas no Brasil não houve foco nesse assunto.
Na parte de energia não houve
atuação em tecnologias de uso de baixo carbono, sem investimentos no etanol ou
mesmo energia eólica e sim uma aposta no pré-sal, fonte de energia altamente
poluente.
Aqui tínhamos um uso muito forte
do BNDES com um uso alto de crédito. A idéia era sempre de atender demandas com
aumento de imposto, mas nos últimos 5 ou 6 anos os gastos do governo foram
maiores que a receita gerada pelos impostos.
O que ocorre hoje são situações
como o governo não ter dinheiro para pagar salários.
O "pacto" com a
sociedade deverá ser renegociado, gerando mais dinheiro ou reduzindo os gastos.
Temos que ter um horizonte, deve haver mudanças!
Problemas políticos:
Sem alianças não se governa,
porém em determinado momento essas alianças formaram o "mensalão". Devemos
ter um VALOR, mesmo que sempre há interesses.
Hoje temos organizações que
colhem voto e não há uma representação da massa, somente interesses pontuais. Mas
com as redes sociais e a tecnologia podemos mobilizar grandes volumes de
pessoas, mas não há uma ligação clara dessa comunicação com os poderes do
governo.
Ver oportunidades e atuar com investimento baseado em confiança. Não
estamos em um "beco sem saída".
Marcos Gouvê de Souza /
Diretor Geral GS&MD
Quando anunciam seu nome todos
aplaudem de pé, isso seria um respeito ou um volta?
Resp.: Isso é apenas um sinal de
respeito, mas hoje o governo precisa de liderança, independente do nome dessa
liderança.
Guilherme Loureiro /
Presidente do Walmart
Os partidos devem ser contra ou a
favor do governo?
Resp.: Deve haver coerência com
voto no que se acredita.
Flávio Rocha / Presidente da
Riachuelo
Com o aumento do gasto público e
com um aparato que não cabe no PIB qual o papel do estado?
Resp.: O gasto não pode se
expandir mais rápido que o crescimento do PIB, caso contrario temos a situação
atual em que o governo é intimidado. Hoje temos um inchaço na máquina, o
tamanho do estado tem que variar conforme a situação da população.
Manuel Corrêa / CEO da Telha
Norte
Em seu livro A soma e o resto, você explica que temos que ter varotes e
princípios, mas com flexibilidade e tolerância, como isso se reflete para o
futuro?
Resp.: Por exemplo em programas
de saneamento devemos ter ações que convençam a população. Devemos ter regras
mas ser flexíveis.
Marcos Gouvê de Souza /
Diretor Geral GS&MD
1 - Qual sua visão sobre novas
lideranças políticas em relação ao momento?
Resp.: O Brasil cresceu, os
talentos foram pro mercado, e houve uma
inclusão de indivíduos sem preparo na vida pública. O momento é que pessoas
que não possuem vida polícia também falem com suas idéias e conhecimentos.
Dever haver uma regeneração da política, com a voz de todos.
2 - Na apresentação do Abílio foi
feita a pergunta de como unir o país, e ele disse que o Fernando Henrique
Cardoso poderia responder?
Resp.: Deve haver uma voz com
força institucional. O arranjo político atual não está satisfazendo o país.
Os próximos meses devem ser muito
difíceis na política, mas na economia há ciclos e com certeza será retomada.
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