segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Vendas: o que a TI tem a ver com isso?

O mercado varejista no Brasil tem amadurecido no investimento em Tecnologia da Informação com uma fatia cada vez mais significativa das receitas direcionadas para essa finalidade. Contudo, o Varejo ainda está aquém em termos de aportes em soluções tecnológicas se comparados aos setores como Finanças ou Telecomunicações, por exemplo.

“O cenário econômico atual trouxe alguns desafios para o setor, especialmente pela mudança no ticket dos bens de consumo como os não-duráveis e semiduráveis. Já para bens duráveis, os consumidores têm substituído e postergado compras, o que muda a dinâmica do mercado e força os varejistas a buscarem novas oportunidades”, aponta Luciano Ramos Software Research da IDC.

Segundo ele, a busca pelo engajamento do cliente, o relacionamento multicanal e a personalização são oportunidades (e desafios!) no Varejo brasileiro. Nesse sentido, ter ofertas relevantes que façam com que o cliente visite a loja (física ou virtual) depende de investimento em tecnologia que permita ao comerciante aprofundar o conhecimento da base de cliente e, ao mesmo tempo, alavancar o conhecimento do consumidor em relação a marca, produtos e serviços.

Questionado sobre as principais tendências para o Varejo, Luciano Ramos destaca três pilares estratégicos. “A IDC enxerga oportunidades significativas em big data e analytics com foco na questão de engajamento e personalização; omnichannel para eliminar barreiras físicas e virtuais; e também um investimento importante em software de gestão, o que denota a profissionalização crescente desse setor”, completa.

Performance de vendas

De fato, as soluções analíticas estão em destaque nas mais diversas indústrias e não seria diferente no Varejo. Uma pesquisa da global feita pela Economist Intelligence Unit (EIU) e patrocinada pela Qlik aponta que a análise de dados melhora a performance de vendas das companhias. 97% das 550 empresas entrevistadas se declararam boas em executar seus objetivos de vendas desde que tenham acesso aos dados em tempo real. Destas, 3 em cada 5 disseram acessar relatórios de vendas uma ou mais vezes por dia.

O estudo confirma que o desempenho de vendas é uma prioridade quase universal para as empresas. Aproximadamente 80% apontam a gestão dessa performance como ponto “tão importante” ou “muito mais importante” do que outros objetivos de negócios. Dados insuficientes ou má qualidade das informações são as principais barreiras, apontadas por 27%. 

A pesquisa também revelou que investimentos em iniciativas de formação e coaching em parceria com ferramentas de análise de dados permitem às equipes de vendas produzir relatórios mensuráveis. Líderes de vendas treinados e com acesso às informações se veem mais fortes que a concorrência em termos de crescimento de receita, rentabilidade e market share. 

No que diz respeito às características mais importantes de aplicativos de análise de dados de vendas, os pesquisados apontaram a precisão das informações (53%) e a capacidade da plataforma de integrar-se a diversos sistemas (38%) como as mais importantes. No entanto, estas também foram mais citadas como as principais limitações de seus sistemas atuais por mais de 30% dos entrevistados.


Fonte: Decision Report

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