O RFID como muitos
já conhecem, permite ganhos em toda a cadeia do varejo,
sendo assim uma solução direcionada a melhor rentabilidade.
Talvez você possa
estar se perguntando como isso é possível, uma vez que a maior parte dos
profissionais ainda enxergam somente como função principal do RFID a maior
agilidade do inventário ou ainda o maior nível de acurácia das informações
geradas pelo inventário.
Todavia, percebo que a dúvida não é sobre como aplicar o
RFID, e sim sobre o momento ou mesmo a
viabilidade sobre a aplicação da referida solução ao seu dia a dia, por vezes, não somente sobre o seu segmento, e sim sobre a forma como ele opera, tendo em
vista que o varejo possui operações e estruturas distintas.
A dúvida principal
identificada entre os varejistas é: O RFID é uma
realidade para o meu negócio hoje?
Para responder a
essa pergunta irei abordar os seguintes pontos:
Como é composta a
Solução:
1.
Existem limitações
para o RFID?
2.
Qual o custo da
solução?
3.
Quais os ganhos?
4.
A quem se aplica
esses ganhos?
5.
Qual a forma de
implantação mais adequada?
6.
Como calcular os
ganhos?
7.
Como calcular o ROI
ou payback da solução?
1.
Existem
limitações para o RFID?
Sim
existem, segundo o Engenheiro Damicrei Dias, há Limitações da própria
tecnologia RFID (propagação da onda eletromagnética, tipo de produtos a serem
controlados, ambiente do cliente, etc) que podem afetar a eficácia da solução,
e dos processos operacionais existentes na cadeia (produção, distribuição e
venda dos produtos).
Mesmo
havendo tais limitações a tecnologia evoluiu muito nos últimos anos, com
etiquetas novas (maior performance), etiquetas especiais (para produtos que no
passado eram ofensores a tecnologia, como por exemplo líquidos). Tais avanços
aliados a analise estrutura e processual da operação do varejista, permitem
oferecer uma solução estável, de alto desempenho, adequada à realidade do
varejista.
2.
Qual
o custo da solução?
Talvez uma das
principais questões ou medos quanto à aquisição de uma solução RFID é o custo
de um projeto. A primeira ação necessária é o alinhamento ou definição de
expectativas. Uma vez feito isso o Gestor de Projeto de RFID poderá dimensionar
quantos e quais equipamentos serão utilizados e quais modelos de RFID TAG
(etiqueta de RFID) serão utilizados, isso irá variar não somente pelo
objetivo do projeto, mas também espaço físico, volume de estoque, volume de
lojas e CDs, tipo de produtos, etc...
O projeto é
normalmente composto por tags, coletores, antenas, portais e software, porém
essa composição é completamente adequada ou mesmo desenhada conforme as
necessidades do varejista, e por isso o valor de um projeto poderá variar bastante, dependendo da amplitude, da fase do projeto e da complexidade do projeto a ser definido.
3.
Quais
os ganhos?
Podemos identificar
ganhos mensuráveis e alguns não diretamente mensuráveis.
No caso de mensuráveis podemos destacar a economia
relacionada ao custo de inventários, a diminuição do tempo de reposição e por
consequência do índice de ruptura, a agilidade no caixa, custos com
movimentações de produtos (recebimentos/transferências) e possíveis impactos em
perdas, onde há a rastreabilidade do item, uma aplicação muito útil em casos
como trocas de produtos.
Já em ganhos não diretamente mensuráveis podemos destacar o
aumento de vendas, que por mais que possa ser avaliado com simples comparativo
de resultados entre períodos, é oriundo dos ganhos aqui já mencionados, mas
também sofre impacto de fatores como a melhor experiência de compra com produtos
repostos de forma correta ou com a agilidade na operação de frente de caixa,
pois passa a registrar os produtos de forma mais rápida e sem erros como
duplicidade de registro de produtos. Outro destaque é a venda de produtos mesmo
que estes estejam no estoque (maior visibilidade), através do controle de
disponibilidade e localização do item dentro do estoque. Há também a
possibilidade de aumento da compra por impulso, através de sugestão de itens
quando o cliente acessa um provador monitorado pela solução de RFID, entre
outros.
4.
A
quem se aplica esses ganhos?
De forma geral a
toda empresa, ou melhor, toda a cadeia, mas podemos destacar algumas áreas
pontuais, contudo a solução RFID permitirá a geração de informações para as
mais variadas áreas, podendo variar conforme a aplicação desenhada dentro do
projeto:
·
Logística
·
Operações
·
Compras
·
Vendas
·
Prevenção de Perdas
5.
Qual
a forma de implantação mais adequada?
Em virtude da grande
gama de aplicações, áreas, sistemas físicos e lógicos envolvidos o sugerido é
definir os objetivos principais ou mesmo iniciais da solução. Normalmente nesse
ponto, várias oportunidades serão mantidas em segundo plano, permitindo que o
foco do projeto seja a realização das entregas programadas.
O segundo passo é o
desenho das funcionalidades e da aplicação a ser utilizadas e isso normalmente
é realizado para uma parte da empresa, como por exemplo 1 loja. Isso é
importante para gerar a curva de aprendizado necessária quanto as variações de
processos, sistemas e estrutura do cliente.
Durante e ao final
do período proposto para essa parte do projeto são realizadas analises,
medições e validações da solução e dos relacionamentos com a estrutura física e
lógica do cliente, gerando então a relação de ajustes necessários e os
resultados iniciais que permitirão a tomada de decisão quanto a estratégia de
roll out.
O roll out pode ser
feito tanto em quantidade de unidades de negócio (lojas, cds, etc...), quanto
em funcionalidades e integrações da solução com outros sistemas e tecnologias
já existentes. Se percebe então que a implantação pode ser faseada conforme desenho
do projeto.
6.
Como
calcular os ganhos?
Um dos pontos mais
importantes de um projeto RFID, a exemplo da aplicação de qualquer solução, é a
mensuração de resultados. Isso é feito através da identificação dos objetos
principais do projeto e da amplitude de aplicação do mesmo. A partir dai o Gerente de Projeto de RFID avalia quais serão
as atuações do projeto para o referido cliente e age de forma a medi-los
através de cronoanalises (medição de tempo de tarefas), cálculos de custo
operacional, impacto em vendas, perdas e outros que gerem impactos a operação
do varejista.
7.
Como
calcular o ROI ou payback da solução?
O calculo é baseado
na relação entre o resultado das analises de todos os ganhos mensuráveis e o
investimento necessário para a implantação do projeto, permitindo assim uma
tomada de decisão mais segura com visibilidade sobre o tempo necessário para o
pagamento do projeto. Essa analise também permitirá identificar se o projeto
será implantado de forma full, por módulos ou parcial, conforme necessidade.
Exemplos de aplicação:
·
Relação de Itens
provados e Itens vendidos
·
Os itens são repostos
com agilidade (menor ruptura)
·
A reposição da loja é
feita de forma correta (variantes P,M,G ou cores mais vendidas)
·
Os produtos do
provador retornam a área de vendas com agilidade?
·
A equipe suficiente
para horários e dias de pico
·
Controle de
recebimento unitário ou por volume
·
Controle de validade
(produtos no estoque são mais novos que o da área de vendas?)
Espero que este
material permita além de eliminar dúvidas sobre o momento da aplicação e como
avaliar o projeto para tomada de decisão, também identificar as mais variadas
formas de aplicação dentro da empresa, o que poderá maximizar os ganhos do
referido projeto...