segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Gazit Globe aproveita real fraco e se diz otimista no Brasil

A estratégia da Gazit tem sido adquirir shoppings antigos, principalmente em São Paulo, para reformulá-los

EMPRESA VEM REALIZANDO AQUISIÇÕES DE ATIVOS E DIZ QUE O MERCADO NACIONAL CONTINUA PROMISSOR


A empresa israelense de investimentos imobiliários Gazit Globe permanece otimista com o mercado brasileiro mesmo diante da crise, tendo aproveitado a desvalorização do real para realizar aquisições de ativos no setor de shoppings centers.

Segundo a presidente-executiva da Gazit Globe, Rachel Lavine, no cargo desde setembro, o mercado brasileiro de shoppings continua promissor, e a empresa está aproveitando a crise para se preparar para uma retomada da economia em 2017, especialmente em seu mercado-chave, a cidade de São Paulo, onde detém oito shoppings centers.

“Houve oportunidades e progressos nos últimos 24 meses, quando as maiores compras ocorreram. Mas somos investidores de longo prazo”, disse Lavine à Reuters. A empresa investiu R$ 2 bilhões no País nos últimos dois anos. Em outubro, adquiriu 5,16% de participação na administradora de shoppings BR Malls e há duas semanas comprou quase 5% do tradicional shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo.

Na capital paulista, a estratégia da Gazit tem sido adquirir shoppings antigos para reformulá-los, como foi feito com o Top Center, na Avenida Paulista, adquirido no ano passado, e o Shopping Light, no centro da cidade, comprado este ano.

A empresa vai inaugurar em 2016 o Morumbi Town, na zona sul da cidade de São Paulo e atualmente em obras, e não prevê novas aquisições, nem comenta sobre eventuais intenções de ampliar sua fatia na BR Malls. “Ano que vem será um ano de entregas”, disse por sua vez o presidente do Conselho da Gazit Globe, Chaim Katzman, antevendo também investimentos em melhorias em outras propriedades.

As operações no Brasil são parte da estratégia global da Gazit de ampliar penetração em áreas urbanas de mercados com potencial de crescimento futuro. A empresa tem 458 propriedades em 20 países, US$ 21 bilhões em ativos sob gestão, sendo que seus principais mercados são Europa (47% dos ativos), Canadá (25%), Estados Unidos (19%), Israel (6%) e Brasil (3%).

Segundo Lavine, a taxa de crescimento em receitas tem sido maior em EUA e Canadá, na ordem de 5%, e de 1% no Norte da Europa, enquanto a Europa Central e do Leste teve queda de 12%, segundo dados do terceiro trimestre. A empresa não divulga os números das operações brasileiras.

A empresa vê a crise política no Brasil como o principal desafio para o país no próximo ano, diante da necessidade do governo de “destravar” ajustes econômicos. “Os ‘drivers’ de longo prazo são positivos e devem prevalecer”, disse a empresa em apresentação a analistas. Dados mais recentes da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) mostraram aumento de 2,63% nas vendas dos shoppings do país de janeiro a agosto, e de 4,58% em 12 meses. No fechado de 2014, o crescimento havia sido de 10,13% sobre o ano anterior.

Fonte: http://onegociodovarejo.com.br/

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