segunda-feira, 17 de setembro de 2018

IA e Big Data: as novas apostas da H&M

A H&M está a apostar na Inteligência Artificial (IA) e análise de dados (Big Data), para recuperar a sua rentabilidade e corresponder às necessidades atuais dos consumidores.


O objetivo é construir um negócio mais forte, melhorar a eficiência na cadeia de aprovisionamento e ir ao encontro aos gostos dos consumidores, graças aos conhecimentos obtidos acerca das tendências da moda e as preferências de seus clientes, avança a Forbes. Recorde-se que os últimos anos da H&M foram marcados por uma performance menos brilhante e a mais significativa perda de lucros em seis anos (ver H&M volta a desiludir). Ainda assim, apenas o tempo dirá se o investimento é suficiente para impulsionar as vendas.

Big Data ajuda a evitar ciclos negativos

Há cerca de 20 anos, as marcas de fast fashion quebraram com o pré-estabelecido ao construírem negócios onde privilegiavam melhores preços e produtos novos em detrimento da qualidade. Ainda assim, de modo a serem bem-sucedidas, marcas como a H&M têm a necessidade de antever o que o mercado necessita, tanto para evitar ciclos negativos nos produtos como a necessidade de vender o inventário com descontos. Tendo em conta que os níveis de preços já são incrivelmente baixos para o retalho fast fashion, é difícil recuperar de más decisões de compra e vender os produtos indesejados. Para as cadeias fast fashion, as expectativas são altas e os conhecimentos obtidos através da análise de dados podem ajudar a construir uma cadeia de aprovisionamento mais rápida e flexível, detetar mais facilmente tendências, gerir o inventário e definir preços.

Lojas diferentes, inventários diferentes

Outrora poderíamos entrar em qualquer loja da H&M, fosse na Suécia, no Reino Unido ou nos EUA, e os produtos seriam bastante similares. Recentemente, a retalhista teve necessidade de baixar os preços para vender inventário nas suas 4.288 lojas de todo o mundo. Para melhor organizar os pontos de venda com a oferta que o cliente necessita, a H&M está agora a analisar devoluções, recibos e informação contida nos cartões de clientes para personalizar os artigos propostos em cada loja. Esta medida, conhecida como “localização”, pode ser mais difícil de executar para uma marca global como a H&M, que tipicamente pode alavancar economias de escala com a sua rede global de fornecedores.

Armazéns automatizados

De forma a que o inventário seja personalizado em cada loja e responda às exigências dos consumidores, a H&M investiu em armazéns automatizados. Uma medida que irá permitir à retalhista realizar entregas no dia seguinte ao pedido em 90% do seu mercado europeu. Os clientes atuais exigem entregas em qualquer lugar, a qualquer hora, com portes e devoluções gratuitas – a última a ser oferecida aos clientes mais fiéis da H&M. Os armazéns automatizados e os programas de fidelidade são alimentados por algoritmos e a empresa está a implementar a tecnologia RFID, utilizando assim a radiofrequência para captura de dados nas suas lojas de forma a melhorar a eficiência da sua cadeia de aprovisionamento.



Fonte: https://www.portugaltextil.com

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