quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Antiga equipe da Cnova fraudou empresa

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Em documento encaminhado à SEC (Securities and Exchange Commission), órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, a Cnova aponta ter identificado alteração nas contas de reconciliação dos balanços "intencionalmente preparadas pelo 'staff' de contabilidade sob orientação da antiga equipe da Cnova Brasil para enganar a equipe de auditoria independente" no País. A empresa é o braço de comércio eletrônico do GPA. 

De acordo com o comunicado, a Cnova afirma que constatou "má conduta pela área de tecnologia da informação”. O setor “intencionalmente alterou registros relacionados com o acesso do usuário de alguns dos sistemas de tecnologia da Cnova Brasil para enganar a firma de auditoria"

A empresa avisa que demitiu 13 pessoas relacionadas à investigação, que envolveu duas frentes: identificação de fraude contábil e levantamento de desvios de produtos de centros de distribuição. A companhia diz que executivos não impediram a má conduta na área contábil "quando tomaram consciência" dela.

A companhia relata ainda, no documento, erros contábeis identificados nos relatórios manipulados. Há aumentos e reduções no valor de contas a pagar e outras contas nos anos investigados, com alteração também na linha de custo das vendas. A empresa afirma também que a administração diminuiu incorretamente valores de ativos intangíveis em 31 de dezembro de 2013 e 2014, respectivamente, em R$ 13,9 milhões e R $ 24,2 milhões. Isso resultou num aumento correspondente de despesas operacionais nas mesmas somas nos dois anos. Descobriu-se também incorreções em faturas de produtos vendidos.

Outro aspecto deixa mais evidente as falhas internas. Segundo o jornal Valor Econômico, a Cnova passou a contabilizar recursos aplicados no desenvolvimento de softwares como investimentos (Capex) e não como despesas operacionais. Também era feita a depreciação daquele ativo ao longo de anos. Dessa forma, conseguia-se melhorar o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação).

Fonte: Valor Econômico

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