sexta-feira, 10 de julho de 2015

Prevenção de Perdas é tema de comitê promovido pelo IBEVAR

O encontro foi realizado última quarta (01/07)

O Comitê de Prevenção de Perdas do IBEVAR contou com a presença de mais de 20 executivos varejistas das áreas de prevenção de perdas das principais empresas do setor, demonstrando sua grande relevância.

A prevenção de perdas é uma área relativamente nova para o Brasil, que só pôde ser realmente tratada de forma séria após a estabilização da moeda em 1994, quando finalmente tornou-se possível mensurar as perdas, antes mascaradas pelo forte reajustes de preços. “É que depois deste ano, o preço dos produtos começou a ficar ainda mais visível na ponta. Por isso, este assunto se tornou uma preocupação constante dentro das empresas”, explica o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), Prof. Claudio Felisoni de Angelo.

A mesma opinião é compartilhada por Carlos Eduardo Santos, participante do Comitê de Prevenção de Perdas do IBEVAR desde seu início, no final da década de 90. De acordo com ele, em tempos de crises, é preciso tomar medidas para gerar resultados também no curto prazo. “No contexto atual em que o resultado dificilmente vem das vendas, a prevenção das perdas se torna ainda mais fundamental”.

Entre os participantes, diversas medidas de prevenção e casos de perdas foram observados. Destaques:

Uma grande rede de farmácias, por exemplo, promoveu a instalação de câmeras sobre os caixas de todas as suas lojas, orientou os colaboradores sobre novos processos de segurança e adotou uma reformulação em seu inventário.

Já o representante de uma grande rede varejista de eletroeletrônicos pontuou que as lojas localizadas dentro de shopping centers, que são equipadas com menos equipamentos de segurança por serem teoricamente mais seguras, têm sofrido muito com roubos. “Temos casos de pessoas que se esconderam dentro de armários e camas-box para efetuar o roubo quando a loja está fechada”, revela.

Para uma rede de vestuário com lojas de rua, os bairros situados nas periferias também têm apresentado grandes perdas por arrombamento, “O tempo de resposta da polícia no interior do país e em bairros afastados pode ser grande e colocar seguranças armados no período noturno em todas as lojas é um custo muito elevado”. Nestes lugares, muitas lojas chegam a sofrer com roubos e furtos  semanalmente.

Outra grande empresa do mesmo ramo complementou que outra situação alarmante para o segmento é o fato de que boa parte de suas lojas está localizada próxima às saídas de emergência dos grandes shoppings, o que facilita rota de fuga de pessoas que praticam furtos e/ou roubos.

A inovações no setor que são promissoras e que já estão sendo aplicadas em outros países também foram discutidas. Na Costa Rica por exemplo, seguranças privados e fortemente armados monitoram regiões de alta periculosidade e no México, a polícia pode ser remunerada por instituições privadas de forma legal para monitorar as lojas.

Para 2015, alguns participantes disseram que as perdas diminuírão em valores brutos devido aos investimentos em tecnologia, processos e treinamentos. No entanto, provavelmente o índice de perdas aumentará, já que vendas diminuirão de forma geral.

O Grupo de Prevenção de Perdas é fundamental para o desenvolvimento do Varejo Brasileiro. Se você faz parte de alguma rede varejista e deseja participar do Comitê ou ter mais informações, entre em contato com o IBEVAR no email contato@ibevar.org.br.


Fonte: http://www.ibevar.org.br/

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