Temos visto notícias recentes
sobre dificuldades, erros e em muitos casos completo insucesso sobre a
aplicação de tecnologias cujo intuito é a Prevenção de Perdas, tendo como base
inibir ou permitir a identificação de ações geradoras de perdas.
Em conversas com muitos profissionais
da área é fácil notar que um dos maiores fatores sobre o aumento de perdas não
está relacionado à ausência ou mesmo aplicação de uma determinada tecnologia,
havendo ou não mudança nos procedimentos diários (operação), mas sim às falhas
em procedimentos que já eram antes, adotados como padrões, como por exemplo:
- Ausência de conferência de entrada e
saída de Produtos – situação que pode gerar grande variação quanto ao
índice de perdas. Aqui as empresas adotam procedimentos que não tragam
impacto quanto a operação (produtividade), mas é sempre sugerida uma
conferência periódica, mesmo que por amostragem, permitindo que possíveis
divergências sejam identificadas e tratadas no referido momento;
- Falha em procedimentos de abertura e
fechamento de loja – portas que ficam abertas sem nenhum tipo de
controle de acesso e alguns casos, a porta da acesso direto ao estoque da
loja, situação de alto risco não somente ao estoque quanto a estrutura e
equipe de loja;
- Necessidade de revisão de
procedimentos já existentes – conferência de saída de lixo, saída de
funcionários, provadores, etc...;
- Controle de Acesso mais rigoroso –
em vários momentos identificamos que o controle de acesso a retaguarda das
lojas, em especial ao estoque traz fragilidade, em especial quando existem
armários ou banheiros próximos, podendo sim, haver extravio de
mercadorias.
- Uso incorreto de determinada tecnologia
– mesmo com apoio das empresas fornecedoras e investimentos em
treinamentos, percebemos que caso não haja uma acompanhamento e controle
de um responsável, as tecnologias podem ser sim, inúteis, pois não geram
os devidos resultados.
O que podemos fazer se investimos
em equipamentos, estrutura e treinamentos e não são gerados os resultados?
Tendo como base as situações
acima descritas (exemplos), podemos identificar que o ponto necessário é a
geração de Controles e identificação de responsáveis, estes que validaram os
procedimentos com periodicidade, registrando falhas e possíveis melhorias e que
isso seja mantido, havendo sempre prazo para correção de aplicação das
melhorias.
Vale ainda lembrar, que as orientações
e solicitações apresentadas devem ter respeito e alinhamento a operação (normas
e procedimentos) atual e que identificando quaisquer situações que possam ir
contra essa operação já padrão, deverá haver nova análise sobre os itens que
compõe essa operação, permitindo assim que as ações preventivas possam ser
aplicadas em harmonia aos demais procedimentos de cada empresa.
Além de Controles, o Envolvimento
de cada funcionário/colaborador com as tarefas que lhe são atribuídas é
fundamental para qualquer trabalho, isso deve ser claro não somente no momento
da contratação e treinamento, como também ao longo do tempo, de forma periódica,
onde podemos utilizar ações de endomarketing. Outra forma de gerar o referido
Envolvimento é gerar a transparência necessária sobre os objetivos da empresa e
manter sempre um canal de comunicação aberto com seu líder, permitindo a
apresentação e eliminação de dúvidas e sugestões sobre melhorias.
Com certeza o casamento de Controles
e o Envolvimento de cada um, possibilitará não somente o correto uso de
tecnologias, como principalmente a geração de resultados cada vez maiores e
melhores.